Café: Bolsa de Nova York vira e recua quase 200 pts nesta manhã de 4ª feira acompanhando mercado financeiro
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo negativo nesta manhã de quarta-feira (2). Os operadores repercutem mais um dia de forte avanço do dólar ante o real. A valorização da moeda norte-americana encoraja os embarques da commodity e aumenta a receita das exportações brasileiras.
No início dos trabalhos, o mercado já chegou a operar com leve alta e testar o patamar de US$ 1,25 por libra-peso. Ao que parece, os futuros no terminal norte-americano devem ter mais um dia de intensa volatilidade.
Por volta das 10h59, o vencimento dezembro/15 anotava 119,15 cents/lb com baixa de 165 pontos, o março/16 tinha 122,75 cents/lb com desvalorização de 155 pontos. O contrato maio/16 registrava 124,75 cents/lb com 185 pontos de recuo e o julho/16 operava com 127,15 cents/lb e desvalorização de 155 pontos.
Na sessão anterior, o mercado em Nova York focou a questão cambial. Com o avanço do dólar ante o real as exportações ganham mais ritmo. Em contrapartida, os preços no terminal recuam para que os investidores embolsem mais ganhos.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Mesmo com pressão do dólar, cotações em NY se mantém acima de US$ 1,20/lb
A alta do dólar ante o real voltou a pressionar as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta terça-feira (1º). Os principais vencimentos registraram na sessão de hoje queda de 300 pontos. O pregão foi marcado por intensa volatilidade, chegando a testar o patamar de US$ 1,25 por libra-peso.
Os lotes com vencimento para dezembro/15 anotaram 120,80 cents/lb com baixa de 350 pontos, o março/16 teve 124,30 cents/lb com recuo de 345 pontos. O contrato maio/16 registrou 126,60 cents/lb e 335 pontos negativos e o julho/16 encerrou o dia com 128,70 cents/lb e desvalorização de 330 pontos.
"O mercado reflete a valorização do dólar ante o real. O Brasil é o maior exportador da commodity e isso sempre mexe com as cotações", explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. A moeda estrangeira mais valorizada encoraja as exportações.
Ainda de acordo com o analista, a questão financeira ainda deve prevalecer por alguns dias no mercado.
Nesta terça-feira, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,6880 na venda, com alta de 1,68%. Mas chegou a atingir durante o dia R$ 3,70 pela primeira vez desde 2002. Os operadores refletem a aversão ao risco nos mercados externos diante de preocupações com a China.
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Paralelamente, no aspecto fundamental, os operadores no terminal norte-americano acompanham as condições climáticas no Brasil. A maior parte das lavouras estão com os trabalhos praticamente encerrados da safra atual.
De acordo com informações reportadas pela Reuters com base em seu serviço de meteorologia, o clima quente e seco nas áreas produtoras do Sudeste deve favorecer a finalização dos trabalhos no campo.
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Mercado interno
Segundo Barabach, depois que os preços no mercado se afastaram um pouco dos R$ 500,00 a saca, acontecem poucos negócios nas praças de comercialização. "O dólar em alta ajuda a sustentar os preços. Entretanto, o vendedor sumiu. Há negócios mais com cafés finos", afirma o analista.
O cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 537,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) onde a saca subiu 2%, para R$ 510,00.
O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 537,00 - estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca caiu 1,07%, para R$ 462,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 3,23% e saca está cotada a R$ 450,00.
Na segunda-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 1,00% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 445,05.
Bolsa de Londres
Os negócios na ICE Futures Europe para o café robusta foram retomados nesta terça-feira após o feriado "Summer Bank Holiday", comemorado ontem em Londres. Os principais contratos fecharam a sessão no campo misto.
O vencimento setembro/15 está cotado a US$ 1597,00 por tonelada com alta de US$ 16, o novembro/15 teve US$ 1601,00 e o janeiro/16 anotou US$ 1618,00 por tonelada, ambos com desvalorização de 10 pontos.
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