BC do Japão mantém política monetária apesar de cenário externo e inflação estagnada
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão, banco central do país, decidiu não ampliar nesta sexta-feira seu maciço programa de estímulos, preferindo preservar suas opções diante de esperanças de que a economia consiga superar os ventos contrários vindos da desaceleração da China sem apoio monetário adicional.
Mas o banco central deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos em um momento em que custos de energia em queda, exportações fracas e a frágil recuperação dos gastos das famílias mantém a inflação bem abaixo da meta de 2 por cento.
Em seu relatório de perspectivas, publicado duas vezes por ano, o banco central cortou previsões sobre inflação previamente otimistas e postergou em cerca de seis meses seu cronograma para atingir a meta de inflação de 2 por cento.
O relatório também advertiu que ventos contrários no exterior, como a desaceleração da China e demanda fraca em mercados emergentes, representam riscos fortes à perspectiva econômica japonesa.
No entanto, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo de que a economia vai sustentar uma retomada modesta, à medida que as exportações e a produção se recuperem.
"O cronograma para atingir a meta de preços foi postergado mas isso se deve largamente ao efeito da queda dos preços de energia", disse Kuroda em entrevista coletiva.
"A tendência de preços está melhorando gradualmente e é provável que a inflação caminhe em direção a 2 por cento conforme o efeito da queda dos preços do petróleo se dissipe", acrescentou.
0 comentário
Dólar recua após dados de inflação dos EUA apontarem afrouxamento maior pelo Fed
Preços ao consumidor dos EUA sobem um pouco mais do que o esperado em dezembro
Negociadores retomam conversas sobre detalhes finais do acordo de cessar-fogo em Gaza
Dólar oscila pouco com mercados à espera de dados de inflação dos EUA
Importadores dos EUA correm para comprar produtos da China enquanto ameaça de tarifas de Trump se aproxima
Volume de serviços no Brasil recua mais do que o esperado em novembro