El Niño aumenta focos de ferrugem asiática no RS

Publicado em 30/11/2015 06:22

Mais uma consequência do excesso de chuvas observado nos últimos meses, a ferrugem asiática está aparecendo mais frequentemente nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul, exigindo atenção dos agricultores. Relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, divulgado na semana passada, mostrou que o Estado tem o maior número de casos da doença na cultura da oleaginosa na safra que está sendo implantada, com 29 dos 66 focos constatados em todo o Brasil. Em comparação, até o fim de novembro do ano passado, eram 44 focos em território nacional, sendo 17 deles nas plantações gaúchas.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja Cláudia Vieira Godoy, os problemas começaram ainda no inverno. Por ocasião dos efeitos do El Niño, as temperaturas mais amenas no período favoreceram a sobrevivência de soja voluntária com ferrugem no campo, o que tem contribuído para a maior ocorrência da doença em 2015. "O que observamos na região Sul, onde a média de chuvas tende a ser maior, é que a ferrugem pode aparecer de forma mais agressiva. Além disso, em anos com essas características climáticas, ela tende a aparecer antes nas lavouras ainda em novembro. Em anos normais, os focos aparecem apenas a partir de dezembro", explica.

Outro fator que deve impactar a propagação da doença é o atraso no plantio. Segundo dados da Emater, no fim da última semana, o percentual da área semeada era de 58%, alguns pontos abaixo da média histórica registrada nos últimos cinco anos, de 65% para a época. "Se as chuvas continuarem, a janela de plantio deve ser ampliada. Ou seja, vamos ter soja sendo semeada em várias épocas, o que favorece o ataque de ferrugem a lavouras tardias", alerta Cláudia. Outro contágio fúngico que pode se tornar comum nessas condições, conforme a Embrapa, é o mofo branco.

Entretanto, realizados o monitoramento e o controle, os problemas não devem ocasionar grandes perdas de produtividade para a cultura da soja. A recomendação das entidades de assistência rural é que os produtores fiquem atentos não somente a sua lavoura, mas à ocorrência de focos na sua região. Atualmente, o Consórcio Antiferrugem registra casos, principalmente, nas regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul, em cidades como Passo Fundo, Erechim, Ijuí, Cruz Alta e Júlio de Castilhos. Na região Sul, Capão do Leão tem um foco, assim como no município de Itaqui, no Oeste do Estado, entre outros.

"Além de verificar se os cultivares têm resistência, os agricultores devem verificar as informações sobre a eficiência dos fungicidas aplicados, pois os fungos estão se adaptando aos produtos e, consequentemente, a eficiência do controle diminuindo", pondera Cláudia. Como uma das estratégias anti-resistência, o produtor pode fazer rotação de produtos. Nesse sentido, a Embrapa Soja coordena uma rede de ensaios de fungicidas, e os resultados são disponibilizados anualmente na página da entidade na internet, onde é possível verificar a eficiência na última safra.

Reunião de comitê debate amanhã as dificuldades de controle da doença no Rio Grande do Sul

Amanhã (31), a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e a Superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa-RS) irão promover reunião técnica sobre as dificuldades de controle da ferrugem asiática da soja no Estado. Irão participar do encontro os membros do Comitê Estadual de Ferrugem Asiática da Soja, representantes de 20 instituições, as quais representam os principais entes envolvidos na cadeia produtiva da soja.

Leia a notícia na íntegra no site Jornal do Comércio.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Jornal do Comércio

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Pergunto!!!!! o Rio Grande planta soja SAFRINHA!!!!!!!! NÃO!!!!!!!! então se não planta como que este bando de ENROLÕES...chamado de ESPECIALISTAS de MEIA TIGELA falam que a soja safrinha é responsavel pelo aumento da FERRUGEM....mas se manifestem>>>> Doutor Guerra do MT...TADASHI...diz que este que é o BOM..não sei no que..e mais os homi da EMBRAPA de LOndrina..seu Waldir...falam sei Waldir..até hoje aguardo o trabalho de 10% dos nematoides...se provarem ok...mas só no gogó...parece coisa de primario...

    0
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Continuo aguardando um posicionamento do Guerra,,,Do Tadashi...do Waldir da Embrapa Londrina...caso não se posicionarem o que voces pregam é uma GRANDE INVERDADE ....mas que sabe alguém resolve provar e se posicionar...então Doutor Guerra...DR Tadashi...DR Waldir...é só falar...

      0
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      e aí Doutor Guerra do MT..Tadashi não pranta que não dá doença...e DR Waldir mister nematoide de 10%...se manifestem...

      0
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      a ponte verde no Rio Grande não existe..a geada mata tudo...então agora quar o ponti que mantem a ferrugem...voces não sao especialistas!!! então falem...

      0