Emater-MG e Conab vão aperfeiçoar as informações do setor cafeeiro em Minas Gerais
Qualificar as informações sobre o parque cafeeiro de Minas Gerais. Esse é o objetivo de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Representantes dessas instituições estiveram reunidos nesta segunda e terça-feira, em Belo Horizonte, discutindo a criação de uma ferramenta mais eficaz na análise e validação de dados do setor no Estado.
“O café é um dos principais produtos da agropecuária mineira e com grande impacto econômico para o Estado. A Conab realiza estudos e estatística e levantamentos sobre a produção, expectativas e colheita, mas carece de validação das informações no campo. A parceria visa criar uma ferramenta capaz de unir a metodologia de geoprocessamento da Conab com a presença que Emater-MG possui no campo e assim ter informações validadas”, explica o gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Leonardo Kalil.
De acordo com o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto, a ferramenta também ajudará no mapeamento das áreas de plantio, produção e produtividade do setor cafeeiro. “Com as informações corretas sobre a produção e produtividade podemos identificar, por exemplo, regiões com menos produtividade e as razões, se é falta de novas tecnologias, o clima ou outros motivos. As informações influenciam diretamente no direcionamento de políticas públicas para o produtor rural. Dados qualificados respaldam os agentes no momento de tomar as decisões”, destaca.
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, segundos dados da Conab. A expetativa de produção gerada na safra 2014/2015 é de 23,6 milhões de sacas. “O setor fica vulnerável a especulações de preços e qualquer informação pode influenciar no mercado. Com um sistema mais confiável teremos mais segurança na divulgação dos dados e os produtores correm menos riscos de sofrer impactos através das especulações”, ressalta Kalil.
Plano de Trabalho
Na reunião em Belo Horizonte, os representantes das instituições elaboraram um plano de ações para a execução do projeto. A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) faz parte da comissão que irá criar o projeto. Além de ter profissionais qualificados na área de geoprocessamento, a criação da ferramenta também poderá gerar demandas de pesquisas para a instituição.
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