Café: Bolsa de Nova York inicia semana em baixa, após duas sessões seguidas de valorização

Publicado em 23/11/2016 08:45

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa nesta manhã de segunda-feira (23), após fechar no campo positivo na sessão anterior pelo segundo dia consecutivo. Com suporte do câmbio e sinais de oferta apertada, o mercado voltou ao patamar de US$ 1,25 por libra-peso.

Por volta das 09h30, os lotes de arábica com vencimento para dezembro/15 operavam com 121,50 cents/lb e baixa de 40 pontos, o março/16 anotava 123,25 cents/lb com recuo de 115 pontos. O contrato maio/16 tinha 125,35 cents/lb com desvalorização de 120 pontos, enquanto o julho/16, mais distante, caía 115 pontos, cotado a 127,50 cents/lb.

» Clique e veja as cotações completas de café

Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Com câmbio e sinais de oferta apertada, NY encerra semana com alta de 7,43% e puxa preços no Brasil

Nesta sexta-feira (20), os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a fechar em alta, entendendo os ganhos da sessão anterior. Após tocar o menor patamar em 21 meses no final da semana passada, o mercado passou a repercutir sinais de oferta apertada mesmo com uma produção maior no Brasil na próxima temporada. Além disso, o dólar em queda ante o real também acaba dando suporte aos preços. Na semana, a valorização do vencimento março/16, o mais negociado, foi de 7,43%.

No mercado físico do Brasil, os negócios com café continuam lentos mesmo com a forte alta da bolsa externa que acabou puxando um pouco os preços nas praças de comercialização nesta semana. O tipo cereja descascado teve ganhos de até R$ 30,00 na saca de 60 kg.

Em Nova York, os lotes de arábica com vencimento para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje cotados a 121,90 cents/lb com alta de 200 pontos. O março/16 teve 124,40 cents/lb e o maio/16 anotou 126,55 cents/lb, ambos com avanço de 220 pontos. Já o contrato julho/16 fechou o dia com 215 pontos de alta, a 128,65 cents/lb.

"Os investidores se basearam, mais uma vez, na queda do dólar no Brasil. Com fatores técnicos e reavaliações da safra brasileira de café, eles resolveram cobrir parte das posições vendidas a descoberto no mercado e assim, a continuidade do movimento comprador ficou evidenciado", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Na sexta-feira passada, a trading cingapuriana Olam International estimou a safra de café do Brasil 2016/17 entre 60 e 62 milhões de sacas de 60 kg. No entanto, apesar do número alto, os agentes perceberam nesta semana que a oferta pode ficar apertada, inclusive, com possibilidade de um déficit global no mercado pelo terceiro ano consecutivo.

Além disso, o dólar em queda ante o real também acaba influenciando nas cotações do terminal externo uma vez que as transações são realizadas na moeda estrangeira. Quando o real está mais valorizado ante o dólar a competitividade pelo produto é menor. Às 17h25, a moeda norte-americana caía 0,86% ante o real, cotada a R$ 3,697 na venda. A divulgação do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sinalizando que deve elevar os juros em dezembro de forma gradual movimentou o mercado nesta semana.

No cinturão produtivo do Brasil, as lavouras continuam recebendo chuvas. A preocupação maior está nos estados da Bahia e Espírito Santo que ainda recebem baixos volumes. No entanto, de acordo com dados da Somar Meteorologia, uma frente fria e sistemas de baixa pressão devem causar pancadas de chuva nas principais regiões produtoras de café do Brasil até 24 de novembro com volumes entre 30 e 50 milímetros.

Mercado interno

No Brasil, os negócios nas praças de comercialização não ganharam ritmo mesmo com a alta na bolsa que até motivou valorizações em algumas cidades. Nesta sexta-feira, algumas praças de comercialização não funcionaram hoje por conta do feriado facultativo do Dia da Consciência Negra.

Hoje, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 551,00 e alta de 2,42%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 6,52% e R$ 539,00 a saca.

Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Varginha (MG) com alta de R$ 30,00 (+6,00%), saindo de R$ 500,00 para R$ 530,00 a saca.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação hoje também em Guaxupé (MG) com R$ 550,00 a saca e avanço de 2,80. A maior variação no dia dentre as praças aconteceu em Poços de Caldas (MG) que teve valorização de 3,18% e saca cotada a R$ 487,00.

Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG) que tinha saca cotada a R$ 531,00, mas subiu R$ 19,00 (+3,58%) e agora vale R$ 550,00.

Nesta sexta, o tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 500,00 a saca e alta de 4,17%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 4,39% e R$ 476,00 a saca.

A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Guaxupé (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 473,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 20,00 (+4,23%), e agora está em R$ 493,00.

Na quinta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve alta de 1,93% com a saca de 60 kg cotada a R$ 470,87.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário