Café: Bolsa de Nova York inverte ganhos com alta do dólar e opera em queda nesta 3ª feira

Publicado em 15/09/2015 09:17

Na tarde desta terça-feira (15), os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures) invertem ganhos registrados pela manhã, quando os principais vencimentos registravam altas superiores a 70 pontos devido a fatores técnicos. Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a alta do dólar no Brasil - que apresenta valorização de 1,20% e é cotado a R$ 3,868 - trouxe impacto nas cotações no mercado internacional.  

Às 13h21, o vencimento dezembro/15 registrava queda de 190 pontos, sendo negociado a US$ 118,30 cents/lb, enquanto março/16 desvalorizava 200 pontos e era cotado a US$ 121,65 cents/lb. Maio/16 apresentava baixo de 190 pontos, valendo US$ 124,05 cents/lb. Já Julho/16 perdia 200 pontos, cotado a US$ 126,00 cents/lb. 

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Cotações do arábica voltam ao patamar de US$ 1,20/lb nesta 2ª feira na Bolsa de NY

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta acentuada nesta segunda-feira (14). Os principais vencimentos chegaram a se aproximar do patamar de US$ 1,15 por libra-peso nas sessões anteriores pressionados pela valorização do dólar ante o real. Entretanto, diante deste avanço técnico de quase 400 pontos, as cotações recuperaram o patamar de US$ 1,20/lb.

Os lotes com vencimento para dezembro/15 encerraram o dia cotados a 120,20 cents/lb, o março/16 registrou 123,65 cents/lb, enquanto o maio/16 teve 125,95 cents/lb. Ambos com valorização de 365 pontos. Já o contrato julho/16, mais distante, anotou 128,00 cents/lb e 360 pontos de alta.

De acordo com o analista de mercado João Santaella, uma combinação de fatores técnicos contribuiu para o avanço no terminal norte-americano. "O recuo do dólar em quase 1% ante o real, combinado com o ajuste de carteiras por parte de fundos deram suporte às cotações", afirma.

A moeda norte-americana mais baixa ante a brasileira representa menor potencial de competitividade nas exportações da commodity. O dólar fechou esta segunda-feira cotado a R$ 3,8138 na venda com recuo de 1,63%.

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Para Santaella, a divulgação da Volcofa que estima que a produção de café no Vietnã deve recuar 20% no próximo ano também acabou contribuindo para a disparada em Nova York, apesar da colheita do país ser prioritariamente de robusta. O café arábica representa cerca de 3% da produção do Vietnã.

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Analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas durante o dia alertaram que o comportamento do câmbio pode comprometer o viés corretivo de hoje. O Governo planeja divulgar nos próximos dias corte de despesas.

Mercado interno

O mercado físico brasileiro continua registrando poucos negócios. Na sexta-feira, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), informou que a volatilidade dos preços e o fôlego de caixa dado aos produtores pelas vendas de agosto têm desestimulado a oferta de novos lotes de café.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 550,00 e alta de 1,85%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,44% e saca cotada a R$ 504,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 535,00 a saca e valorização de 1,33%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve alta de 3,27%, para R$ 474,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 478,00 a saca e avanço de 1,49%. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com valorização de 4,44% e R$ 470,00 a saca.

Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,47% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 442,83.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam com forte alta nesta segunda-feira. O vencimento setembro/15 está cotado a US$ 1584,00 por tonelada e alta de US$ 32, o novembro/15 teve US$ 1597,00 por tonelada com valorização de US$ 30. Já o contrato janeiro/16 anotou US$ 1613,00 por tonelada e avanço de US$ 28.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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