Exportações de carne bovina do Brasil aumentam 9,8% em relação a julho
Os embarques de carne bovina 'in natura' apresentaram um aumento de 9,8% no volume exportado em agosto na comparação com o mês passado. No período foram totalizadas 64,8 mil toneladas, o correspondente a uma média diária de 4,3 mil t, contra 3,9 mil toneladas registradas no mesmo período de julho.
Ainda assim, as exportações neste ano estão abaixo dos volumes registrados em 2014. Nos quinze dias úteis deste mês, os embarques ficaram 17,1% inferior ao mesmo período do ano passado, onde foram registrados 5,2 mil toneladas/dia.
Em receita a recuperação na relação com julho também ocorreu. No acumulado do período o faturamento foi de 295,7 milhões de dólares, com uma média de US$ 19,7 milhões/dia, ou seja, um crescimento de 8,9% em relação ao mês anterior.
Essa melhora da demanda externa é um fator positivo para o mercado, haja vista que o escoamento da produção no mercado interno acontece um menor ritmo neste ano, reflexo dos problemas econômicos enfrentados pelo país. Ainda assim, na última semana os embarques apresentaram uma retração no volume diário, implicando em uma redução no percentual de aumento da semana anterior (15,5%) para 9,8% nesta semana.
Também vale lembrar que a maioria dos países compradores de carne bovina brasileira reduziu ou parou de importar produtos do País em 2015. Os embarques diminuíram ou cessaram para 86 dos 139 destinos comerciais entre janeiro a julho, em comparação com o mesmo período de 2014. Destes 86, que representam 62% do total de clientes, 14 não negociaram volumes este ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), e incluem derivados bovinos.
Os embarques foram reduzidos para três dos maiores importadores: Rússia, Hong Kong e Venezuela, o que afetou significativamente os resultados de exportação nos primeiros sete meses do ano. A Rússia comprou 111.492 toneladas (-39,5%) a US$ 373,9 milhões (-50,8%) e a província semiautônoma chinesa demandou 152.842 toneladas (-37,1%), pagando US$ 152,8 milhões (-31,7%). Já a Venezuela, que enfrenta uma crise econômica e a queda dos preços internacionais do petróleo, sua principal commodity, diminuiu as compras em 41,5%, para 58.149 toneladas, que resultaram em receita de US$ 331,4 milhões (-37,5%) ao Brasil.
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