Dólar sobe e vai acima de R$ 3,90 após manifestações, de olho política e Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava acima de 3,90 reais nesta segunda-feira, com investidores repercutindo negativamente a menor presença popular nas manifestações pelo impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e adotando estratégias mais defensivas no início de uma semana marcada por eventos importantes nos cenários local e externo.
Às 10:49, o dólar avançava 0,97 por cento, a 3,9115 reais na venda, voltando ao patamar de 3,90 reais no intradia depois de duas semanas. Nas duas últimas sessões, a moeda norte-americana já havia subido quase 2 por cento em cada.
"Como o mercado claramente tem visto fatores que aumentem a chance do impeachment como positivos, fatores que diminuam essa chance têm tido um efeito negativo", disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Milhares de manifestantes foram às ruas no domingo pedindo a saída de Dilma, mas os protestos foram menores do que eventos similares que ocorreram mais cedo neste ano.
Muitos investidores acreditam que eventual afastamento de Dilma poderia ajudar a recuperação da economia brasileira. Outros ressaltam, porém, que a turbulência política pode travar o ajuste fiscal. Alguns investidores defenderam que o avanço do dólar nas últimas sessões foi intensificado por um movimento de correção após o otimismo exagerado em relação ao impeachment, que em seguida levou a moeda a ir a 3,7390 reais no fechamento.
Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir sobre a validade da votação dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará a abertura do impeachment contra Dilma.
No mesmo dia, o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve promover a primeira alta de juros em cerca de década. Operadores ressaltavam, porém, que é provável que o mercado já tenha incorporado essa informação e deve se concentrar nas sinalizações do Fed sobre seus próximos passos.
"Talvez vejamos um movimento de alta pontual (do dólar), para depois se acomodar um pouco. O mercado já está preparado", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no mercado brasileiro.
O clima de aversão a risco nos mercados internacionais que vem sendo a regra nas últimas sessões, em meio a nova queda nos preços do petróleo e persistentes preocupações com a fraqueza da economia chinesa, também ajudava a pressionar a moeda norte-americana nesta sessão.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
Dólar opera quase estável frente ao real, de olho em Fed e política local
O dólar operava perto da estabilidade sobre o real nesta segunda-feira (14), a poucos dias da aguardada reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, e da decisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tramitação do pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,08%, a R$ 3,8771 para venda, , após subir quase 2% em cada uma das duas últimas sessões.
Na sexta-feira, o dólar avançou 1,93%, a R$ 3,8738 na venda. Na semana passada, a moeda dos EUA subiu 3,61%. No mês, há queda acumulada de 0,33%. No ano, a moeda já sobe 45,7%.
Leia a notícia na íntegra no site G1.
0 comentário
Lula diz que pretende assinar acordo Mercosul-UE ainda este ano, mesmo sem apoio da França
Para manter jovens no campo, CRA aprova programa e crédito para agricultores
Comissão de Educação do Senado debaterá 'viés político e ideológico' contra agronegócio em livros didáticos
Senadores reagem a deputado francês que comparou carne do Brasil a lixo
Rússia diz que corte de apoio militar à Ucrânia por Trump seria “sentença de morte” para militares ucranianos
Petróleo fica estável após aumento surpreendente nos estoques de gasolina dos EUA