Café: Após três altas seguidas, Bolsa de Nova York recua 250 pts nesta 6ª feira com foco no Brasil
Após avançar por três sessões consecutivas, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam com queda de cerca de 250 pontos nesta tarde de sexta-feira (06). Com essa baixa, o vencimento dezembro/15 voltou a perder o patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Agências de notícias informam que os operadores estão mais otimistas em relação à próxima safra do Brasil. Além disso, o mercado também tem suporte do câmbio, que avança mais de 1%.
Por volta das 12h39, os lotes de arábica com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 118,50 cents/lb com baixa de 240 pontos e o março/16 registrava 121,75 cents/lb e recuo de 250 pontos. Já o contrato maio/16 operava com 123,75 cents/lb e o julho/16 tinha 125,75 cents/lb, ambos com 260 pontos de desvalorização.
As chuvas têm beneficiado as lavouras de café desde a última semana. E a previsão do tempo aponta que as áreas produtoras do Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais devem continuar com precipitações, ainda mais fortes, pelos próximos dez dias. Já no Espírito Santo, a perspectiva ainda é de clima quente e seco.
"As notícias é de que as chuvas têm caído no cinturão produtivo de forma até que regular e isso tem garantido uma certa tranquilidade para 2016. Mas o negócio café ainda inspira cuidado", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
No início da semana, informações da Investing já demonstravam um maior otimismo entre os envolvidos de mercado com a produção da próxima temporada. "Não é o melhor cenário, mas é uma safra normal. A safra caminha razoavelmente bem", avalia o pesquisador de café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, Renato Garcia Ribeiro, em entrevista ao site.
Após números fortes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, indicando aumento da taxa de juros norte-americana em dezembro, o dólar comercial ampliou os ganhos nesta sexta-feira. Às 12h20, a moeda estrangeira avançava 1,52% sobre o real, cotada a R$ 3,8340 na venda. A moeda brasileira menos valorizada dá maior competitividade às exportações, uma vez que as transações são feitas em dólar.
Em outubro, por exemplo, as exportações avançaram com a ajuda do câmbio. O Brasil embarcou no mês 3,306 milhões de sacas de 60 kg de café verde, recorde no ano, com receita de US$ 501,7 milhões. "A desvalorização da nossa moeda torna bastante rentável o café brasileiro para o importador", destacou à agência de notícias Reuters o sócio-diretor da corretora Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes.
No mercado físico brasileiro, os negócios com café continuam escassos. Os produtores aguardam melhores patamares para voltar às praças de comercialização. "Com o preço do arábica quase próximo ao de conilon algumas torrefadoras estão preferindo o arábica porque o valor compensa", explicou o Notícias Agrícolas o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)