Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York registra leve alta nesta tarde de 4ª feira em meio à intensa volatilidade
Nesta tarde de quinta-feira (04), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta, estendendo os ganhos da sessão anterior. O mercado tem registrado intensa volatilidade e chegou a operar dos dois lados da tabela buscando consolidação diante de informações baixistas no aspecto fundamental, como as chuvas no cinturão produtivo do Brasil e questões mais técnicas, como a desvalorização cambial.
Por volta das 13h40, os lotes de café arábica com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 120,75 cents/lb com alta de 55 pontos. O março/16 tinha 124,15 cents/lb e o março/16 anotava 126,25 cents/lb, ambos com avanço de 55 pontos. Já o contrato julho/16 registrava 128,20 cents/lb e 45 pontos de valorização.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos e ajustes técnicos são vistos no mercado do café nesta quarta-feira. Ontem, os futuros avançaram cerca de 150 pontos com suporte do câmbio.
Na semana passada, analistas já informavam na semana passada que o mercado parecia ter precificado as chuvas recentes no cinturão produtivo brasileiro e que não havia motivo para cair mais.
Após fechar em baixa nesta terça-feira, o dólar oscilou entre alta e baixa pela manhã, mas se firmou do lado azul da tabela com informações externas, principalmente da China. Às 13h09, a moeda norte-americana tinha alta 0,67%, cotada a R$ 3,7958 na venda.
No cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity, o clima continua beneficiando as lavouras do Paraná, oeste de São Paulo, baixa Mogiana e sul de Minas Gerais com chuvas generalizadas em toda esta semana.
Fonte: Somar Meteorologia
Algumas fazendas do Sul de Minas Gerais registraram recentemente a segunda florada do café, até mais produtiva do que a primeira. Agora, os produtores esperam que as condições climáticas continuem favoráveis para que a formação dos chumbinhos não seja prejudicada.
De acordo com informações da Investing, os cafeicultores brasileiros têm recebido bem as chuvas e já acreditam em uma produção mais normalizada para o próximo ano. "Não é o melhor cenário, mas é uma safra normal. A safra caminha razoavelmente bem", avalia o pesquisador de café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, Renato Garcia Ribeiro, em entrevista ao site.
No mercado físico, os preços seguem firmes e há registros de poucos negócios na maioria das praças de comercialização do Brasil. Entretanto, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de café do Brasil em outubro registraram recorde com ajuda do câmbio. As informações são da Reuters.
Os embarques no mês alcançaram 3,306 milhões de sacas de 60 kg. O número representa uma alta de 13,30% em relação a setembro passado quando 2,918 milhões de sacas foram embarcadas. No mesmo período do ano passado, foram exportadas 3,094 milhões de sacas de café.
"A desvalorização da nossa moeda torna bastante rentável o café brasileiro para o importador", destacou à agência de notícias o sócio-diretor da corretora Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes.
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