Milho: Em Chicago, mercado mantém tom negativo e registra ligeiras perdas na sessão desta 3ª feira

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo no pregão desta terça-feira (15). As principais posições do cereal exibiam quedas entre 1,50 e 2,25 pontos, por volta das 12h58 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,76 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,78 por bushel. Já o vencimento maio/16 era negociado a US$ 3,82 por bushel.

De acordo com informações das agências internacionais, os investidores acompanham com cautela a reunião do Federal Reserve, que acontece entre hoje e amanhã, e definirá o aumento ou não da taxa de juros nos Estados Unidos. "Há 83% de chances do banco elevar a taxa de juros no país, a última vez que a taxa foi elevada aconteceu em 2006", disse o editor a analista do site Farm Futures, Bryce Knorr.

Ainda assim, os analistas ressaltam que as cotações encontram suporte no crescimento do volume de vendas para exportações. Na semana encerrada no dia 10 de dezembro, as vendas de milho ficaram em 566,835 mil toneladas, de acordo com informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Com isso, o volume comprometido chega a 18,17 milhões de toneladas, porém, ainda está 23% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.

Segundo dados da consultoria Agrinvest, a demanda externa pelo milho americano está crescendo frente à queda nos prêmios nos portos americanos e o encerramento de programas de exportação em outras origens como o Brasil. Por outro lado, a Argentina ainda é uma incerteza para os participantes do mercado. Isso porque, o presidente eleito, Maurício Macri, oficializou a retirada das taxas para a exportação do grão.

A medida já ocasionou especulações no mercado de que os produtores argentinos poderão aumentar a área plantada com o milho ainda nesta safra.