Demanda tem maior influencia na semana e frango vivo encerra em alta, enquanto suíno registra nova queda

Publicado em 09/11/2015 06:54

Boi Gordo: Mercado caminha de lado e indicador segue a R$ 148,51/@

As cotações do boi gordo trabalharam de lado nesta última semana. As chuvas ajudaram a saída de boiadas do confinamento, o que favoreceu o abastecimento dos frigoríficos de São Paulo. Isto foi o principal motivo que freou o movimento de alta visto no final de outubro. Indicador a R$ 148,51/@ à vista.

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Boi Gordo: Cenário segue lento e firme; oferta de animais não teve força para pressionar o mercado

Nesta sexta-feira o volume de negócios foi lento no mercado do boi gordo, cenário típico para o dia da semana. 

De maneira geral, no entanto, houve melhoria na disponibilidade de boiadas de confinamento, influenciada pelas chuvas recentes. 

As programações de abate, em geral, não estão apertadas, mas a oferta de animais não teve força para pressionar o mercado. Ocorrem negócios acima da referência. 

Houve movimentações de preços em apenas três praças. 

No mercado atacadista de carne sem osso ocorreram altas na última semana, devido ao incremento das compras do varejo, para o início de mês.

No atacado sem osso, a oferta segue ajustada à demanda e as cotações estão estáveis.

Fonte: Scot Consultoria

Frango Vivo: Com demanda aquecida, mercado encerra a semana com alta de preços em SP, MG, GO e PR

Nesta sexta-feira (06), os preços para o frango vivo ficaram estáveis nas principais regiões, depois de uma semana de altas em diversas praças de comercialização. Com o início do mês, quando a maior demanda pela proteína, as cotações reagiram, assim como era esperado pelo mercado.

De acordo com informações do boletim semanal do Cepea, as altas aconteceram devido ao aquecimento do consumo, depois de encerrar o último mês com preços firmes para o vivo. “O principal motivo foi a maior demanda, para atender ao típico aumento de consumo de início de mês e para repor os estoques comercializados no feriado prolongado da última segunda-feira, 2”, explica os pesquisadores.

O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, também aponta para um aquecimento no mercado neste início de novembro, e aposta que nas próximas semanas novas altas devem ser registradas. “A procura sinaliza um aquecimento neste momento, frente a um quadro de disponibilidade interna ajustado”, comenta.

Preços

Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, São Paulo foi a região com maior valorização na semana, com 3,33%. Na praça paulista, a referência de preços para os avicultores independentes fechou a semana a R$ 3,10/kg.

Em Goiás, as cotações também 3,33% e negócios a R$ 3,10/kg. Em Umuarama (PR), a alta foi de 1,67%, com o vivo valendo R$ 3,02/kg. Cascavel (PR) também registrou aumento de preços em 0,85%, com referência a R$ 2,38/kg.

Já em Minas Gerais, a alta da semana foi de 3,08%. Segundo informações da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a referência para o vivo passou de R$ 3,25/kg para R$ 3,35/kg – maior referência dentre as principais praças de comercialização.

Exportações

Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou exportações de outubro para a carne de frango in natura, que teve desempenho abaixo do esperado para o mês.

Em volume, chegam a 298,4 mil toneladas e média diária de 14,2 mil toneladas. O resultado é abaixo dos dados de setembro em 10,4%, além de ter registrado queda de 0,9% em comparação com novembro de 2014. Em receita, a soma é de US$ 452,3 milhões e o valor por tonelada está US$ 1.515,9.

De acordo com informações divulgadas pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), as chuvas no sul do país – região com maior produção – impactou nos embarques da proteína.

“A demanda existe e os negócios seguem firmes. Entretanto, problemas internos ocorridos ao longo do mês causaram impactos no setor. Um exemplo foi a interdição do porto de Itajaí, principal saída das exportações brasileiras de carne de frango, em decorrência às fortes chuvas. Outros portos também foram impactados. Ao mesmo tempo, tivemos os rescaldos da greve dos fiscais federais agropecuários, que perduraram durante a primeira quinzena do mês”, destaca o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Por: Sandy Quintans // André Lopes
Fonte: Notícias Agrícolas

Suíno Vivo: Semana encerra negativa em SC, RS e PR

Nesta sexta-feira (06), as cotações para o suíno vivo voltaram a registrar baixas. Em Santa Catarina, a bolsa de suínos do estado definiu nesta quinta-feira nova referência, que passa de R$ 3,80/kg para R$ 3,70/kg. Na semana, os preços cederam também no Rio Grande do Sul e no Paraná, mesmo com o período de maior demanda.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explicou que os preços estão caindo justamente em um momento que historicamente a tendência é de alta. Além disto, os custos de produção chegaram a subir 23% em apenas um ano.

"Essa é uma preocupação porque estamos chegando ao último mês do ano onde a comercialização é forte e o preço poderia ser maior, até mesmo para compensar o ano que estamos trabalhamos com um empate técnico em relação aos custos e garantir uma remuneração ideal para se manter no primeiro trimestre do ano", explica Lorenzi.

De acordo com dados do Cepea, o desempenho abaixo da expectativa das exportações é uma das razões à pressão. “Com isso, no mercado doméstico, os preços da carne suína e do animal vivo tiveram novas quedas nos últimos dias, devido à oferta relativamente superior à demanda”, explica o boletim.

O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, também explica que a comercialização foi fraca na semana. “Os frigoríficos relatam que a demanda permanece bem enfraquecida, muito embora haja expectativa de aquecimento dos negócios ao longo da primeira quinzena”, destaca.

Preços

O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que o Paraná foi a praça com maior baixa de preços dentre as praças – com uma queda de 4,99%. Por lá, os preços passaram de R$ 4,21 para R$ 4,00/kg. Já em Mato Grosso, os preços caíram 1,45% e a referência passa a ser R$ 3,40/kg.

A pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) apontou para queda nos preços médios pagos aos suinocultores independentes, em que a referência passa de R$ 3,93/kg para R$ 3,87/kg. Estes valores representam uma baixa de 26% em relação aos preços praticados há um ano, quando o suíno vivo era negociado a R$ 4,88/kg.

Exportações

No início da semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportações para a carne suína in natura, referente ao mês de outubro. Em volume, os embarques chegam a 44 mil toneladas, com média diária de 2,1 mil toneladas. Em receita, a soma chega a US$ 108,2 milhões, com a tonelada valendo US$ 2.458,1 .

Uma das razões para o desempenho um pouco abaixo das expectativas para o mês – que costuma ter um dos melhores resultados do ano -, é a situação das chuvas no sul do país que chegou a interromper o funcionamento no porto de Itajaí (SC). Por outro lado, o volume de embarques chegou a ficar 10,5% a mais do que outubro de 2014.

Por: Sandy Quintans // André Lopes
 


 

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Notícias Agrícolas + Scot

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