Plantio da soja segue lento em Querência (MT) e alcança 3%

Publicado em 14/10/2015 10:28
Plantio da soja segue lento em Querência (MT) e alcança 3%. No estado, semeadura chega a 6,1%. Entrega dos fertilizantes permanece atrasada e pode impactar produtividade das lavouras. Com valorização do dólar, custos de produção estão mais altos. Cerca de 50% da produção já foi negociada antecipadamente, com valores entre R$ 55,00 a R$ 60,00 a saca do grão.

Em meio às chuvas irregulares, a semeadura da soja da safra 2015/16 permanece lenta na região de Querência (MT) e não ultrapassa 3%. No estado, cerca de 6,1% da área total já foi cultivada com o grão até o momento, conforme informações do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

O presidente do Sindicato Rural do município, Gilmar Dell Osbel, explica que, em muitas localidades as chuvas ainda não apareceram. “Porém, temos regiões onde o plantio está acontecendo, uma vez que a umidade é suficiente. E, por enquanto, estamos dentro da janela ideal da soja, mas quando falamos na safrinha já começa a comprometer”, ressalta.

Diante desse quadro, os produtores já trabalham com a expectativa de atraso no cultivo da safrinha de milho. O que, na visão do presidente, preocupa os agricultores e pode resultar em uma redução na área destinada ao cereal ou, até mesmo, um plantio com risco maior. “Tanto é que muitos produtores poderiam ter fechado a aquisição de insumos da segunda safra de 2016, mas estão cautelosos e aguardam as chuvas”, completa.

Ainda no caso da soja, também há preocupações com o atraso na entrega dos insumos, especialmente os fertilizantes. “Temos muitos casos em que os agricultores não receberam os produtos. Iremos plantar a soja, mas com tecnologia e adubação menor, o que pode refletir na produtividade das plantações”, alerta Dell Osbel.

Enquanto isso, os custos de produção estão mais altos nesta temporada frente à recente valorização cambial. Paralelamente, o dólar também impactou os preços praticados na região. Até o momento, em torno de 50% da produção já comercializada antecipadamente, com valores médios entre R$ 55,00 e R$ 60,00 a saca.

“Claro que tivemos negócios com patamares até acima de R$ 70,00 a saca na nossa região. Todos esses valores irão depender do rendimento das lavouras, mas também da condição de cada produtor rural que deve procurar produzir bem e fechar as contas. Os agricultores devem buscar informações e agir com cautela”, orienta o presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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