Milho: Após boletim do USDA, mercado inicia pregão desta 5ª feira próximo da estabilidade em Chicago
As cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta quinta-feira (10) com ligeiras altas, próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,50 e 1,25 pontos, por volta das 7h40 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,73 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,71 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo registrado no pregão desta quarta-feira, após o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ter sido considerado neutro para o milho, conforme ressaltaram os analistas. Ainda ontem, o órgão elevou os números dos estoques finais do grão nos EUA de 44,701 milhões para 45,34 milhões de toneladas. O volume do cereal destinado à produção de etanol também foi revisado para cima e passou de 131,45 milhões para 132,09 milhões de toneladas.
Em contrapartida, o USDA reduziu a projeção para a safra mundial de milho, de 974,87 milhões para 973,87 milhões de toneladas. Já os estoques globais apresentaram ligeira modificação e caíram de 211,91 milhões para 211,85 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o departamento traz o relatório semanal de vendas para exportação, importante indicador de demanda e que pode influenciar o andamento das negociações. Na semana anterior, o número ficou em 499,4 mil toneladas, abaixo das expectativas dos participantes do mercado, entre 500 mil a 1.100 milhão de toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho fecha estável em Chicago e na BM&F após USDA neutro e queda do dólar nesta 4ª feira
O boletim mensal de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (9) foi considerado neutro para o milho e os futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia bem próximos da estabilidade, do lado positivo da tabela.
As posições mais negociadas fecharam a sessão subindo entre 0,25 e 2,25 pontos, levando o dezembro/15 a US$ 3,72 por bushel, e o setembro/16 a terminar os negócios com US$ 3,88. Antes dos novos números, o mercado do grão chegou a testar algumas altas mais expressivas, porém, perdeu força com as poucas mudanças apresentadas pelo departamento.
Os estoques finais norte-americanos foram elevados de 44,70 milhões para 45,34 milhões de toneladas. As estimativas do mercado oscilavam entre 42,93 milhões e 47,12 milhões de toneladas, com média de 44,94 milhões. O departamentou trouxe ainda um aumento leve no volume do cereal a ser processado e transformado em etanol, com o número passando de 131,45 milhões estimados em novembro para 132,09 milhões de toneladas.
Sobre os números do etanol, segundo explicou a analista internacional Katie Micik, do site internacional DTN The Progressive Farmer, a elevação trazida pelo USDA veio em função da demanda maior do que o esperado pelo combustível durante o mês de novembro, enquanto as vendas externas ainda em um ritmo mais lento refletiram num recuo nos dados de exportações.
No quadro mundial, as mudanças também foram bastante limitadas. A produção global de milho estimada pelo USDA foi de 973,8 milhões de toneladas, 1 milhão a menos do que o número de novembro. Assim, os estoques finais mundiais recuaram para 211,85 milhões de toneladas, apenas ligeiramente menor do que as 211,91 milhões projetadas no reporte anterior.
Dólar e Mercado Brasileiro
Enquanto o mercado caminhava de lado na Bolsa de Chicago, o dólar recuavam mais de 2% frente ao real no Brasil nesta quarta-feira, além de recuar também no exterior frente à outras divisas. A moeda norte-americana terminou o dia com R$ 3,7370, perdendo 1,92%.
"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".
Com essa baixa, e em mais um dia de mercado parado, os preços do milho perderam força no Brasil. No porto de Paranaguá, o cereal recuou 4,29% para R$ 33,50 por saca, após alguns dias de estabilidade. E segundo relatou o consultor de mercado Vlamir Brandlalizze, da Brandalizze Consulting, essas constantes quedas do dólar travaram ainda mais os negócios internamente.
O mercado pouco se movimentando pôde ser observado ainda na BM&F nesta quarta-feira. As posições mais importantes desse momento fecharam o pregão sem direção definida e com oscilações bastante tímidas. Enquanto o janeiro/16 fechou com R$ 35,80 por saca e alta de 0,22%, o março/16 ficou estável em R$ 36,55 e o setembro/16 perdeu 0,29% para R$ 34,50/saca.
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