No centro do problema: Ipiranga do Norte (MT) debaixo de seca terrível
Publicado em 23/12/2015 12:42
Na terceira reportagem da série dos efeitos do El ninõ na safra de soja do médio norte de MT
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6 comentários
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Lindalvo José Teixeira Marialva - PR
Brasil grande demais, seca no norte e excesso de chuvas no sul, precisamos de politicas diferenciadas. de infra-estrutura, reforma tributária, reforma politica e muito trabalho para corrigir os erros da politica. Existe um Oásis no Brasil - BRASILIA?, onde tudo acontece e tudo pode, agora o STF resolver meter o dedo da Lei no Congresso Nacional. Tudo mundo sabe que a soja vai ter uma quebra grande, podendo chegar a 20 ou 30% em relação ao ano passado. No Paraná é visível a quebra, só andar em meio às lavouras e contar as vagens das plantas, ver tamanho das plantas semeadas mais cedo e a cor das plantas semeadas mais tarde. Falta luz, não tem fotossíntese, não tem energia, não teremos uma granação adequada e a quebra é inevitável, além de elevar os custos de produção. Isso até agora e ainda falta muito tempo, continua chovendo? vamos aguardar e pedir a Deus que melhore as condições e possamos reverter e ter uma boa colheita.
Gracieli sorriso - MT
O que parece é que mercado não acredita na nossa realidade... creio que esta nos comparando com nossos políticos que metem descaradamente...
Gracieli, o "mercado" pode ser definido como uma batalha entre compradores e vendedores, e o fato é que não há falta de soja no mercado. Ademais os compradores sabem que em um ou dois meses a soja começa a ser colhida e entregue, para entrega no curto prazo, hoje, compraram muito e o produtor tem que entregar. Por que motivo os compradores iriam sair comprando soja baseados em relatos regionais? A situação da China, principal comprador da soja brasileira, não é boa economicamente, há vários relatos de que está quebrada, com a maioria das indústrias operando no negativo. A soja iniciou o tombo em maio de 2014, perdendo a força em setembro (2014), mesmo assim de lá para cá vem em queda. Talvez a seca reverta a queda dos preços, pela diminuição da oferta, só que na atual situação nem isso pode ser suficiente, demanda sempre vai haver mas a que preço? É isso, o mercado tenta encontrar o preço correto, mas a seca não é a única variável envolvida. Suco de maracujá e prudência. Sobre a realidade, os agentes usam relatórios de entidades como o Cepea, a Abiove, Conab, Mapa, etc... Existe muito interesse politico por trás disso, e é essa influência que deixa o "mercado" confuso. Politicos sempre dirão que tudo está uma maravilha, e usarão das organizações e instituições públicas no próprio beneficio. Kátia Abreu, outro dia falou que iria "juntar" 1 bilhão de reais para segurar, te segura na cadeira, 20 milhões de ha!!! As instituições brasileiras não credibilidade, nem aqui, nem no exterior. Se quiser entender isso melhor, leia as declarações do presidente da Cooxupé em 2014 e compare com o que aconteceu e com as declarações de uns dias atrás. Com certeza você entenderá de onde vem toda a confusão, ela é criada, mas não pelo mercado.
Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR
Fiquem tranquilos. O mercado disse que vai chover em janeiro. Se não chover, aí sim vão começar a contabilizar perdas. Até agora ninguém perdeu nada. Os vídeos e fotos que vimos sobre a seca é efeito especial, para agricultor não cumprir contrato. João Batista, larga mão de mostrar a seca. Não perca mais seu tempo. O "mercado" não acredita nos fatos. Para ele vem outra super safra no Brasil.
Marcos Aurélio Kappke Ijuí - RS
Vão sobreviver à seca como nós, gaúchos, sempre fizemos. Aqui a cada 3-4 anos tem uma seca de média intensidade e a cada ciclo de 5-7 anos tem uma forte. A última em 2011-2012, em algumas partes nem colhi e ainda estou teimando. Só não esperem contar com o governo, que é tempo perdido.
Faz parte da atividade não é Marcos, e ainda mais no Sul do Brasil, uma zona de transição climática, onde, quase sem exceção, se veem problemas do tempo. As vezes afeta o milho, ou a soja, e quase sempre o trigo, e vamos peleando nem que seja com o toco da adaga...
Boa tarde a todos,Luis e Marcos com todo o respeito de um agricultor que compartilha da mesma profissão, diferente de vocês do Paraná e do Rio Grande amado,o nosso custo de produção aqui no Mato Grosso não permite um ano de quebra como este, a única coisa que temos aqui no MT melhor que outros estados era o clima é a escala, a vantagem da escala perdemos com os financiamentos em dolar ( estamos revertendo para as próximas safras ) e o clima não está mais o mesmo, a conta não permite uma quebra de clima deste, muitos agricultores vão literalmente quebrar,a catástrofe está anunciada,cisa triste mesmo nunca antes vista na nossa região, pessoas que estão aqui a 30 anos nunca viram uma seca com esta.Esperar que Chicago absorva estas perdas e consigamos um preço melhor no que ainda ao foi vendido se é que ainda restara algo para se comercializar.
Por aqui, apesar das chuvas muito acima da média (cerca de 800 mm nos últimos dois meses), as lavouras se apresentam relativamente em bom estado, a maioria em fase de enchimento de grãos. Com toda a dificuldade conseguimos, mesmo com alguns atrasos e perdas de aplicações, fazer os tratos culturais. As primeiras áreas, semeadas em meados de setembro começam a amarelar e a preocupação passa a ser outra. O El niño continua e, se as precipitações não diminuírem, teremos sérias dificuldades na colheita, principalmente aqueles que terceirizam essa operação e ficam na dependência de outros, o que é o meu caso. É bastante preocupante.
Bom Dia! Pedro sou do estado de SP e no ano retrasado sofremos do mesmo problema que o senhor esta passando, entendo perfeitamente o stress tanto mental como a decepção que tem por ver as perdas no campo! Mas tenha fé e força que o mercado vai se ajustar e se Deus quiser pelo menos o prejuizo ninguem ira ter! Não perca a Fé e a esperança nunca!!
ronaty almeida de oliveira SORRISO - MT
Isso é o Brasil, muito triste .... sorriso-mt também não é diferente não...
marcilio fernandes marangoni Araguaína - TO
É uma judiação, entregue nas mãos de DEUS que ele certamente lhes trarás a melhor solução.
JÁ SENTI NA PELE ESSA SITUAÇÃO DESSA NA SAFRA PASSADA,,, É DOLOROSO
Enquanto isso nos aqui no RS estamos debaixo de água. Claro q nossa situação e mt diferente da do MT, mas com absoluta certeza não iremos repetir a produção da safra14/15. Em uma andada pelo estado neste ultimos dias, tive a certeza do que já imaginava em relação a situação das lavoura. Mts delas se encontram com stand de plantas mt baixo, algumas com replante e as que germinaram bem se encontram amarelas e num porte bem menor do que deveria estar.
Além disso se não fosse as chuvas torrenciais que caíram nas ultimas 48 hs, a previsão é de chuva intensa nos próximos 7 a 10 dias.
Agora basta a conab rever a previsão de safra para o Brasil.
Abraços.
Enquanto isso....no Matopiba tem gente dessecando soja para colocar milho....se chover em janeiro.