Soja: Em Chicago, mercado testa reação e fecha sessão desta 4ª feira com ganhos de mais de 5 pts

Publicado em 04/11/2015 16:57

As principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta quarta-feira (4) em campo positivo. Durante o pregão, os contratos da commodity ampliaram as altas e encerraram o dia com ganhos de mais de 5 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,82 por bushel, com valorização de mais de 3,40 pontos.

O mercado exibiu uma correção técnica depois de fechar o dia anterior próximo da estabilidade. Ainda assim, as cotações permanecem oscilando no intervalo de US$ 8,50 por bushel a US$ 9,20 por bushel. Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, esse é um momento de calmaria nos preços frente à finalização da colheita nos Estados Unidos e o período de entressafra na América do Sul. Já a demanda permanece aquecida pelo grão norte-americano.

Inclusive, esse é o foco dos participantes do mercado, a evolução nos trabalhos nos campos brasileiros. As chuvas continuam irregulares na faixa central do Brasil, segundo dados dos institutos meteorológicos. No Mato Grosso, maior estado produtor do grão no país, o plantio da oleaginosa avançou para 38%, conforme levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Contudo, os trabalhos nos campos permanecem atrasados em relação ao ano anterior.

Para essa safra, a perspectiva é que sejam colhidas em torno de 100 milhões de toneladas da soja, de acordo com projeções oficiais. Porém, um dos destaques do mercado internacional nesta quarta-feira foi a informação de que autoridades norte-americanas levantaram dúvidas sobre a estimativa da produção brasileira, que poderia ficar aquém do número indicado.

"As precipitações continuam irregulares no Centro-Oeste. E, em muitas regiões, os produtores realizam a semeadura da soja e depois da safrinha de milho. Com isso, os agricultores poderão semear a oleaginosa mais rapidamente para não comprometer a janela ideal de plantio da safrinha, o que pode impactar a produtividade da soja. Além disso, a concentração de cultivo pode elevar as preocupações com a incidência de pragas", ressalta Brandalizze.

Paralelamente, os investidores começam a focar o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado no dia 10 de novembro. Conforme projeções da Informa Economics, a produtividade das lavouras de soja deverá ficar em 54,32 sacas por hectare, acima do projetado pela consultoria em outubro, de 53,52 sacas por hectare. O número também está acima do reportado pelo órgão em seu último relatório, de 53,52 sacas por hectare.

Mercado interno

A soja disponível no Porto de Rio Grande registrou ligeira alta nesta quarta-feira (4), de 0,96%, com a saca negociada R$ 84,00. Já a saca para entrega futura foi cotada a R$ 80,00. Enquanto isso, em Paranaguá, a cotação da soja futura permaneceu estável em R$ 79,00 a saca e não houve referência para a saca do grão disponível no terminal.

Por outro lado, o dólar registrou uma sessão de volatilidade, mas fechou o dia a R$ 3,7967 na venda, com ganho de 0,69%. Na mínima do pregão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,7466. A moeda norte-americana foi impulsionada pelos dados forte do setor de serviços dos Estados Unidos e também pelas declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de que a taxa de juros no país poderá ser revisada para cima ainda esse ano.

Contudo, o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, destaca que, os negócios têm acontecido de maneira bem pontual. "O produtor já vendeu boa parte da safra velha e o restante usa como ativo financeiro. Já da safra nova, o agricultor se posicionou, temos mais de 40% da produção brasileira negociada antecipadamente. E, nesse momento, os produtores estão focados no plantio e na garantia de uma boa produtividade", afirma.

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> SOJA

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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