Bolsas da Ásia recuam nesta 3ª feira com aversão a risco por petróleo
São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa nesta terça-feira, após os preços do petróleo voltarem a despencar, gerando aversão a risco e pesando nas ações de energia e de produtores de matérias-primas.
Embora mostrem tendência de recuperação nesta manhã, as cotações do petróleo sofreram tombo de mais de 5% nos negócios de ontem, atingindo os menores níveis desde 2009, ainda influenciadas pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em reunião no fim da semana passada, de não tomar qualquer iniciativa para reduzir a produção.
Ainda entre as commodities, o minério de ferro atingiu ontem nova mínima em uma década, após cair pela sétima sessão consecutiva, em meio a sinais de demanda fraca das siderúrgicas.
Na Oceania, a bolsa australiana terminou o dia em queda de 0,9%, com o índice S&P/ASX 200 a 5.108,60 pontos, o menor patamar em três semanas. O pregão em Sydney foi pressionado por grandes mineradoras, como BHP Billiton (-5,2%) e Rio Tinto (-4,3%), e por empresas do setor de energia, incluindo Santos (-13%), Origin Energy (-2,7%) e Beach Energy (-5,4%).
Embora o mau humor de hoje na região asiática e do Pacífico tenha se baseado na fraqueza recente do petróleo, também está relacionado à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deverá começar a elevar juros na reunião da próxima semana, segundo Tim Schroeders, gestor de fundos da Pengana Capital em Melbourne.
Leia a notícia na íntegra no site da Exame com informações do Estadão Conteúdo.
Bolsas da Ásia atingem mínima de 3 semanas, de olho no Fed
As ações asiáticas atingiram as mínimas de três semanas nesta terça-feira (8) com muitos investidores ficando às margens do mercado antes da reunião da semana que vem do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que deve resultar em uma elevação da taxa de juros.
Às 7h40 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,5%, devolvendo os ganhos do começo deste mês.
"Além do aumento de juros de dezembro, os investidores estão preocupados com a falta de demanda na China, que está pressionando ativos de riso", disse o chefe de mercados globais do Leste Asiático do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Cliff Tan.
Como os mercados financeiros já precificaram um aumento dos juros, investidores se concentrarão na trajetória da taxa de juros norte-americana comunicada pela chair do Fed, Janet Yellen, em meio à incerteza sobre o crescimento na China e no mundo.
Dados desta terça-feira mostraram que as importações da China caíram 8,7% em novembro comparado com o mesmo período do ano anterior, o 13º mês consecutivo de declínio, indicando que as preocupações com a perspectiva econômica da China vão perseguir os investidores no próximo ano.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,04%, a 19.492 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,34%, a 21.905 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 1,89%, a 3.470 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzen, retrocedeu 1,75%, a 3.623 pontos.
Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 0,75%, a 1.949 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 1,31%, a 8.343 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,86%, a 2.876 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,91%, a 5.108 pontos.
0 comentário
Real, juros futuros e Ibovespa despencam após notícia sobre possível isenção de IR
Dólar volta a disparar e testa os R$ 5,90 nesta tarde de 4ª feira
Haddad fará pronunciamento em rede nacional às 20h30 desta 4ª em meio à expectativa por cortes de gastos
Indicados para gabinete de Trump são alvos de ameaças de bomba, diz porta-voz
Rússia diz que seria "loucura" Ocidente fornecer armas nucleares à Ucrânia
Ibovespa recua com LWSA entre maiores quedas e mercado à espera de pacote fiscal