Em São Borja (RS), perdas na produtividade das lavouras de trigo devem chegar a 20% devido às altas temperaturas

Publicado em 24/08/2015 09:51
Em São Borja (RS), perdas na produtividade das lavouras de trigo devem chegar a 20% devido às altas temperaturas. Aparecimento de doenças nas plantações elevou os custos de produção nessa safra. Redução na área semeada chegou a 30% nesta temporada. Agricultores investem em outras culturas de inverno como canola e aveia.

A produtividade das lavouras de trigo na região de São Borja (RS) deve registrar uma queda de 20% devido às altas temperaturas registradas recentemente. Em anos de clima normal, o rendimento médio das plantações fica em torno de 2.400 mil quilos por hectare, porém, nesta temporada o número deve cair para 2 mil quilos por hectare.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do munícipio, Viriato João Vargas, o inverno na região tem sido de temperaturas elevadas e úmido. “Justamente o contrário do que a cultura precisa, o trigo precisa de frio e tempo mais seco. Além disso, tivemos um aumento no aparecimento de doenças nas lavouras, o que acabou aumentando os custos de produção”, explica.

Em média, os produtores utilizam 2 aplicações de fungicidas, entretanto, nesta temporada o número já chega a 5 aplicações. “Com isso, os custos ficaram mais altos, já que os produtos são cotados em dólar”, ressalta Vargas.

Paralelamente, a relação entre os custos de produção e os preços deixa uma margem ajustada aos triticultores. “Ainda não podemos quantificar, pois não temos uma estimativa de preço para a safra. Contudo, dentro das cotações praticadas, as margens se aproximam de zero, isso se houver liquidez no mercado”, completa o presidente.

E esses dois fatores têm pesado na decisão dos produtores rurais, tanto que nesta safra, a queda na área semeada com o cereal chegou a 30% na localidade.  “É possível que o cenário se repita no próximo ano se não tivermos liquidez e lucratividade. Também precisamos de algumas modificações pontuais, por parte das empresas, como a segregação das sementes”, acredita Vargas.

Frente a esse quadro, o presidente ainda orienta que os triticultores procurem empresas que separem o trigo por variedade. “Enquanto jogarmos o cereal na mesma moega não teremos qualidade do trigo e, por consequência, não teremos competitividade de preços”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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