Soja fecha o dia com leves altas em Chicago e sem indicações de preços no Brasil nesta 3ª feira

Publicado em 29/12/2015 16:56

O mercado internacional da soja fechou o pregão desta terça-feira (29) em alta na Bolsa de Chicago. Embora as cotações tenham perdido a força ao longo do dia, operaram durante toda a sessão em campo positivo. No encerramento, os ganhos ficaram enre 3,75 e 5 pontos nos principais vencimentos, com o maio/16 fechando em US$ 8,78 por bushel.

O dia foi de comportamento técnico e de um movimento conhecido entre os traders como "turnaround tuesday", ou seja, "a reviravolta da terça-feira". Depois das baixas expressivas registradas na última segunda (28), os preços voltaram a se aproximar de seus patamares de suporte e a estimular, portanto, algumas recompras por parte dos fundos de investimento. 

"Houve a combinação da conhecida terça-feira de reversão de tendência, a famosa “turnaround tuesday”, com ajustes de posições de fundos que estão vendidos, um movimento também conhecido como “short covering”. Com o fraco volume de negócios devido as festividades de final de ano e fundos vendidos, o mercado aproveita algumas janelas para realizar lucro. O mercado testou os US$ 8,65 e respeitou o suporte, da mesma maneira que encontrou resistência na área de US$ 8,75 / US$ 8,76", explicou a analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea de Sousa Cordeiro.

O mercado, porém, ainda observa com atenção seus fundamentos e o principal deles, neste momento, é a nova safra da América do Sul. No Brasil, as adversidades climáticas continuam a castigar não só a soja, mas diversas culturas. No caso da oleaginosa, a situação mais agrave pode ser identificada no leste de Mato Grosso, na região do Matopiba - por conta da falta de chuvas ou de sua irregularidade - e no Sul do país, onde o excesso de umidade vem causando até mesmo a necessidade do replantio.

O potencial produtivo da temporada 2015/16 já está bastante comprometido, porém, as perdas ainda estão sendo contabilizadas. E para as regiões que sofrem com o tempo mais seco, a melhora nas precipitações só deve chegar a partir do primeiro sábado de 2016, 2 de janeiro. Ao mesmo tempo, há ainda a previsão de que o El Niño, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), só deve começar a perder força entre abril e maio. 

"Ainda teremos o El Niño atuando durante o primeiro semestre de 2016, mas seu enfraquecimento trará reflexos na organização do clima. A previsão é que, com o fim do El Niño, o Sul não deverá ter tantas chuvas em 2016. No Centro-Oeste, as chuvas não devem tardar tanto, diminuindo a ocorrência de incêndios", explicou, em reportagem da Agência Brasil, o meteorologista do Inmet, Luiz Cavalcanti. 

Leia a notícia na íntegra:

>> El Niño perderá força entre abril e maio, prevê Inmet

Paralelamente, as mudanças na Argentina também são acompanhadas pelo mercado. "Embora existam perdas irreversíveis na safra brasileira decorrente da irregularidade climática no Centro-Oeste e Nordeste, o mercado processa um potencial aumento da safra da Argentina em decorrência de uma área superior a 20 milhões de hectares, da regularidade das chuvas e do excelente índice de umidade do solo até então", explica a analista da Labhoro. 

Mercado Brasileiro

No Brasil, apesar de uma retomada também do dólar, o dia foi, mais uma vez de poucos negócios, e poucas indicações de preços. Na maior parte das principais praças de comercialização, o dia fechou sem cotações, e o mesmo aconteceu nos principais portos de exportação do país. Em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, o preço da soja caiu 1,37% para R$ 72,00 por saca, enquanto em Londrina, no Paraná, a queda foi de 1,47% para R$ 67,00. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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