Greve dos Caminhoneiros já atinge 11 estados em todo o país

Publicado em 09/11/2015 06:07

Confira entrevista com Ivar Schmidt , coordenador Comando Nacional do Transporte (CNT)

 


 

Marginal Tietê é liberada após protesto de caminhoneiros em SP (na FOLHA)

 
O protesto dos caminhoneiros, que atinge diversos Estados nesta segunda-­feira (9), chegou à cidade de São Paulo. Entre as 11h e as 14h (de Brasília), os manifestantes bloquearam a marginal Tietê, iniciando o movimento próximo a ponte da Casa Verde e indo até a ponte dos Remédios, sentido rodovia Ayrton Senna. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os caminhoneiros chegaram a bloquear todas as pistas. Depois, ocuparam duas faixas da via local e se deslocaram pela cidade.

Leia a reportagem completa no site da Folha

 
 
Veja as fotos da paralisação dos caminhoneiros divulgadas por veículos de comunicação e pelas redes sociais:
 

 

G1: Protesto de caminhoneiros bloqueia rodovias pelo país

Um protesto de caminhoneiros bloqueia nesta segunda-feira (9) trechos de várias estradas do país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os atos acontecem em BA, ES, GO, MG, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO.

O grupo de caminhoneiros foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras questões.

O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que o movimento tem como objetivo desgastar o governo politicamente.

Veja a situação da em cada estado do país:

- BAHIA
BR-407, km 230, perto de Capim Grosso, bloqueio parcial

- ESPÍRITO SANTO
Grupo protesta no Km 375 da BR-101, em Iconha, na região Sul do estado. Manifestantes convidam os caminhoneiros a pararem o transporte das mercadorias e estacionar no acostamento e no pátio da Associação dos Caminhoneiros do Sul do Espírito Santo (Ascames), localizado na região.

BR-101, km 375 - concentração em acostamento

- GOIÁS
BR-040, em Luziânia, bloqueio parcial. Veículos pequenos podem passar

- MINAS GERAIS
A paralisação teve início na madrugada.

Rodovia Fernão Dias, em Igarapé - bloqueio parcial
BR-381, em João Monlevade, na Região Central - bloqueio parcial nos dois sentidos
BR-381, em Igarapé, no Km 513
BR-262, em Igaratinga, no Centro-Oeste - bloqueio parcial
BR-040, em Conselheiro Lafaiete - bloqueio parcial

- PARANÁ
Em Medianeira, na região oeste, cerca de 200 trabalhadores fecham os dois sentidos da BR-277, na altura do km 667, desde as 7h.  Somente veículos de emergência estão sendo liberados. A mesma situação ocorre em Apucarana, no km 670, e em Califórnia, no km 252.

BR-277, km 340, Guarapuava - bloqueio total
BR-277, km 667, Medianeira - liberada
BR-376, km 245, Apucarana - bloqueio parcial
BR-376, km 252, Califórnia - bloqueio total
BR-376, km 111, Paranavaí - bloqueio parcial
BR-376, km 133, Nova Esperança - bloqueio parcial
PR-280, km 175, Clevelândia - bloqueio total

- RIO DE JANEIRO
Via Dutra, em Barra Mansa, bloqueio parcial

- RIO GRANDE DO NORTE
Na BR-304, o grupo queimou pneus contra a cobrança de pedágios e contra o governo federal. Os carros começaram a passar pela marginal da rodovia. A PRF está no local para controlar o trânsito.

BR- 304, km 52, entre Assu e Mossoró - bloqueio parcial

- RIO GRANDE DO SUL
Os motoristas se concentram em postos de combustíveis em rodovias federais e estaduais. Alguns pontos têm bloqueios parciais. Outros tiveram interdições devido à queima de pneus. Um caminhão foi apedrejado perto de ato da categoria na BR-116.

ERS-122, km 68, em Caxias do Sul - concentração no acostamento
RSC-287, km 104, em Santa Cruz do Su l- concentração no acostamento
BR-386, km 245, em Soledade - concentração no acostamento
BR-285, km 273, em Mato Castelhano - concentração no acostamento

- SANTA CATARINA
Manifestantes bloqueiam a SC-486, no Vale do Itajaí. Um caminhão contêiner atravessado na pista impossibilita o tráfego de cargas. Em São Bento do Sul, na BR-280, os caminhoneiros estão sendo abordados pelos manifestantes para permanecer no acostamento e aderir ao movimento.

BR-280, em São Bento do Sul - concentração no acostamento
SC-486, km 21, entre Brusque e Itajaí - bloqueio total

- SÃO PAULO
A manifestação realizada por caminhoneiros fecha as pistas expressa e central da Marginal Tietê no sentido Rodovia Ayrton Senna. O comboio está na altura da Ponte da Casa Verde. Por conta do protesto, os motoristas enfrentam 5,5 km de congestionamento desde a Ponte do Piqueri.

Raposo Tavares (SP-270), em Salto Grande, bloqueio parcial.

Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau, caminhoneiros pararam no acostamento.

- TOCANTINS
No Tocantins, caminhoneiros começaram a protestar na noite do domingo.

BR-153, em Colinas dos Tocantins, bloqueio total.

Folha: Protesto de caminhoneiros bloqueia marginal Tietê em São Paulo

O protesto dos caminhoneiros, que atinge diversos Estados nesta segunda-feira (9), chegou à cidade de São Paulo.

Por volta das 12h30 (de Brasília), os manifestantes bloqueavam a marginal Tietê, próximo à ponte dos Remédios.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os caminhoneiros ocupavam três faixas da via expressa, sentido rodovia Ayrton Senna. As faixas locais estão liberadas para o tráfego. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Reuters: Caminhoneiros fazem protestos e bloqueiam rodovias pelo país

Por Gustavo Bonato

SÃO PAULO (Reuters) - Grupos de caminhoneiros começaram greve nesta segunda-feira, interrompendo algumas rodovias do Brasil, em uma mobilização organizada por meio de redes sociais em protesto contra o governo federal.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há relatos na manhã desta segunda-feira de bloqueios em pelo menos quatro pontos de rodovias federais de Minas Gerais. No Paraná, há interrupção total em dois pontos da BR-376 e um da BR-277.

Na BR-280, em Santa Catarina, manifestantes bloqueiam a passagem de todos os caminhões, que são desviados para o acostamento.

Ainda segundo a PRF, no Rio Grande do Sul, há manifestações em seis pontos diferentes de estradas, mas sem interrupção do tráfego.

Não há avaliação sobre os problemas causados pelos bloqueios ao transporte de carga e ao fluxo de produtos exportados pelo Brasil.

As associações tradicionais de representação dos caminhoneiros, como a União Nacional dos Caminhoneiros e o Movimento União Brasil Caminhoneiro, não participam do movimento.

O Palácio do Planalto está preocupado com a politização da greve dos caminhoneiros deflagrada nesta segunda-feira. 

O governo vem negociando com os líderes do movimento para estabelecer uma pauta, mas a associação das lideranças dos movimentos com líderes de grupos que pedem o impeachment da presidente dificulta das negociações.

Os ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, da Previdência e Trabalho, Miguel Rosseto, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, estão na frente de negociação, mas não tiveram avanços até agora. A presidente já fez três reuniões para tratar do tema, a última delas na sexta-feira, no Palácio do Alvorada. 

Além da politização do movimento, o governo teme uma crise de abastecimento e o bloqueio de estradas, como os que ocorreram entre os meses de fevereiro e abril deste ano, e estuda até mesmo apelar para medidas judiciais se houver bloqueios de estradas.

A expectativa do governo é conseguir esvaziar o movimento ao negociar com as lideranças interessadas em obter ganhos para a categoria, e não em politizar o movimento. Parte dos líderes envolvidos no movimento de fevereiro são contrários a essa greve justamente pela conotação política.

No início de março, Dilma sancionou sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, que alivia pagamento de pedágio, perdoa multas e promete ampliar pontos de paradas para descanso, após greve de caminhoneiros em fevereiro que bloqueou estradas pelo país.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília)

 

Reuters: Greve de caminhoneiros tem como único objetivo gerar desgaste ao governo, diz ministro Edinho

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal avalia que a greve dos caminhoneiros é “pontual” e tem como único objetivo gerar desgaste político, disse nesta segunda-feira o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva.

“Se tivermos uma pauta de reivindicações, o governo sempre está aberto ao diálogo, mas é uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo”, disse, afirmando entender que é uma greve que atinge, “pontualmente”, algumas regiões do país.

Edinho acrescentou que até o momento nenhuma entidade que representa os caminhoneiros apresentou uma pauta de reivindicações da categoria.

“Uma greve geralmente vem com questões econômicas, sociais, geralmente é propositiva, mesmo quando trata de questões políticas. Nunca vi uma greve em que o único objetivo é gerar desgaste ao governo”, disse o ministro após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto.

O tema, no entanto, não foi tratado na reunião com Dilma, segundo o ministro.

Iniciada na manhã desta segunda-feira, a greve interrompe algumas rodovias pelo país. Há relatos de bloqueios em Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

(Por Leonardo Goy)

O GLOBO: Caminhoneiros prometem parar o país com greve em 20 estados

Caminhoneiros começaram na madrugada de hoje uma greve que deve parar as rodovias de todo o país, segundo seus organizadores, que esperam paralisações em pelo menos 20 estados. A greve está sendo organizada pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), movimento que surgiu na internet e que não tem personalidade jurídica nem o apoio dos sindicatos dos caminhoneiros. O Palácio do Planalto passou o fim de semana monitorando as redes sociais para tentar medir o impacto da paralisação sobre as rodovias brasileiras. A avaliação foi que o movimento não será significativo, embora possa causar transtornos em locais isolados. O maior temor é que haja bloqueios em estradas, o que pode provocar desabastecimento.

— Existe uma preocupação, mas a tendência é que o movimento não seja forte — disse um interlocutor do Planalto.

MOVIMENTO POLÍTICO

Esta é a segunda greve de caminhoneiros no ano: a primeira ocorreu em fevereiro, sendo que as interdições em rodovias prosseguiram até abril. Esta nova paralisação começou a ser convocada pelo CNT nas redes sociais e por meio do aplicativo de celular WhatsApp em outubro. O grupo é liderado por Ivar Schmidt, de Mossoró, Rio Grande do Norte. A principal reivindicação é a renúncia da presidente Dilma Rousseff.

— A paralisação será por tempo indeterminado, até que haja a renúncia da presidente Dilma. Temos adesões em vários lugares do país, e será uma paralisação grande. A população e o governo vão se surpreender — afirmou Schmidt ontem, por telefone.

Segundo o governo, o teor das mensagens divulgadas pelo CNT nas redes sociais deixa claro que a nova greve é um movimento político que tem como objetivo principal enfraquecer a presidente Dilma. Tanto que um dos objetivos declarados da greve é pressionar pelo impeachment. A pauta de reivindicações inclui ainda a redução do preço do diesel e do frete mínimo, a anulação de multas aplicadas em manifestações anteriores e a liberação de crédito com juros subsidiados.

Na semana passada, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) chegou a divulgar nota afirmando que não apoia a paralisação e defendendo o diálogo para tratar dos interesses da categoria. “O posicionamento aqui expressado vai ao encontro do espírito de pacificação de conflitos, por meio de negociações, que sempre norteou o encaminhamento de questões de tal envergadura, com vistas ao encontro de solução aos problemas inerentes à categoria.”

Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou considerar imoral e repudiar “qualquer mobilização que se utilize da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”.

POLÍCIA FEDERAL EM ALERTA

O Planalto avalia que o perfil do movimento de agora é bem diferente do de fevereiro, quando houve ação coordenada pelos sindicatos dos caminhoneiros e rodovias foram bloqueadas. Na ocasião, o governo abriu um canal de negociação com os sindicatos para tratar das demandas. Esse processo está em andamento.

Schmidt afirma que não é possível afirmar qual será a dimensão da paralisação que começa hoje, mas informa que existem 64 grupos de WhatsApp, com 6.400 participantes, que vêm convocando os caminhomeiros para a greve.

A direção da Polícia Rodoviária Federal disparou sinal de alerta para eventuais protestos de caminhoneiros no país a partir de hoje. Mas, segundo policiais ouvidos pelo GLOBO, até o momento não há comboios nem indicativo de grandes manifestações da categoria nas rodovias federais. A polícia registrou apenas duas concentrações de caminhoneiros, uma em Vacaria, no Rio Grande do Sul, e outra em Campos Novos, Santa Catarina. A Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo informou que oficialmente não tem nada confirmado, porém o comando tem um plano de ação caso ocorra a paralisação.

Segundo policiais, os problemas estão relacionados a questões entre caminhoneiros e empresas e não a uma disputa entre a categoria e o governo. As manifestações não teriam relação direta com os protestos anunciados por sindicalistas nos últimos dias.

Com 36 mil seguidores, a página do CNT teve 12 posts sobre a greve apenas ontem, até as 21h. A cobertura da paralisação por veículos de imprensa estrangeira é destaque: “O mundo já sabe da nossa paralisação, e você?”, afirma um dos posts. Em dias anteriores, há vídeos do próprio Schmidt convocando para a paralisação. No sábado, em post intitulado “Mensagem ao povo brasileiro”, ele convida a população para se juntar aos caminhoneiros nos pontos de paralisação e “expor sua indignação com o que está acontecendo no país”. Schmidt sugere dar “um passo adiante e deixar para trás essa história de pilantragem e falcatruas”.

Schmidt nega que o movimento seja ligado a qualquer partido. Ele reconhece, no entanto, que foi procurado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que ofereceu ajuda para negociar com o governo e evitar a paralisação. Na última quinta-feira, o senador levou o tema ao plenário do Senado, segundo informações da Rádio Senado, e demonstrou apoio aos caminhoneiros.

Zero Hora: Indústrias usarão liminares para liberar estradas

Indústrias que dependem das rodovias para receber matéria-prima e escoar a produção resolverem se antecipar ao movimento de paralisação dos caminhoneiros. Para garantir a passagem em um período importante de vendas do ano, estão com os departamentos jurídicos de prontidão, para buscar liminares de desbloqueio das vias, se necessário for.

— Na greve de fevereiro, buscamos medidas para liberar as estradas. Há ainda liminares que poderão ser utilizadas — afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS).

A antecipação é proporcional à preocupação com o fluxo da carga, altamente perecível. Depois de recolhido, o leite precisa chegar para processamento em prazo máximo de vinte e quatro horas. Na paralisação de fevereiro, além de dificuldades para receber a matéria-prima, os laticínios tiveram problemas de distribuição de embalagens e até de fornecinento de lenha.

— O leite que não chega, não vai mais chegar. E produto perdido, é faturamento que não se tem. É preciso lembrar que por trás disso tudo existem cerca de 100 mil produtores — pondera o dirigente.

Para a indústria de proteína animal, o período do ano é especialmente sensível, quando é feito, sem paradas, o abastecimento e reabastecimento do varejo com as aves natalinas. A alta registrada em volume de vendas nesta época do ano costuma ser de 20% a 30%.

— A hora de greve não é essa. É justamente quando aumentamos o fluxo comercial, o que dá uma oxigenada para atravessarmos o período de férias — avalia José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

Leia a notícia na íntegra no site Zero Hora.

A Tribuna: Caminhoneiros só param a Baixada Santista se a greve for geral

A paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para esta segunda-feira (9) só terá adesão da categoria na região se o resto do Brasil realmente parar. A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), José Cícero Rodrigues Agra. A entidade tem quatro mil associados.

“Não vamos tomar a iniciativa, a situação não está boa para isso e já nos prejudicamos em outras oportunidades. Queremos continuar trabalhando, mas se os outros portos pararem, aí faremos o mesmo. Será efeito dominó”, explicou, o dirigente sindical.

Ainda assim, autoridades e empresários do Porto de Santos temem que bloqueios nas estradas impeçam a chegada de mercadorias no cais santista e motoristas sejam ameaçados.

A Tribuna apurou que algumas entregas previstas para esta segunda-feira foram canceladas por precaução e muitas empresas anteciparam a saída de caminhões para domingo.

A greve nacional dos caminhoneiros está sendo organizada pela Internet. Um movimento intitulado Comando Nacional do Transporte, no Facebook, tem mais de 35 mil participantes. Pela rede social, a Reportagem tentou contato com os organizadores do ato, mas não obteve retorno.

Entre as reivindicações da categoria estão a redução do preço do óleo diesel, a criação de um frete mínimo, aposentadoria com 25 anos de contribuição e a liberação de linhas de financiamento para veículos.

Leia a notícia na íntegra no site A Tribuna.

Grevista do movimento dos caminhoneiros cita Adam Smith, ainda que interpretado com largueza. Mais um indício de que Lula morreu (por REINALDO AZEVEDO, na VEJA)

Adam Smith foi parar na greve dos caminhoneiros? Pois é… Acreditem! Isso está acontecendo. Não deixa de ser uma boa notícia, não é mesmo? Ainda que seja um Smith lido, vamos dizer, com muita largueza.

Embora negue, o governo acompanha com preocupação o anúncio de uma greve de caminhoneiros, liderada pelo “Comando Nacional do Transporte”. Ainda que a categoria tenha reivindicações específicas, os que lideram essa mobilização deixam claro que querem mesmo é que Dilma Rousseff deixe o governo, por meio da renúncia ou do impeachment.

No fim de semana, houve manifestações em cidades do Paraná. Na madrugada desta segunda, já havia bloqueios em estradas de Minas e Santa Catarina. Ivar Schmidt, um dos líderes do movimento, divulgou um vídeo em que pede o apoio da população. Num outro, o CNT anuncia: “Lutamos por instituições livres e em paz”. E aparece um caminhão com a seguinte inscrição: “Chega de corrupção. Fora! A Petrobras é nossa, não é do PT”.

O movimento dos caminhoneiros recebeu o apoio de praticamente todos os grupos que lutam pelo impeachment de Dilma, como o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua.

Áudio
Agora ouçam este áudio.

Um caminhoneiro conversa com o que se supõe seja um outro, parceiro de trabalho, e anuncia:
“Gláucio, não se preocupa, não. A coisa agora extrapolou o Facebook, filho. (…) Já está todo mundo parando. (…) A gente é  o primeiro dominó daquela brincadeira de derrubar os dominós em pé um atrás do outro, enfileirado. A gente é o estopim da coisa. 
(…)
Existe uma mão invisível que é mais poderosa do que qualquer governo e age em todos os países, que se chama mercado. A partir do momento em que situações assim afetam diretamente o mercado, a ponto de prejudicar financeiramente, e em grade vulto, toda a cadeia produtiva, o próprio mercado vai agir, e o próprio mercado vai caçar a cabeça da Dilma. O próprio mercado vai forçar a renúncia ou a deposição dela… (…) A gente é só o estopim de toda paralisação nacional”.

“Mão invisível”, como vocês devem saber, foi uma expressão a que recorreu Adam Smith em “A Riqueza das Nações”. Acabou virando a festa da uva. Uns empregam a expressão para indicar o que seria a tendência que tem o mercado ao equilíbrio — o que não está escrita lá. Outros se prendem à expressão para recusar qualquer regulação, já que a “mão invisível” se encarregaria de produzir o melhor para todos. Também não é isso.

Na obra, a expressão tampouco tem a ver com a interpretação que lhe dá o líder caminhoneiro: uma vontade superior que decide e dirime todas as dúvidas. A “mão invisível” de Smith pode ser assim resumida, segundo o que vai na obra: quem, na sociedade, age em defesa de seu próprio interesse — atenção, isso nada tem a ver com pistolagem à moda petrolão — acaba concorrendo para o bem geral, tangido por essa mão invisível que leva o indivíduo a promover um bem que nem estava na sua intenção original.

Assim, não se duvide de que o Adam Smith que serve para eventualmente derrubar governos não chega a ser um louvor à teoria. Mas querem saber? Haver movimentos sindicais e sociais que falam na “mão invisível do mercado”, e não nas mãos que se grudam para ordenhar as tetas do Estado, é sinal de que algo de positivo está em curso no país.

É esse o país que o PT já não consegue entender. E, por isso, Lula não vai voltar. Por isso, Lula está morto.

Blog do Caminhoneiro: Greve dos Caminhoneiros tem sido destaque na mídia internacional

A greve dos caminhoneiros, que deve começar com força mesmo na próxima segunda-feira, 09/11, já é destaque internacional. A imprensa do mundo todo fala sobre as paralisações previstas. Mesmo assim, no Brasil, a grande mídia (TV) tem dado pouca ou nenhuma divulgação, mesmo com alguns pontos começando a ter desabastecimento, principalmente de combustíveis, aliada também a greve dos funcionários da Petrobrás.

A greve já está recebendo um grande contra-ataque por parte do governo, que já começou a mobilizar as forças especiais de segurança para os pontos mais prováveis de paralisação. A federação da PRF (FenaPRF) emitiu nota, solicitando que os policiais em serviço respeitem o movimento, e ajam com cautela e cuidado, para evitar qualquer tipo de confronto desnecessário com os manifestantes.

Um greve de caminhoneiros de nível nacional, como nesse caso, teria muita força, e, além de provocar desabastecimento nas cidades, principalmente nos grandes centros, pode desestabilizar o já fragilizado governo, onde a presidente Dilma vem recebendo duras críticas a seu mandato, aos cortes de investimentos e aumentos de impostos, e a todas as promessas de campanhas não cumpridas.

Mesmo com a onda contrária, o movimento dos caminhoneiros ganha cada dia mais força nas redes sociais e deve mesmo deflagrar uma das maiores greves de caminhoneiros que o Brasil já viu.

Nota da FenaPRF sobre a greve dos caminhoneiros

Como a iminente greve dos caminhoneiros, anunciada para esta segunda-feira (9) nas redes sociais, caso se confirme, impactará diretamente nas atividades desenvolvidas pelos Policiais Rodoviários Federais que trabalham nas rodovias federais, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) solicita e recomenda a todos PRFs que:

1) Todas as atividades e ações em decorrência do dever funcional devem obedecer a estrita legalidade como não poderia ser diferente, sem excessos, para que não ocorram prejuízos posteriores, como o de responder a processos de naturezas diversas e outros, os quais por óbvio devem ser evitados.

2) As ações devem sempre ser permeadas pelo bom senso e temperança, características peculiares dos PRFs no desempenho de suas funções em razão da gama de atividades que os envolvem no dia a dia de trabalho.

3) Caso o governo obtenha alguma decisão judicial para desobstrução de qualquer trecho de rodovia com o emprego da Polícia Rodoviária Federal, solicitamos que as chefias ou responsáveis pela ação que atendam-nas somente fornecendo os meios necessários e suficientes, como por exemplo efetivo e recursos materiais – EPI, a fim de resguardar a segurança dos PRFs, manifestantes e usuários das rodovias.

Os SinPRFs, em seus respectivos estados, acompanharão a efetiva possibilidade ou impossibilidade de cumprimento das possíveis decisões judiciais. Diante de qualquer problema, o PRF deverá comunicar ao presidente do SinPRF para que a assessoria jurídica do sindicato interceda ou adote as medidas cabíveis visando resguardar os direitos individuais ou coletivos da categoria.

A FenaPRF e os SinPRFs não vão admitir a responsabilização de PRFs que não consigam cumprir as possíveis ordens administrativas ou determinações judiciais de desbloqueio de rodovias federais por falta de disponibilidade dos meios para tal, sendo certo que o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) é parte da Administração Federal, portanto, é o responsável imediato para a provisão de material e efetivo necessário para que o serviço prestado à sociedade brasileira pela PRF seja feito da melhor forma possível .

O sistema sindical está atento às demandas da Categoria também neste possível evento. Em qualquer situação os representantes sindicais e as assessorias jurídicas vão dar o apoio necessário aos PRFs.

Como entidades de classe a FenaPRF e os SinPRFs manifestam a sua solidariedade aos trabalhadores dos transportes – os caminhoneiros – e às demais categorias que, assim como os PRFs, lutam por melhores condições de trabalho sempre de maneira ordeira e respeitando as leis brasileiras.

Ford paralisa sua produção em São Bernardo

Cerca de três mil trabalhadores serão afastados com desconto em banco de horas (no Blog ABCD MAIOR):

Esta é a segunda paralisação na unidade do ABCD nos setores de carros e caminhões. Foto: Adonis Guerra

 

A fábrica da Ford instalada em São Bernardo paralisa sua produção a partir desta segunda-feira (09/11). O setor de carros deve retornar no próximo dia 19 e o de caminhões no dia 27 de novembro. De acordo com a montadora, a decisão tem como objetivo “ajustar o ritmo de produção à atual demanda do mercado”.

Com a parada, cerca de três mil funcionários devem ser afastados com desconto no banco de horas. Esta é a segunda paralisação na unidade durante o ano. Em agosto, a montadora chegou a ficar 10 dias com os trabalhadores afastados e máquinas paradas.

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a empresa registrou queda de 40,1% nas vendas de automóveis, passando de 25.768 veículos licenciados em outubro do ano passado, para as atuais 15.425 unidades. No setor de caminhões foram vendidas 909 unidades em outubro deste ano, 51,6% a menos em relação ao mesmo mês do ano passado.

Usiminas anuncia corte de investimentos e demissão de dois mil funcionários em Cubatão

IPATINGA - Acumulando prejuízos e com endividamento em patamares elevados em relação a suas receitas, a Usiminas anunciou uma série de medidas para conter a deterioração de seus indicadores. O presidente da companhia, Rômel Erwin, anunciou em teleconferência realizada com analistas de mercado nesta quinta (29) a paralisação da produção primária na usina da companhia em Cubatão (SP), o que vai gerar um corte de 2 mil trabalhadores. As dispensas não afetam a unidade da empresa em Ipatinga, segundo informou a assessoria de imprensa da siderúrgica.

O presidente da Usiminas também disse que a empresa vai cortar pela metade os investimentos para 2016, e que coloca à venda ativos considerados “não estratégicos”, como a Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital com unidades em Ipatinga, Congonhas e Cubatão.

A produção primária em Cubatão se refere à produção de placas de aço e sua interrupção consiste no abafamento do alto-forno 2, da aciaria, da sinterização e da coqueria, todos equipamentos da unidade de Cubatão (SP).

Os desdobramentos dessas medidas têm potencial para afetar as operações da companhia em Minas Gerais, sobretudo a Mineração Usiminas, com quatro minas na região de Serra Azul. Como parte do minério produzido na unidade é direcionado à planta de Cubatão e isso não será mais necessário, a empresa deve operar em ritmo mais lento na produção de minério.

Romêl Erwin citou o “agravamento progressivo das condições de mercado” para justificar as medidas tomadas e disse que vai colocar a Usiminas em novo patamar de escala e produtividade. “A situação reflete em nosso números. São números contundentes que exigem de nós gestores ações contundentes”, disse. (www.euamoipatinga.com.br).

PREFEITOS DA BAIXADA SANTISTA PEDEM REVERSÃO EM 120 DIAS

Prefeitos das nove cidades da Baixada Santista se reuniram na última terça-feira (3) para debater a decisão da siderúrgica Usiminas (incorporada pela multinacional Nippon) de encerrar a produção de aço bruto e líquido na unidade de Cubatão (antiga Cosipa), provocando a demissão de ao menos 4 mil trabalhadores. Além dos prefeitos, participaram da reunião o vice-governador Márcio França (PSB), dirigentes sindicais e representantes da indústria e comércio. Os participantes do encontro assinaram uma moção pública que pede que a Usiminas reverta sua decisão no prazo de 120 dias.

Os prefeitos e líderes sindicais afirmam que a Usiminas de Cubatão é a principal empregadora da região e que as demissões podem atingir oito mil trabalhadores, se inclusos os terceirizados, afetando milhares de famílias. Além disso, o fechamento impacta a arrecadação de tributos e também empresas prestadoras de serviços como alimentação e transporte. 

 

 


 

 

 

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Fonte:
Folha de S. Paulo/Globo/Estadão/

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