Café: Bolsa de Nova York fecha em baixa pela segunda sessão consecutiva e volta se aproximar de US$ 1,15/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam no território negativo nesta quarta-feira (16). O mercado estendeu as perdas registradas na sessão anterior após um dia de intensa volatilidade, chegando a operar nos dois campos durante o pregão. Desta forma, os futuros se distanciaram ainda mais do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.
Os lotes com vencimento para dezembro/15, atual referência, encerraram a sessão valendo US$ 118,10 cents/lb com desvalorização de 60 pontos, o março/16 teve US$ 121,50 cents/lb com baixa de 55 pontos, enquanto o maio/16 registrou 123,75 cents/lb e o julho/16 anotou US$ 125,70 cents/lb, ambos com queda de 55 pontos.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa trabalha sem direcionamentos e sem tendências definidas, com atenções voltadas para a reunião do Fed - Banco Central Americano, que pode definir a elevação da taxa de juros do país, o que faria subir a cotação do dólar por aqui.
"Para amanhã e sexta-feira, também não estamos esperando grandes volatilidades nos mercados, salvo é claro, um fato novo", afirma Magalhães.
Na sessão de ontem, os futuros do café arábica no terminal norte-americano recuaram acompanhando a valorização do dólar ante o real, que sempre pesa sobre as commodities.
Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,74%, cotada a R$ 3,8341 na venda. Além do Fed, os operadores acompanham também o movimento de mercados emergentes diante do avanço das bolsas da China.
No aspecto fundamental, a divulgação da Green Coffe Association (GCA) ontem que registrou aumento nos estoques de café verde (em grão) nos Estados Unidos, em agosto, também acaba pesando sobre o mercado. Os números apontam para um aumento de 239.814 sacas de 60 kg, totalizando 6.123.163 sacas. No final de julho, o levantamento apontava para 5.883.349 sacas de 60 kg.
Mercado interno
No mercado físico brasileiro a paradeira continua grande, segundo Marcus Magalhães. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas inviabilizando a regularização do retorno da liquidez nas praças de comercialização".
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 536,00 e alta de 0,19%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com desvalorização de 1,19% e saca cotada a R$ 497,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 536,00 a saca e valorização de 0,19%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) que teve recuo de 1,45%, para R$ 475,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 478,00 a saca - estável. A maior oscilação ocorreu em Patrocínio (MG) com desvalorização de 5,49% e R$ 430,00 a saca.
Na terça-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 1,74% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 450,97.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira. O vencimento setembro/15 está cotado a US$ 1579,00 por tonelada com alta de US$ 5, o novembro/15 teve US$ 1581,00 por tonelada com valorização de US$ 5. Já o contrato janeiro/16 anotou US$ 1594,00 por tonelada e avanço de US$ 5.
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