"Lula quer recuperar imagem a jato. Mas o jato é de quem?", pergunta FELIPE MOURA BRASIL
Lula quer recuperar imagem a jato. Mas o jato é de quem?
A coluna Painel, da Folha, informa:
“Lula começa na sexta-feira, em Brasília, a agenda de viagens para falar sobre educação, numa tentativa de recuperar a própria imagem, arranhada pela Lava Jato e as investigações sobre empréstimos do BNDES.”
Fica a pergunta:
Em qual jato o lobista Lula vai viajar para tentar recuperar a própria imagem falando da educação que não tem?
a) No da OAS, em que viajou para a Bolívia em 2011 para se encontrar com o presidente Evo Morales e resolver os problemas da empreiteira durante a construção da estrada Tarija-Potosí;
b) No da Camargo Corrêa, que pagou a viagem de Lula em 2012 a Moçambique e África do Sul, onde, de acordo com um documento da embaixada, o Brahma ajudou as empreiteiras ao “associar seu prestígio” a elas.
c) No da fornecedora da Odebrecht, que bancou em 2013 a viagem de Lula a Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, junto com o executivo encarregado de distribuir propinas da empreiteira, Alexandrino Alencar, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, e o biógrafo de José Dirceu, Fernando Morais, que inclusive aproveitou a mordomia para lançar um livro na ilha dos irmãos Castro;
d) No de Eike Batista, que Lula usou em 2013 com o empresário e o “homem do partido” no grupo EBX, Amaury Pires Neto, em visita ao Porto de Açu, quando fez papel de lobista em prol dos interesses de Eike;
e) No da Brasif Duty Free Shop, a mesma dona do Citation 560L PT-XIB, do qual José Dirceu comprou 50%, usando o delator Milton Pascowitch de laranja;
No avião dessa empresa, Lula levou até Dona Marisa em vez de sua “amiga íntima” Rosemary Noronha.
Diga aí, Brahma, em qual jato você vai agora, ou se vai de jumento, como disse que o povo poderia ir aos estádios da Copa, quando chamou de “babaquice” chegar lá dentro de metrô.
Não vai fazer propaganda da educação petista pelo país? Então.
Jumento combina mais.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
TV Bloomberg: Risco de impeachment aumenta para Dilma Rousseff. Americanos sabem mais que Geraldo Alckmin
O fracasso de Dilma Rousseff é um sucesso internacional.
Na TV Bloomberg, da revista americana de mesmo nome, o âncora Matt Miller debateu na segunda-feira com a comentarista Julia Leite e a estrategista Kathryn Rooney Vera, da consultoria Bulltick, o aumento dos riscos de impeachment para Dilma Rousseff e, também, de se investir no mercado brasileiro em meio à crise econômica e política.
Foram citados o índice de popularidade da petista abaixo dos 8% e, portanto, menor que a inflação que caminha para dois dígitos; a “profunda recessão” a um passo dos 2%; o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de partidos da base aliada, como o PTB e o PDT, com o governo; o escândalo de corrupção da Petrobras; a Operação Lava Jato; o panelaço nacional da última quinta-feira durante o programa do PT na televisão; e os protestos do próximo domingo, 16 de agosto, pelas ruas de todo o país.
Enquanto isso, o governador quase petista Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse à Folha:
“Essa questão de impeachment não está colocada neste momento, não há nenhuma proposta hoje de impeachment no Congresso Nacional. O que precisa agora é investigar, investigar e investigar e cumprir a Constituição. Só existirá nova eleição se anular a eleição passada, isso hoje não é discutido.”
Isso hoje é discutido no Brasil e no resto do mundo, mas Alckmin é monoglota e só entende tucanês paulista.
Que vergonha para Pindamonhangaba.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
O vale-tudo de Dilma Rousseff deixou o Brasil sem dinheiro. Veja o resumo do caos
No desespero para não cair, Dilma Rousseff fez mais um apelo:
“Vamos repudiar sistematicamente o vale-tudo para atingir qualquer governo, seja federal, estadual ou municipal. Quem acaba sendo atingido é a população. Tudo o que estamos fazendo tem o objetivo claro de dar condições para a gente entrar em um novo ciclo”.
A população já foi atingida. Quem a atingiu foi o desgoverno de Dilma Rousseff, com seu vale-tudo de gastos, de corrupção nas estatais e de maquiagens nas contas públicas para vencer as eleições fingindo ter o dinheiro que não tinha para executar os programas eleitoreiros com que iludiu as massas.
Os brasileiros não suportarão um “novo ciclo” de petismo no país. Veja o resumo do caos:
2015
Inflação
O mercado financeiro voltou a elevar a projeção da inflação para 2015, desta vez de 9,25% para9,32%, segundo o boletim Focus, do Banco Central. É o décimo sétimo aumento consecutivo. Se a expectativa se confirmar, esta será a maior inflação desde 2002.
Em apenas sete meses, a inflação já estourou o teto da meta do ano.
PIB
A estimativa de queda no Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,80% para 1,97%. É a quarta vez que o indicador foi revisto para baixo. Se concretizado, será o pior resultado do PIB desde 1990.
Juros
O mercado voltou a prever que a taxa básica de juros (a Selic) encerrará o ano em 14,25%, maior valor desde 2006.
Efeitos práticos
1) Em tempos de crédito mais caro, inflação nas alturas e medo de desemprego, consumidores têm sacrificado cartões e optado por pagar à vista para controlar melhor as finanças. O avanço da Selic desestimula a procura por crédito e reduz o consumo de forma geral.
2) As classes média e alta encaram a crise com cortes em alimentação, saúde e educação.
3) O comércio teve o Dia dos Pais mais fraco em seis anos, como consequência do desaquecimento da economia, influenciado por juros e inflação nas alturas.
4) A General Motors (GM) demitiu ao menos 200 trabalhadores neste fim de semana do Dia dos Pais e informou que “esgotou todas as alternativas para evitar demissões” no complexo industrial de São José dos Campos-SP, diante da expressiva redução da demanda no mercado brasileiro, “que registra queda em torno de 30%” desde janeiro de 2014. Em protesto contra as demissões, mais de 5.000 funcionários da fábrica entraram em greve nesta segunda.
5) A retração da economia provoca estragos generalizados nas contas dos governos estaduais. Pelo menos dezenove Estados fecharam os doze meses encerrados em junho de 2015 com queda real de receita, em comparação ao mesmo período de 2014.
(E por aí vai.)
2016
O mercado também piorou as estimativas para o ano que vem, por conta da deterioração da economia.
Os analistas agora preveem:
Inflação de 5,43%, ante 5,40% na semana passada;
PIB estacionado no zero, sendo que a projeção era de crescimento de 0,20%.
Mas pode ser ainda pior:
O Itaú Unibanco elevou sua previsão de retração para 2016 de 0,2% para 1%.
É por essas e outras que a população vai às ruas no domingo.
Vai mostrar a Dilma e PT que não vale tudo para permanecer no poder.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Governo teme protestos de 16 de agosto. Hora da pressão!
A coluna Painel, da Folha, informa:
“O Planalto dá como certo que as manifestações no eixo Rio-São Paulo e em Brasília no domingo devem ter grandes proporções. O receio é que os atos no Nordeste e em pequenas e médias cidades do país também sejam representativos.
Na análise de auxiliares do governo, a adesão em todo o país reforçaria que a avaliação negativa de Dilma é nacional, o que complicaria a tentativa de recompor a base aliada, sensível ao termômetro das ruas.”
Traduzindo:
O governo teme que uma forte pressão popular consiga fazer os deputados da base aliada votarem a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
A hora de pressionar é essa.
Avante, Rio, São Paulo, Brasília, Nordeste, pequenas e médias cidades!
O termômetro das ruas têm de ferver no domingo.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Exclusivo: Os bastidores da operação que matou Playboy e por que o Bope ficou de fora
Este blog obteve informações exclusivas sobre a operação que matou Playboy, o criminoso mais procurado do Brasil, no último sábado.
A informação inicial sobre a movimentação do traficante foi trazida pelo informante – popularmente chamado de X9 – de um sargento da PM lotado no 12º BPM (Niterói). Dava conta de que Playboy, todo dia 8 de agosto, fazia um trabalho com uma mãe de santo para ‘fechar o corpo’. Sabia-se, então, que ele sairia de uma festa e dormiria na casa de uma namorada. E, de manhã, faria a sessão espiritual.
Os alvos passaram a ser dois principalmente: a casa da jovem, na Rua Ayrton Senna, número 40, e o terreiro da Travessa Santa Mônica.
O PM decidiu levar a informação para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a mesma unidade que já havia sido bem sucedida em três outras caçadas recentes: do traficante Menor P, preso num apartamento em Jacarepaguá; e de Matemático e Marcelinho Niterói, que acabaram mortos em confrontos.
Nos dois casos mais espinhosos e que envolviam alto risco, tendo em vista que os alvos estavam entrincheirados dentro de favelas com forte poderio bélico, o Bope foi acionado para dar suporte terrestre. Desta vez, no entanto, depois que a informação chegou à Polícia Federal, a operação começou a ser montada em conjunto com a força especial da Polícia Civil, Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Nos bastidores da polícia fluminense, claro, todo mundo estranhou. O natural seria usar, mais uma vez, o Bope.
Oficialmente, ninguém quer falar sobre os casos de corrupção que vêm estilhaçando a credibilidade da unidade de elite da PM, mas este caso é um daqueles que não deixam dúvida quanto à desconfiança que vem tomando conta entre os próprios policiais: “Eles não conseguem mais controlar 450 homens. Então, fica difícil não haver vazamento”, diz um dos envolvidos na ação de Playboy.
O próprio tenente-coronel Antonio Goulart, da Coordenadoria de Inteligência da PM, parecia um tanto constrangido ao falar sobre o assunto no sábado. Em bate-papo com agentes federais, antes da entrevista coletiva oficial, admitiu: “O Bope está em processo de purificação”.
(* Matérias da VEJA sobre denúncias contra o Bope: aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.)
A relação de Playboy com policiais corruptos é assunto batido. Recentemente, VEJA mostrou vários problemas de corrupção, envolvimento com traficantes e vendas de armas. Playboy, claro, era um dos maiores beneficiados pela tal ‘impureza’ de alguns maus ‘caveiras’. E a PF, assim como a secretaria de Segurança Pública e o setor de inteligência, sabiam disso.
O curioso é que a PM não ficou de fora da operação. Participou com 20 homens escolhidos a dedo pela Coordenadoria de Inteligência. Foram outros 30 agentes da PF e 50 da Core, que acabou fazendo o cerco com ajuda de dois helicópteros da Polícia Civil.
Playboy estava com quatro seguranças na casa da namorada e todos entraram em confronto com a polícia, mas, encurralados pelo helicóptero, tiveram de fugir. As quatro motos foram abandonadas na fuga (um dos seguranças chegou a entrar na mata) e Playboy escapou por uma rua de trás.
Armado com uma pistola Glock, depois reconhecida por uma testemunha, o traficante atravessou o portão da casa 11 na Travessa Escrava Anastácia e expulsou os moradores, exigindo silêncio.
A dona da casa teve de levar na fuga o cachorro, que latia sem parar.
Outra testemunha depois corroborou em depoimento a versão dos agentes da Core: houve confronto e Playboy foi morto com um tiro no peito e outro na perna, enquanto revidava os disparos da polícia.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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