Bovespa tem leve queda pressionada por Petrobras; avanço de exportadoras atenua perda

Publicado em 11/09/2015 17:03 e atualizado em 11/09/2015 18:04

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em leve queda nesta sexta-feira, pressionado por Petrobras, diante do recuo dos preços do petróleo e corte nas recomendações de bancos estrangeiros para as ações estatal, após a Standard & Poor's rebaixar a nota da companhia para grau especulativo.

O viés negativo, contudo, foi mais uma vez atenuado pela alta de empresas que se beneficiam do fortalecimento do dólar ante o real, como siderúrgicas, fabricantes de papel e celulose e grupos de alimentos. A moeda norte-americana fechou o dia com a maior cotação desde 2002, a 3,8771 reais.

O Ibovespa caiu 0,22 por cento, a 46.400 pontos. O giro financeiro totalizou 6 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário doméstico acumulou declínio de 0,21 por cento.

A ausência de tendência definida no mercado financeiro externo corroborou a fraqueza no pregão local, em meio à expectativa em relação a decisão do banco central dos Estados Unidos na próxima semana, que pode elevar os juros pela primeira vez em quase uma década.

O índice acionário norte-americano S&P 500 encerrou com variação positiva de 0,45 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst 300 cedeu 0,99 por cento.

O Barclays ressaltou em relatório, contudo, que, independentemente do resultado da reunião do Federal Reserve, o desempenho dos mercados emergentes deve ser pressionado por incertezas sobre China, desaceleração econômica, saída de capitais e riscos para os ratings.

=PETROBRAS encerrou com as preferenciais em queda de 3,89 por cento e os papéis ordinários com recuo de 5,37 por cento, em meio à queda dos preços do petróleo. Os papéis da petroleira também foram pressionados por corte nas recomendações e nos preços-alvo por bancos estrangeiros, com a perda do grau de investimento da empresa pela S&P adicionando preocupações sobre o programa de reestruturação da companhia, entre outras questões. Pouco antes do fechamento na véspera, a S&P rebaixou o rating da empresa para grau especulativo, como parte de uma série de ações sobre ratings de companhias brasileiras após ter tirado o grau de investimento do Brasil na quarta-feira. Foi a segunda agência de classificação de risco a retirar da estatal o grau de investimento.

=VALE perdeu o fôlego da abertura e terminou em declínio de 2,06 por cento nas preferenciais de classe A e de 2,46 por cento nos papéis ordinários, a despeito da alta do dólar, bem como a manutenção do grau de investimento pela S&P e do maior ganho semanal dos preços do minério de ferro nas últimas cinco semanas.

=BRADESCO caiu 1,1 por cento, após a S&P reduzir na quinta-feira a nota de crédito de várias instituições financeiras do Brasil, tirando o selo de grau de investimento de grandes bancos. BANCO DO BRASIL perdeu 2,67 por cento e SANTANDER BRASIL recuou 2,59 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO desacelerou as perdas para 0,19 por cento no final do pregão. O Barclays cortou o preço-alvo dos quatro bancos.

=CSN saltou 10,09 por cento, guiando novo avanço dos papéis do setor siderúrgico listados no Ibovespa, seguida pela USIMINAS, com ganho de 9,67 por cento. O fortalecimento do dólar nos últimos dias vem endossando a recuperação das combalidas ações de siderurgia, uma vez que fortalece apostas de reajuste de preços, levando à cobertura de elevadas posições vendidas em ambos os papéis. GERDAU perdeu força no fim do pregão, depois de subir mais de 3 por cento, e fechou em queda 0,6 por cento.

=JBS, BRF e FIBRIA também encontraram suporte no movimento da taxa de câmbio para fechar o dia com altas de 3,61, 0,76 e 2,19 por cento, respectivamente, amortecendo o declínio do Ibovespa.

=BB SEGURIDADE subiu 5,77 por cento, também ajudando a reduzir as perdas do Ibovespa, recuperando-se após quatro pregões de queda, em que acumulou declínio de 10,5 por cento.

=MRV ENGENHARIA avançou 2,94 por cento, em dia de alta de ações de construtoras focadas na baixa renda e com exposição ao programa Minha Casa Minha Vida, após o ministro das Cidades afirmar na véspera que a Medida Provisória que trata da terceira fase do programa habitacional será encaminhada ao Congresso Nacional em até um mês. Fora do Ibovespa, DIRECIONAL ENGENHARIA saltou 7,08 por cento.

=CIA HERING caiu 5,72 por cento, na maior queda do Ibovespa, em meio ao anúncio da saída do diretor das marcas Hering e Hering for You, Luis Renato Bueno. Em nota a clientes, a corretora Brasil Plural lembrou que Bueno foi contratado para liderar o processo de atualização do mix de produtos e estreitar o relacionamento com os franqueados.

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Fonte:
Reuters

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