Café: Cotações do arábica em NY sobem mais de 100 pts nesta 4ª feira após quase perder patamar de US$ 1,20/lb
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta tarde de quarta-feira (28), após recuar por cinco sessões consecutivas em meio a um maior otimismo dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil. O mercado realiza ajustes técnicos uma vez que alguns vencimentos para 2016 quase perderam o patamar de US$ 1,20 por libra-peso nas últimas sessões.
Por volta das 12h26, o vencimento dezembro/15 registrava 118,90 cents/lb com alta de 160 pontos, o março/16 tinha 122,15 cents/lb com avanço de 155 pontos. O contrato maio/16 operava com 124,75 cents/lb e valorização de 205 pontos, enquanto o julho/16 registrava 126,00 cents/lb com 135 pontos positivos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações sobem nesta quarta-feira em ajustes técnicos. Devido às últimas quedas, os contratos para 2016 quase perderam o patamar de US$ 1,20 por libra-peso, enquanto o dezembro/15 ficou em cerca de US$ 1,17/lb.
Nos últimos cinco pregões, o vencimento março/16 recuou 3,02% com as chuvas recentes no cinturão produtivo do Brasil. As precipitações ainda estão irregulares e pouco volumosas. Mas nos primeiros dias de novembro os volumes prometem ser elevados para São Paulo e centro e sul de Minas Gerais, de acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia.
Segundo dados de precipitações diárias divulgados pela Cooxupé, ontem (27/10), todas as cidades verificadas receberam chuvas. O maior volume foi registrado em Coromandel (MG) com 20,4 milímetros, e o menor em Serra do Salitre (MG) com 0,6 mm.
Vale lembrar que, apesar da melhora recente no clima, algumas lavouras do Sul de Minas Gerais perderam todo o potencial produtivo para a próxima temporada. A florada foi danificada pelas altas temperaturas e falta de umidade no solo.
Em entrevista ontem ao Notícias Agrícolas, o presidente do Sindicato Rural de Patrocínio (MG), Osmar Pereira Junior informou que as chuvas recentes amenizaram as preocupações dos cafeicultores, mas algumas perdas na produção já estão consolidadas. Ainda não é possível quantificar os prejuízos, entretanto, a ausência de precipitações e as altas temperaturas comprometeram a produção. Esse pode ser o terceiro ano consecutivo de quebra na safra na região.
No mercado físico brasileiro, os negócios ainda estão lentos. Os preços caíram acompanhando o recuo de Nova York nos últimos dias. No entanto, ontem, houve poucas alterações nos preços. Na terça-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,33% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 465,22.
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