Dólar intensifica queda nesta 5ª feira e opera abaixo de R$ 3,90

Publicado em 29/10/2015 12:02

O dólar anulou a alta e passava a cair sobre o real nesta quinta-feira (29), oscilando com operações pontuais em meio ao baixo volume de negócios, com investidores evitando fazer grandes operações em meio às incertezas políticas e econômicas no Brasil.

Às 15h15, a moeda norte-americana caía  1,39%, a R$ 3,8657, após chegar a R$ 3,9574 na máxima.

Na véspera, o dólar subiu 0,59%, a R$ 3,9201 na venda. Na semana, o dólar acumula alta de 0,75%. No mês de outubro, contudo, a moeda cai 1,14%. Em 2015, acumula valorização de 47%.

"O mercado está muito raso. Qualquer operação derruba ou puxa muito a cotação", disse a operadora de câmbio de uma corretora nacional.

Investidores vêm evitando fazer grandes operações devido ao quadro político e econômico incerto no Brasil, com dificuldades cada vez maiores no campo fiscal. Nesta manhã, foi divulgado que o governo central registrou em setembro déficit primário menor que o esperado, mas influenciado pelo não pagamento no mês de aditamento de 13º salário a aposentados. Essa despesa deve entrar na conta em outubro.

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Dólar anula alta e cai 0,37% sobre o real, em meio a baixo volume nesta 5ª feira

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar anulou a alta e passava a cair sobre o real nesta quinta-feira, oscilando com operações pontuais em meio ao baixo volume de negócios, com investidores evitando fazer grandes operações em meio às incertezas políticas e econômicas no Brasil.

Às 12:42, o dólar recuava 0,37 por cento, a 3,9054 reais na venda, após chegar a 3,9574 reais na máxima e 3,9029 reais na mínima do dia.

"O mercado está muito raso. Qualquer operação derruba ou puxa muito a cotação", disse a operadora de câmbio de uma corretora nacional.

Investidores vêm evitando fazer grandes operações devido ao quadro político e econômico incerto no Brasil, com dificuldades cada vez maiores no campo fiscal. Nesta manhã, foi divulgado que o governo central registrou em setembro déficit primário menor que o esperado, mas influenciado pelo não pagamento no mês de aditamento de 13º salário a aposentados. Essa despesa deve entrar na conta em outubro.

A cautela vinha também após o Fed sinalizar, na véspera, que pode elevar a taxa de juros em dezembro. Se confirmada, essa decisão tende a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil, pressionando o câmbio local.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre, embora aquém das expectativas, não dissuadiu investidores dessa perspectiva, uma vez que ainda indicou demanda doméstica sólida.

"O mercado ainda está reverberando o Fed. É um movimento sustentado", disse pela manhã o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

Essa perspectiva chegou a levar o dólar a subir ante o real nesta manhã, mas o movimento perdeu força. Operadores afirmaram que a mudança não veio em reação a notícias ou fundamentos, e sim a operações pontuais que tiveram seu efeito amplificado pela baixa liquidez.

Nesta manhã, o Banco Central concluiu a rolagem integral dos swaps cambiais que vencem em outubro. O próximo lote de swaps vence em 1º de dezembro e equivale a 4,832 bilhões de dólares.

(Por Bruno Federowski; Edição de Flavia Bohone e Patrícia Duarte)

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Fonte:
G1 + Reuters

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