Preços do suíno reagem com exportações em bons volumes e melhora no consumo interno. Mas margem do produtor ainda é apertada
Os preços do suíno vivo pago aos produtores independentes voltaram a reagir na última semana no Rio Grande do Sul. No inicio da semana, a bolsa de suínos do estado registrou alta de 0,58% passando a ser negociado a R$ 3,89 o quilo do animal vivo.
De acordo com o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, a reação nas cotações é uma resposta aos bons volumes embarcados neste mês, associado à melhora no consumo interno.
Ainda assim, os suinocultores continuam trabalhando com margens apertadas, haja vista o aumento nos custos de produção que atualmente gira em torno de R$ 3,20 no Estado.
"Se olharmos o histórico do ano nós tivemos um primeiro semestre um pouco complicado com alguns períodos onde o preço deixava margem e outros que o produtor trabalhava no zero a zero. E no segundo semestre o mercado reagiu significativamente bastante em função do aumento das exportações de carne suína a partir do mês de maio", ressalta Folador.
Para as próximas semanas a expectativa do presidente é que as vendas externas continuem firmes com o dólar colaborando, e que a demanda interna se aqueça ainda mais com o período festivo de natal e ano novo, possibilitando novas altas em dezembro.
Do lado da oferta, 2015 tem sido um ano de maior disponibilidade de animais e com um aumento no peso médio do suíno que passou de 105/kg para 120/kg. "Ainda não temos os números fechados, mas a perspectivas é de crescimento de 4% a 5% no volume de cabeças neste ano, no entanto mesmo com essa oferta maior a exportação acabou dando conta neste excedente", explica.
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