Dólar volta a cair sobre o real de olho em Fed, mas cautela com Brasil continua
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltou a recuar sobre o real nesta segunda-feira, após nova rodada de dados fracos sobre os Estados Unidos alimentarem apostas de que os juros norte-americanos só subirão no ano que vem, mas investidores continuavam nervosos diante de incertezas sobre a política e a economia brasileira.
Às 11:54, o dólar recuava 0,80 por cento, a 3,9140 reais na venda. Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,42 por cento e terminou a semana em queda, após seis altas semanais consecutivas.
"O Fed tem muitos argumentos para esperar até o ano que vem para subir juros", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Na sexta-feira, dados mostraram que os empregadores nos EUA reduziram as contratações nos últimos dois meses e os salários caíram em setembro. Os números levaram o dólar a enfraquecer em relação às principais moedas emergentes, uma vez que a manutenção dos juros quase zerados na maior economia do mundo sustenta a atratividade de ativos de países em desenvolvimento.
Nesta sessão, dois relatórios fracos sobre o setor de serviços norte-americano corroboraram essa percepção.
O dólar chegou a operar em leve alta, avançando 0,15 por cento na máxima do dia, a 3,9515 reais, refletindo a apreensão dos investidores com a situação política e econômica no Brasil.
"Temos um cenário muito difícil aqui, com a questão do TCU e os vetos presidenciais", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se à análise pelo Tribunal de Contas da União das contas públicas do governo de 2014, que pode abrir espaço para abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e a votação no Congresso de vetos presidenciais com impacto sobre as finanças do governo.
O julgamento do TCU está marcado para quarta-feira. O governo federal questiona a isenção do relator do processo, ministro Augusto Nardes, por considerar que ele desrespeitou as regras da magistratura ao adiantar seu posicionamento sobre o caso em entrevistas a órgãos de imprensa.
O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 1,534 bilhão de dólares, ou cerca de 15 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.
(Por Bruno Federowski)
Dólar opera perto da estabilidade sobre o real por incertezas locais e de olho em Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava perto da estabilidade sobre o real, após ser negociado em queda mais acentuada no início dos negócios nesta segunda-feira, com incertezas políticas e econômicas no Brasil parcialmente ofuscando a perspectiva de que os juros norte-americanos devem subir apenas no ano que vem.
Às 10:39, o dólar recuava 0,07 por cento, a 3,9429 reais na venda. Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,42 por cento e terminou a semana em queda, após seis altas semanais consecutivas.
"Temos um cenário muito difícil aqui, com a questão do TCU e os vetos presidenciais. Nesse cenário, o exterior é secundário", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se à análise pelo Tribunal de Contas da União das contas públicas do governo de 2014, que pode abrir espaço para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e a votação no Congresso de vetos presidenciais com impacto sobre as finanças do governo.
O julgamento do TCU está marcado para quarta-feira. O governo federal vai questionar a isenção do relator do processo, ministro Augusto Nardes, por considerar que ele desrespeitou as regras da magistratura ao adiantar seu posicionamento sobre o caso em entrevistas a órgãos de imprensa.
As preocupações internas levavam o real a se descolar de seus pares, que seguiam reagindo aos dados fracos de emprego nos Estados Unidos divulgados na semana passada. Na mínima do dia, a moeda norte-americana caiu mais de 1 por cento e foi a 3,9019 reais, acompanhando o movimento em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
Os empregadores nos EUA reduziram as contratações nos últimos dois meses e os salários caíram em setembro. Os números levaram o dólar a enfraquecer em relação às principais moedas emergentes, uma vez que a manutenção dos juros quase zerados na maior economia do mundo sustenta a atratividade de ativos de países em desenvolvimento.
"(Os mercados seguem) embalados pelos fracos números do mercado de trabalho norte-americano, divulgados na última sexta-feira, que aumentam as chances de o Fed não subir juros neste ano", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.
O Banco Central brasileiro dará continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
G1: Dólar segue exterior e recua nesta segunda, de olho em Fed
O dólar recuava quase 1 por cento sobre o real no início dos negócios desta segunda-feira, acompanhando o movimento nos mercados externos, ainda reagindo a apostas de que os juros norte-americanos podem subir apenas em 2016.
Às 9:08, o dólar recuava 0,85 por cento, a 3,9120 reais na venda, após cair 1,42 por cento na sessão passada.
Leia a notícia na íntegra no site G1.
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