Apesar das altas do frango nos últimos 40 dias, elevação dos custos com farelo de soja e milho reduzem renda do produtor. Margem está apertada
Mesmo com a alta registrada nos preços do frango vivo e abatido em diversas praças do país, o aumento no custo com farelo de soja e milho reduziu a rentabilidade dos produtores. Em média o quilo do animal vivo é negociado a R$ 2,90 no estado de São Paulo e R$ 3,15 em Minas Gerais.
Já o frango abatido apresentou uma valorização de 20% nos últimos trinta dias refletindo o bom desempenho das exportações no decorrer do ano e um aumento do consumo interno por conta da paridade de preços entre a carne de frango e bovina.
Em contrapartida, os custos com os dois principais componentes da ração (farelo de soja e milho) apresentaram um aumento significativo no mês de setembro. Segundo o presidente da Associação Paulista dos Avicultores, Érico Pozzer "em função da alta do dólar e fatores internos, nos tivemos um aumento do milho em torno de 34% e o farelo de soja que foi de 1 mil reais a toneladas no final de agosto para 1.300 reais em setembro", explica.
Diante desse cenário os produtores estão com margens ajustadas neste segundo semestre. Ainda assim, o presidente considera que não devemos ter novos aumentos nos custos até o final do ano e, os preços do frango vivo e abatido devem se manter estáveis, com tendência de alta.
A expectativa do setor é que neste final de ano o consumo de carne de frango se intensifique. "Provavelmente a carne bovina e os produtos suínos estarão muito caros, por isso a população deve optar pelo frango para a ceia de natal e ano novo", explica.
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