Notícias de chuva no Centro-Oeste mudam direção da soja em Chicago no final da sessão

Publicado em 22/12/2015 16:37 e atualizado em 22/12/2015 17:10

As cotações da soja em Chicago encerraram em queda nesta terça-feira (22), depois de trabalhar boa parte da sessão no azul. A mudança aconteceu na segunda metade do pregão regular, quando os operadores começaram a observar mudanças nos mapas meteorológicos indicando chuvas nos próximos dias para a região Centro-Oeste do Brasil. O contrato Jan/16 encerrou com queda de 6 pts cotado a US$ 8,85/bushel . Março/16 caiu 6,0 pts. com negócios a US$ 8,85/bushel e o Maio/16 fechou a US$ 8,90/bushel com recuo de 6,5 pts. A movimentação foi um pouco abaixo do normal com 182 mil lotes negociados , já que nos demais dias esse volume costuma superar os 200 mil lotes.

De acordo com Stefan Tomkiw , analista da Societé Genérale de Nova Iorque, o clima no Brasil deve continuar adicionando risco às cotações em Chicago. No entanto, os investidores não devem arriscar muito suas fichas nesse período de festas e as cotações tendem a continuar de lado até o final do ano, registrando apenas correções para baixo ou para cima, de acordo com as informações que vão surgindo. Segundo ele “é preciso uma quebra significativa da safra no Brasil  ou na América do Sul para mudar o quadro de oferta elevada que hoje é consenso entre os operadores de mercado”.

Investidores ainda estão bastante confusos e receosos em relação ao que vai acontecer, principalmente, com a oferta do grão. Além da safra na América do Sul, o mercado já contabiliza o próximo plantio nos EUA. As primeiras projeções para a safra de 2016  começam a circular. A Informa Economics reduziu sua perspectiva para a área de plantio tanto para milho quanto para soja naquele país.

Para a soja as projeções apontam para um plantio de 34,2 mi/ha ( 84,5 milhões de acres), ante uma perspectiva anterior de 34,52 mi/ha  (85,3 milhões de acres) e abaixo dos 34,44 mi/ha ( 85,1 milhões)  semeados em 2015.

A Consultoria também previu a semeadura do milho em 35,98 mi/ha (88,9 milhões de acres) em 2016, abaixo de sua projeção anterior de 36,46 mi/ha ( 90,1 milhões de acres). Isso seria a mesma área plantada com milho na safra passada, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

O milho seria o grande vencedor em termos de área no próximo ano. Não é de estranhar, já que alguns analistas acreditam que o movimento de alta  nos preços é limitado para a soja, considerando que os produtores argentinos contam agora com menos impostos de exportação e restrições de moeda. 

Exportações no Brasil 

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou os números de exportação até a  terceira semana de dezembro, ou 14 dias úteis,  mostrando um recuo considerável e já esperado nas exportações de soja.

De acordo com o relatório, no acumulado do mês de dezembro, o Brasil exportou 432,7 mil toneladas bem abaixo de 1,44 milhões de toneladas de novembro e com faturamento de US$ 165,7 milhões também muito abaixo do registrado em novembro que chegou a US$ 551,1 milhões.

Mas se comparado à dezembro de 2014 , quando as exportações de soja em grão foram de 138,6 mil toneladas as vendas mais que triplicaram e o faturamento que à época foi de US$ 73,6 milhões aumentou 2,3 vezes.

Veja as cotações completas , clique aqui

 

 

 

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR

    Como bem disse o amigo Sergio Boff, mesmo que a chuva venha, algumas situações são irreversíveis, a soja já não recupera mais sua capacidade de produção! Senão vejamos, aqui na região de Apucarana o excesso de chuva e a falta de luz fizeram com que a soja não se desenvolvesse a contento, a planta está nanica, não cresceu e certamente as perdas chegarão fácil a mais de 20%! Por onde se anda aqui, nas conversas, o assunto, a preocupação é a mesma: a redução da produtividade devido aos volumes de chuvas. No ano passado, nesta época, a soja já batia na cintura, agora mal chega ao joelho... Há de se ter cuidado, pois os números podem não serem e não serão os anunciados, pois tem muitos interesses e interessados em contarem os ovos na galinha, e este ano a galinha ainda está pintinho!

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  • SERGIO BOFF São João - PR

    Pois é... só a simples especulação de chuvas no norte de mato grosso faz o preço do soja ter reflexo em Chicago..., e esses dias todos sem chuvas (que já causaram prejuízos incalculáveis) não acontece nada...

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    • Ricardo Menarim Castro - PR

      Sr. Sérgio, concordo plenamente, infelizmente estamos desprovidos de instituições com capacidade de prever eventos meteorológicos com uma precisão, no mínimo, razoável.

      Aqui, nos Campos Gerais do Paraná, plantamos +/- 20% da soja fora da janela ideal, agora estamos lutando para fazer os pós-emergentes, e fungicidas nos talhões mais velhos. Mas, temos perdido muitas aplicações por falta de um modelo de previsão de chuva mais micro-regionalizado.

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    • Ricardo Menarim Castro - PR

      Plantar fora da época ideal e atrasar (ou perder por chuva) a primeira aplicação contra ferrugem, parece não ser muito importante para os operadores da CBOT.....nós, produtores, sabemos a consequência.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Ontem recebi uma cópia de email. Veio de um conhecido que atua no centro oeste. Não diz quem foi o cidadão que escreveu. Se tivesse o nome colocaria aqui. Diz apenas que é de um negociador de cereais. Provavelmente das grandes compradoras do Mato Grosso. Neste email, ele, o comprador, diz que as perdas causadas pela seca não são tão grandes, e estão muito restritas a pequenas micro regiões. Diz que , estão anunciando um desastre, mas por trás disto está a intenção dos produtores de não honrar os contratos de soja feitos á preços mais baixos. Repito, se eu soubesse o nome do cidadão colocaria aqui, para que os amigos do Mato Grosso dessem uma carona para ele, primeiro passando pelas áreas atingidas. Daria uma trena para ele e mandaria medir o tamanho da área afetada. Depois o levaria até a divisa com a Bolívia e pediria para nunca mais colocar os pés naquele estado. Este tipo de vagabundo manda estas notícias para a matriz e certamente impacta no mercado. É bom saber como pensam os abutres dos silos.

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    • Antonio Carlos Thomazini Pires do Rio - GO

      Carlos concordo com voce, é por causa desses vagabundos que nós produtore sofremos tanto com esse mercado, se eles soubessem o quanto sofremos com os intemperes do clima vem dificultando as nossas progeçoes para quitar o nossos débitos anteriores ou mesmo pra fazer algum investimento, e vem esses pilantras dizendo que tudo está mil maravilhas.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Antonio, o "mercado" é movido por interesses. Veja o que ocorreu em 2008, a crise financeira que obrigou os bancos centrais injetarem no "mercado" US$13 TRILHÕES para que o "mercado" financeiro mundial não colapsasse. Esse é um número divulgado para nós, os "simples mortais", agora imagine o que se acertou atrás das portas dos gabinetes. Enfim esse é o "MUNDO*" em que vivemos. (*)- Pode-se ler "M&+#@"!!!

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Entendo o questionamento do Sergio..do Carlos..mas temos que lembrar que os países estão abastecidos..as perdas pontuais de 4 a 5 milhoes de tons não interfere no total ou muito pouco..e não tem muito peso para balançar o mercado..lembro que há áreas de perdas mas há áreas de menos importantes no contexto que ano passado as perdas foram grandes e neste ano se apresenta safra normal...portanto acho que as perdas atuais não conseguem fazer o preço decolar..não que queira isto mas é a forma que vejo..

      Outra coisa esta semana vi o HOMI da aprosoja de Goiás peocupdo com plantio após 31 do 12...ora devia ter visto antes agora não adianta chorar...deixaram ENGESSAR por FRESCURAS..agora seja galos e guentem o rojão..faltou competencia e atuação para discordar do tamanho do vazio..agora sejam HOMENS E VEJAM A BURRADA QUE FIZERAM...OU SEJA AGORA ELE FALA EM SOCIAL E ECONÔMICO...antes de engolirem o vazio não olharam o social e econÕMICO..SÓ O FRESCURAL....DOS CIENTISTAS DE MEIA TIGELA...

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