Soja pode chegar a US$ 12,50 a partir de fevereiro com consolidação das perdas no Brasil e definição de plantio nos EUA
Os futuros da soja na Bolsa de Chicago podem alcançar os US$ 12 por bushel a partir de fevereiro. A avaliação é do consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult, que considera uma forte demanda pela soja em grão e uma quebra na safra 2015/16 do Brasil que pode chegar a 6 milhões de toneladas por conta das adversidades climáticas. Afinal, essas perdas poderiam comprometer a disponibilidade do grão no mercado mundial.
E esse cenário poderia se confirmar mesmo com a grande oferta de mais 108 milhões nos Estados Unidos, expectativas iniciais de 100 milhões na safra brasileira e a Argentina com um total de 66 milhões de toneladas nesta temporada
"A maioria dos mercados consumidores não têm estoque, tudo que é importado é processado, então o que vai acontecer é uma transferência da demanda para os EUA até o Brasil equilibrar a capacidade dos embarques", explica Severo, ressaltando que não há espaços para perdas, pois a América do Sul contribuiu com 55% da oferta global e os Estados Unidos com 33%.
De acordo com o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Mato Grosso - maior estado produtor do país - pode ter a menor produtividade desde a temporada 2012/13 chegando a apenas 50,8 sacas por hectare, resultando em uma produção com 1 milhão de toneladas a menos decorrente da falta de chuvas.
"Agora, computando os números, nós vamos chegar a uma realidade de que o Brasil já perdeu 6 milhões de toneladas - isso traz a produção para 95 milhões de t - o que não será suficiente para atender a demanda mundial, mesmo porque os Estados Unidos devem reduzir a área de soja para o próximo ano, acrescentando áreas de milho e, a previsão inicial deles é produzir 103 milhões de toneladas", ressalta o consultor.
E mesmo com rumores de que as vendas norte-americanas estão mais baixas em relação ao mesmo período do ano passado e poderiam inundar o mercado nos próximos meses, o consultor lembra que historicamente os embarques dos EUA estão dentro da média, não sendo um problema corrente de pressão nos preços.
"Há uma concentração da demanda no Brasil, porque os exportadores preferem a safra brasileira e enquanto não acabarem as vendas brasileiras, eles (EUA) vão continuar um pouco atrasados. Mas os embarques deles não estão tão atrasados assim e até março irá avançar a demanda pelo mercado norte-americano", acrescenta.
Além disso, a demanda pela soja em grão cresceu aproximadamente 10% neste ano. Somente para a China, os embarques da oleaginosa do Brasil estão 10 milhões de toneladas acima do registrado na safra passada, nessa mesma época.
Os Estados Unidos, por exemplo, embarcaram para a nação asiática pouco mais de 230 mil de toneladas entre os dias 10 a 17 de dezembro. "Dentro do calendário norte-americano, a China importou 78,3 milhões de toneladas, e pretendem fechar o calendário do ano com 82 milhões de toneladas de soja em grão", lembra Severo.
Além do mais, os estoques de passagem 2014/15 dos EUA são de apenas 5 milhões de toneladas e o Brasil já comercializou boa parte de sua produção antecipadamente, ficando com baixo volume excedente para vendas no próximo ano.
Diante desse cenário, Severo considera que apesar de Chicago ter operado no intervalo de US$ 8,50 a US$ 9,50 por bushel neste ano, os fundamentos deverão ganhar força nos próximos meses potencializando altas no mercado da soja.
"Os fundamentos vão se promover mais fortemente a partir de fevereiro quando já houver um movimento maior de compra da oferta norte-americana", explica Liones ressaltando que a CBOT trabalhou até agora se atendo mais às informações e às movimentações dos mercados financeiros de todo o mundo.
O consultor lembrou ainda que o mercado foi bastante ofertado neste ano porque muitos países realizaram suas vendas baseados em suas moedas locais favorecidas pela relação com o dólar, independendo das cotações em Chicago. Assim, no Brasil, os valores chegaram a atingir e superar níveis de R$ 80,00/sc nos portos.
4 comentários
Concentração da colheita da soja no BR deve trazer impacto considerável aos preços no BR
Carazinho/RS tem lavouras de sojas boas e outras com dificuldades de clima, pragas e doenças
Desenvolvimento do plantio da soja em Tapurah/MT
Plantio de soja 24/25 do Brasil avança para 86%, diz AgRural
Soja/Cepea: Cotações internas e externas recuam
Soja sobe em Chicago nesta manhã de 2ª feira, acompanhando bons ganhos do farelo e do óleo
Leolirio Dionisio Poletti Vila Nova-Toledo - PR
Se o petróleo não tivesse despencado duvido que a soja baixava de US$ 10,00.
esse leones deve fexar a boca e nao falar mais besteiras ou sera q ele tem entereçe q o agricultor nao venda a soja .
Miguel Biegai Jr Genebra - Switzerland
Estamos em fevereiro. Vai que a soja ainda chega a 12,50, Faltam só US$ 3,50/bushel pra subir neste mês, rsrsrsr.
Daniel Saldanha Camargo Ponta pora - MS
O esquema é comprar opção de soja na cbot e esperar...
PEDRO FIORENZO Sorriso - MT
Liones, me desculpe, mas dizer que a soja vai bater a 12,50 fica facil.... se houver uma catastrofe no Brasil a soja vai a 16,00 o buschel, ou, se não houver, ela se mantém nos U$ 8,50 o buschel... Este senhor ficou 2 anos a fio dizendo que soja não diminuiria de maneira alguma de 12,00, e que iria ficar variando de 16,00 a 12,50, e o que aconteceu?? Chicago veio a 8,00 - 9,00... Agora que o clima está complicando, surge ele das cinzas dizendo está vendo que a soja pode subir!!!..., por favor, chega de perder tempo escutando este tipo de comentário.
É claro que às vezes eles estarão certos, mas se você comparar o índice de acerto com o total de "previsões" você ficará com a impressão que você teria feito melhor se jogasse dados para fazer suas escolhas.
Há uma regra que diz: "Se não pode prever certo, preveja muito".
- Axiomas de Zurique
Bem provavel. Uma certeza é a queda na producão brasileira. Acredito que a produtividade se reduza na maioria dos estados produtores. Este evento está de uma proporção que talvez esta geração nunca viu. Mato Grosso sêco em dez desde que se planta soja por la não aconteceu.Entäo 6 milhoes a menos é uma previsão conservadora. Ninguem tem obrigação de acertar sempre ,mas Liones sendo durante anos a contramão da maioria proporcionou a muitos bons negócios.
de novo ele falando em 12 dolares ele nao lembra q a seis meses ele garantiu q a soja ia a 12.5 dolares isso ele nao fala.
Muitas vezes a luta contra o mercando se revela inglória. No entanto, temos que reconhecer que o senhor Liones vem acertando em cheio sobre a demanda mundial, especialmente sobre o consumo chinês. Ele foi o único que previu exportações de milho acima de 30 milhões de Toneladas. Por outro lado temos que admitir que muitas variáveis podem interferir na formação dos preços. Considero o Sr. Liones como uma das mais prestigiadas fontes de informação de mercado.
Com a crescente demanda mundial pela soja, o fato da cotação ir ou não U$=12,50 por bushel esta ligada diretamente a Oferta e Demanda o piso da soja é U$= 8,50 e com a possível redução de safra a CBOT tende a avançar sim, mas acredito que o produtor brasileiro deve se preocupar com o preço final que envolve a variável dólar que também esta com uma tendência altista, devido a fatores políticos e econômicos, chamo a atenção para formação dos preços para próxima safra, se CBOT subir e dólar subir e não programar com a compra de Insumos de nada adianta, será uma troca de 6 por meia duzia, pensem nisso !!!!
Mas o preço em reais ultrapassou 12 dólares. O produtor tem que parar de tentar acertar o último preço e colocar lucro no bolso.
O Liones é um brincalhão.
O Liones tem a coragem de vir a público e falar o que está na cara. A safra quebrou. O povo fica puxando o saco de analista que só fala em super safra, mesmo com seca histórica. Espero que o Liones esteja correto. Vou apostar nela. Quem quiser apostar nos outros, que venda toda a safra adiantada, pois já está mais que US$8,00 o bushel que eles falaram que iria chegar.
Choveu e esta chovendo Sr Liones, e agora???? 6 milhoes de quebra ainda? 12,5usd/bu?????????? voce poderia nos enviar a produção que considera em cada estado brasileiro, acredito que está um pouco equivocado
Senhores...embora afirme o contrario a quase um ano...que a demanda é normal...que com mercados abastecidos...e safras normais os preços viriam a 8 o buschel temos que aprender a respeitar as posições..claro que quem poe seu suor na reta é dificil entender quando perde dinheiro...por isto nunca entrem de INOCENTES em nenhuma informação de analistas de mercado incluso as minhas pois as vezes acertamos as vezes erramos e lembro mais os cenários e tendencias mudam..e as variáveis são muitas que interferem nos preços futuros...
Aproveito a oportunidade para dizer que o que está salvando o produtor brasileiro é o dolar...muito cuidada pois seus custos em parte em dolar vão subindo e com as ECONOMIAS MUNDIAIS de lado e em queda suas margens vão se apertando e podem caso não tenhamos fato novo ir a negativo e permanecer por um bom tempo...portanto abram o olho...investimentos só os pay back rápidos...e enxuguem os custos...e não tenham medo ou dó de demitir...pois seu negocio vai estar em jogo...
Sobre comercialização..se erra menos quando se vende parcelado e se aproveita os picos..ou de dolar ou de chicago..