Democratas repudia prisão de opositor venezuelano e quer que Dilma convoque OEA
O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), criticou a perseguição política na Venezuela que levou o oposicionista Leopoldo López a uma condenação de quase 14 anos de prisão, além da punição a mais três estudantes que participaram de protestos contra o governo.
Em conversa com o presidente do legenda, José Agripino (RN), ficou acordado que o partido vai ingressar com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) para determinar que a presidente Dilma convoque em caráter de urgência o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir o caso.
"A presidente Dilma Rousseff e o governo brasileiro se calam mostrando total conivência e aval à prisão política de Leopoldo López. É uma ação violenta aos direitos humanos e torna a presidente da República parceira do ditador Maduro. Enquanto isso, a União Européia dá uma declaração contundente cobrando que a Venezuela reveja essas penas. Já ficou provado que os diplomatas e auditores independentes foram impedidos de acompanhar a fase final do julgamento", lembrou.
O Democratas quer que nações vizinhas e os organismos internacionais cobrem o cumprimento da cláusula democrática assinada no Protocolo de Ushuaia entre membros do Mercosul. "Vamos trabalhar para excluir a ditadura venezuelana do bloco", anunciou.
Provocação
Ronaldo Caiado acredita que a sentença proferida às vésperas de eleições legislativas no país é uma ação do ditador Nicolas Maduro para incitar o clima de instabilidade que justificaria um cancelamento do processo eleitoral.
"O fato do governo Maduro determinar ao judiciário a imputação de uma pena de quase 14 anos tem um único objetivo: criar uma clima de revolta da oposição e com isso tentar impedir as eleições do dia 6 de dezembro. Maduro sabe que será derrotado e por isso tenta criar situações de conflito, como vem fazendo com a Colômbia. É tudo jogo de cena para legitimar o seu golpe", acusou Caiado.
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