Dólar sobe forte nesta 6ª feira sob influência do exterior e preocupações políticas
O dólar avançava nesta sexta-feira (11), chegando a R$ 3,88, refletindo o ambiente de aversão a risco nos mercados externos devido a preocupações com a desaceleração da economia chinesa e após notícias de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria ameaçado deixar o governo se a meta de superávit primário de 2016 for zerada pelo Congresso.
Às 13h20, o dólar avançava 1,96%, a R$ 3,8752 na venda.
"Além de acompanhar o exterior, a contínua deterioração do cenário político ainda pesa nas mesas", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
Investidores em todo o mundo evitavam ativos de maior risco nesta sessão, após a queda do iuan chinês à mínima em quatro anos e meio reforçar preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O dólar ganhava terreno contra moedas como o peso mexicano.
No Brasil, o quadro de preocupações era intensificado pelas declarações de Levy, cuja campanha pela austeridade fiscal agrada os mercados. Operadores já dão como certo que ele não continuará no governo por muito tempo, mas a notícia levou alguns a apostarem que isso pode acontecer mais cedo do que esperavam.
Levy admitiu que poderia deixar o governo caso a meta de superávit primário para 2016, estipulada em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), seja zerada em votação pelo Congresso. A declaração teria sido feita em conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na noite de quarta-feira.
Leia a notícia na íntegra no site do G1.
Dólar sobe cerca de 1% ante real por China e Levy
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava cerca de 1 por cento e girava em torno de 3,85 reais nesta sexta-feira, refletindo o ambiente de aversão a risco nos mercados externos devido a preocupações com a desaceleração da economia chinesa e após notícias de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria ameaçado deixar o governo se a meta de superávit primário de 2016 for zerada pelo Congresso.
Às 10:12, o dólar avançava 0,87 por cento, a 3,8337 reais na venda, após subir 1,70 por cento na véspera.
"Além de acompanhar o exterior, a contínua deterioração do cenário político ainda pesa nas mesas", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
Investidores em todo o mundo evitavam ativos de maior risco nesta sessão, após a queda do iuan chinês à mínima em quatro anos e meio reforçar preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O dólar ganhava terreno contra moedas como o peso mexicano.
No Brasil, o quadro de preocupações era corroborado pelas declarações de Levy, cuja campanha pela austeridade fiscal agrada os mercados. Operadores já dão como certo que ele não continuará no governo por muito tempo, mas a notícia levou alguns a apostarem que isso pode acontecer mais cedo do que esperavam.
Levy admitiu que poderia deixar o governo caso a meta de superávit primário para o próximo ano, estipulada em 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), seja zerada em votação pelo Congresso. A declaração teria sido feita em conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na noite de quarta-feira.
"Acho que ele não dura até o Carnaval", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que a informação reforça o clima de tensões entre o governo e o Congresso Nacional, que vem dificultando o reequilíbrio das contas públicas.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
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