Economistas discutem se ainda está nas mãos do BC conter a inflação
Não deveria ser motivo de surpresa o anúncio, feito na linguagem cifrada do Banco Central, de que o cumprimento da meta de inflação está adiado para um futuro incerto.
Tratase, afinal, da prática seguida desde 2011. Mas há novidade, sim, em torno do comunicado do BC desta quarta (21), quando se decidiu manter a taxa de juros em 14,25% anuais, a despeito da piora inflacionária.
"A manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária", diz o documento.
INFLAÇÃO
O ineditismo não está no texto, que repete expressões adotadas nos últimos anos de hesitação entre fazer o essencial para reduzir a inflação a 4,5% ao ano —elevar os juros— e o temor de deprimir ainda mais a economia. "Período suficientemente prolongado", por exemplo, significa todo o tempo que se possa aguardar até a tomada de uma decisão. "Horizonte relevante", como se nota em atas de reuniões passadas, é algo como dois anos.
Interpretouse, portanto, que o BC desistiu da promessa, tornada pública no final de 2014, de fazer o necessário para atingir a meta inflacionária em 2016; a "convergência" ficou para 2017.
Leia a notícia na íntegra o site Folha de S.Paulo.
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