Apesar de recuo de 6% na entrega de fertilizantes até agosto, tendência é de manutenção da produtividade. Safrinha deve sofrer mais
As entregas de fertilizantes de janeiro a agosto deste ano registraram uma queda de 6,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).
No acumulado foram entregues 18,56 milhões de toneladas de fertilizantes no país. Foi o maior volume mensal em 2015. Ainda assim, a quantidade ficou 0,5% abaixo, em relação ao mesmo mês do ano passado.
De acordo com o analista da FCStone, Tadeu Morais da Silva, essa tendência de redução nas entregas deve permanecer no decorrer do ano, atraso que não era presenciado no Brasil desde 2008.
"Devemos fechar o ano com entregas de 30,8 milhões de toneladas, o que significa uma redução de 4,4% em relação ao ano anterior, e praticamente o mesmo resultado de 2013", ressalta Silva.
Dois fatores foram fundamentais para o resultado das compras, mesmo com a expectativa de expansão na produção agrícola na safra 2015/16. Para o analista a queda nos preços de diversas commodities alongou a relação com o custo dos fertilizantes, além disso o atraso na liberação das linhas de crédito rural prejudicou o planejamento dos produtores para essa safra.
Diante desse cenário a tendência é de manutenção da produtividade na safra de verão graças às reservas no solo. No entanto, o cultivo do milho safrinha deve ter impacto maior sobre essa diminuição na utilização dos fertilizantes e a restrição do crédito.
"No caso do setor sucroalcooleiro já é mais delicada a situação, pois eles vêm a vários anos reduzindo as aplicações, e começarmos a sentir uma redução da produtividade", pondera Morais.
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