Soja mantém volatilidade e volta a recuar em Chicago; no Brasil, safra nova sobe em Rio Grande nesta 5ª

Publicado em 29/10/2015 11:53

Com a volatilide e falta de direcionamento ainda permeando os negócios da soja no mercado internacional, os futuros da oleaginosa voltaram a recuar na sessão desta quinta-feira (29), após testar algumas ligeiras altas mais cedos. 

As posições mais negociadas perdiam, por volta de 12h40 (horário de Brasília), caíam pouco mais de 5 pontos, o que levava o contrato janeiro/16 a trabalhar a US$ 8,77 por bushel. No mesmo momento, o maio/16, referência para a safra brasileira, tinha US$ 8,87. 

Nem mesmo os fortes números das vendas semanais norte-americanas apresentadas hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) conseguiram trazer um suporte para os preços no pregão desta quinta-feira. O total, novamente, superou os 2 milhões de toneladas e as expectativas do mercado. 

Na semana encerrada em 22 de outubro, os Estados Unidos venderam 2,156 milhões de toneladas de soja em grão enquanto as projeções dos traders oscilando entre 1,6 milhão e 2 milhões de toneladas. 

Da safra 2015/16 foram vendidas 2.087,4 milhões de toneladas, 8% a mais do que na semana anterior, e o principal destino foi a China, que adquiriu 1.410,7 milhão. O departamento informou ainda a venda de mais 68,6 mil toneladas de soja da safra 2016/17. 

Assim, o acumulado no ano comercial 2015/16 subiu para 27.678,0 milhões de toneladas até a última semana. Ainda assim, o total é 20% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, e na semana passada, esse índice era de 22%. 

Porém, a pressão que o final da colheita nos Estados Unidos e a retomada do plantio no Brasil exerce sobre os futuros continua e, como explicam os analistas, desenha a tendência do mercado em Chicago para este momento. 

Entretanto, apesar das boas chuvas que chegaram ao Centro-Oeste brasileiro nos últimos dias, elas ainda se mostram irregulares e mantém a insegurança dos produtores rurais. De acordo com o último levantamento do Imea, por exemplo, a área semeada em Mato Grosso, maior estado produtor da oleaginosa, chega a 19,6% e se mostra atrasada em relação ao mesmo período de 2014. 

"Os produtores rurais de Mato Grosso ainda estão aguardando a regularização das chuvas para incrementar a semeadura da soja na safra 2015/16. Por enquanto, apenas 19,6% da área de 9,2 milhões de hectares foram semeados em Mato Grosso, segundo o último boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). E as chuvas devem continuar irregulares pelos próximos dias", diz a Aprosoja MT em nota divulgada nesta quinta-feira. 


E assim, os negócios no Brasil permanecem em ritmo bastante lento, afinal, atenção redobrada aos trabalhos de campo e menos dedicação à comercialização nesse momento. Nesta temporada, o Brasil vendeu, antecipadamente, o segundo maior volume de soja da história. 

Além disso, há ainda a instabilidade do dólar. Perto de 12h40 (Brasília), a moeda norte-americana perdia 0,37% a R$ 3,9054. Ainda assim, no porto de Rio Grande, a soja da nova safra subia 1,23% e era cotada a R$ 82,50 por saca. Por outro lado, o produto disponível perdia 0,50% para R$ 85,50. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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