Dólar sobe pela terceira sessão seguida com influência da China e no Brasil pela preocupação com as contas do governo
Após fechar agosto em alta pelo segundo mês consecutivo, o dólar inicia setembro com alta de mais de 1% ante o real nesta terça-feira (01).
Por volta das 14h20, a moeda norte-americana subia 1,38 %, cotada a R$ 3,680. Segundo o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a alta reflete o anúncio de déficit primário nas contas do Governo em 2016, e os indicadores da atividade econômica da China, que caiu para 49,7 em agosto.
"Os dados chineses vieram dentro das projeções, mas ainda são problemáticos, pois apontam uma retração da economia chinesa em um momento que se deveria ter uma expectativa de reativamento da economia que já vem a dois anos mostrando um crescimento mais fraco", analisa Vieira.
Para ele, o mercado está focado em um crescimento de 10% que ocorreu em outro ano, mas que provavelmente não deve se repetir. A desaceleração da economia, não significa necessariamente uma retração no crescimento. "O contexto que se insere a China neste momento, apresenta mudanças no paradigma de educação, avanço no mercado interno, e alteração na produção de produtos de baixo valor agregado", explica o economista.
Dentro desse cenário, Jason considera que a tendência é que a China consuma cada vez menos matérias primas, e demande mais produtos de maior valor agregado. No entanto, é importante ressalta que o país "continuará sendo um grande consumidor da soja brasileira", mas dentro de um contexto de mudanças essa demanda pode se converter, por exemplo, com a China deixando de processar o grão em seu território.
Déficit no Orçamento
Outro fator que está influenciando a alta do dólar foi a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que apontam um déficit de R$ 30,5 bilhões nas contas do Governo.
O reconhecimento do que as contas públicas devem fechar o próximo ano com o déficit primário eleva o risco de o Brasil perder o selo de bom pagador pelas agências de classificação de risco.
"Se o país perde essa chancela é preciso haver um reposicionamento dos investidores em relação ao dinheiro investido", explica Jason afirmando que uma possível perda do selo de bom pagador deve influenciar nas políticas de diversos setores.
Diante desse cenário, a expectativa é de continuidade na alta do dólar no longo prazo.
1 comentário
T&D - Íntegra do programa de 25/12/2024
T&D - Íntegra do programa de 24/12/2024
Do Marco Temporal à Lei dos Bioinsumos, 2024 foi ano de grandes batalhas para o agronegócio em Brasília
Cenário futuro do milho é promissor, mas infraestrutura precisa acompanhar
Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro
A grande volatilidade do mercado do café foi o maior desafio para a indústria cafeeira em 2024
João Carlos remedio São José dos Campos - SP
O economista Jason Vieira, comentando sobre a alta do dólar, deu uma AULA DE ECONOMIA aqui no Notícias Agrícolas. Em suma, o BRASIL é uma gigante "caixa" d'água furada; o PT aumentou os furos em tamanho e em quantidade. Agora, querem enche-la colocando mais água e nunca tapando os furos. Não consegui entender até agora a função de Joaquim Levy; parece-me mais um desses tantos obsoletos que parasitam os cofres públicos e fazem com que o orçamento nunca bata. Parece simples, mas, é bem simples sim; falta vontade política e vergonha na cara para resolver os problemas do Brasil!