Sem CPMF, seguro-desemprego e abono salarial estão em risco, diz Levy

Publicado em 15/10/2015 07:39

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez nesta quarta-feira um alerta sobre os impactos que um novo rebaixamento da nota de crédito do país pode ter sobre o mercado de trabalho. "Não ter grau de investimento é botar emprego em risco, e ninguém quer isso", afirmou Levy, durante Comissão Geral da Câmara dos Deputados. O ministro disse também que, se o Congresso não aprovar a recriação da CPMF, haverá "um certo risco" para alguns "programas importantes", como o seguro-desemprego. "A CPMF permite que o seguro-desemprego esteja protegido, como também o abono salarial. Como vamos pagar, se não houver receitas?", indagou.

A aprovação da CPMF é um dos pontos centrais do plano do governo para economizar 34,4 bilhões de reais (0,7% do PIB). Mesmo com a recriação do tributo, o ministro disse que a meta de superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública - é pequena diante da necessidade de reequilibrar as contas públicas.

Entre as reformas que o país precisa promover, ele ressaltou a da Previdência Social, e disse que a CPMF é compatível com essa discussão por ser provisória. "Neste momento em que a atividade desacelerou e as receitas caíram, você garante o equilíbrio da Previdência com uma medida provisória", justificou.

Levy disse que outras alternativas podem ser menos eficientes. "Se aumentar imposto da produção, será que é melhor do que o da atividade financeira?", questionou. O ministro ainda respondeu às críticas de que está muito focado na questão fiscal e disse que esse é o primeiro passo para que a equipe econômica tome ações estruturais. "O Orçamento de 2016 é fundamental para a economia voltar ao seu curso, para a volta da criação de emprego", completou.

Leia a notícia na íntegra no site Veja.com

Cunha diz não ver chances de CPMF passar no Congresso

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), voltou a dizer que não vê chances de uma aprovação da CPMF no Congresso. "Eu acho que não sai da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], acho que perde a admissibilidade. Pelo que estou ouvindo aí, não sai da CCJ".

Cunha comentou o apelo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pela aprovação do tributo durante participação dele na comissão geral na tarde desta quarta­feira (14) no Congresso.

"Temos um grande problema que, do meu ponto de vista, não foi perfeitamente explorado. É claro e é óbvio que a CPMF não tem a menor chance de passar e ficou claro isso pelas manifestações que estavam lá e pelo clima que a gente sente".

Levy tem defendido que a alternativa a uma não aprovação pelo Congresso da CPMF seria o aumento de "outros impostos", que, segundo ele, teriam maior ônus para a economia.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

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Fonte:
Veja.com + Folha de S.Paulo

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