Na Folha: Para analista, 'Chinzila' , conexão de Brasil e China, é ameaça global
"Chinzila", interação entre Brasil e China admirada no passado, tornouse a maior ameaça à economia mundial, argumenta o estrategista mundial da Moore Europe Capital Management, Gene Frieda, em artigo no jornal britânico "Financial Times".
Segundo ele, o impacto da desaceleração chinesa nos preços das commodities "transformou pequenas fissuras financeiras em linhas de ruptura sísmicas" nos mercados emergentes.
"Sem administração e coordenação cuidadosas, é possível que essas fissuras se tornem sistêmicas, e o yuan chinês pode se tornar o catalisador", escreve Frieda.
Especialista em políticas econômicas globais, o economista afirma que a queda recente das Bolsas chinesas e a desvalorização cambial "mal conduzida" mostram que as autoridades chinesas superestimaram seu grau de controle sobre a economia.
"O Brasil, o beneficiário mais proeminente da ascensão chinesa, também foi o mais prejudicado pelo enfraquecimento subsequente. Com o impasse político impedindo redução significativa do deficit, o país subitamente vê a dinâmica de sua dívida em trajetória explosiva."
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
Folha: Ritmo da China desacelera e eleva medo de deflação global
A desaceleração da economia chinesa, que cresce no menor ritmo desde 2009, derrubou os preços das principais matérias-primas e alimentou o receio de deflação prolongada no mundo.
A China anunciou na manhã desta segunda (noite de domingo no Brasil) redução do ritmo de crescimento anual de 7% para 6,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2015.
Um dos dados mais preocupantes foi a desaceleração dos investimentos, sugerindo menor capacidade de produção. O investimento em infraestrutura e máquinas cresceu 6,8% no terceiro trimestre; no segundo trimestre, superava 10% e, em 2014, 15%.
EFEITO CHINÊS
A ameaça de redução generalizada nos preços americanos de combustíveis, alimentos e insumos aumenta a pressão para que o Fed (BC dos EUA) adie a alta de juros, prevista pela maioria do mercado entre o fim de 2015 e início de 2016. Uma das metas do BC é de uma inflação próxima a 2% —ela ficou zerada no mês passado.
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
Reuters: EUA dizem que apreciação adicional do iuan é chave para reequilíbrio da economia da China
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram, nesta segunda-feira, que a China permita que a sua moeda, o iuan, se aprecie mais para dar suporte crucial para reequilibrar a segunda maior economia do mundo.
No relatório semestral do Tesouro sobre políticas econômicas e cambiais de grandes parceiros, os Estados Unidos também informaram que o iuan, conhecido oficialmente como renminbi, permanece abaixo de sua "valorização apropriada de médio prazo".
A linguagem mostra uma mudança em relação ao documento de abril, quando os EUA disseram que a moeda chinesa estava significativamente subvalorizada.
O Tesouro norte-americano não rotulou nenhum grande parceiro comercial como manipulador de moeda, mas pediu aos países com superávits em conta corrente, o que inclui a Alemanha e a Coreia do Sul, que façam mais para impulsionar o fraco crescimento da economia global.
Em agosto, as autoridades chinesas surpeenderam os mercados desvalorizando o iuan.
Muitos congressistas norte-americanos reclamaram diversas vezes que a China deliberadamente subvaloriza sua moeda para ganhar vantagem competitiva nos mercados internacionais. A última vez que o Tesouro rotulou um país como manipulador foi a China, em 1994.
Antes da desvalorização, a moeda vinha se valorizando, com o governo chinês buscando apoiar seu objetivo de mudar o principal motor da economia de exportações para demanda doméstica.
"Apreciação adicional da moeda é chave... e vai apoiar o poder de compra dos consumidores chineses e ajudar a mudar a produção para bens não negociáveis e serviços", disse o relatório.
A China está pressionando para que o iuan seja incluído na cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI) como meio de reduzir sua dependência ao dólar, mas autoridades ainda não decidiram se a moeda alcançou todos os critérios baseados nos mercados.
(Por Lindsay Dunsmuir e Krista Hughes)
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