Mercado do boi continua pressionado e cotações no físico em São Paulo podem perder os níveis de R$140,00/@
A pressão sobre as cotações continua no mercado do boi gordo. Em São Paulo a referência no mercado físico já perdeu o patamar dos R$ 140,00 a arroba.
Com a mudança de postura dos frigoríficos, ajustando seus abates a baixa no consumo interno, houve uma pressão forte sobre a arroba nos últimos 30 dias, com os preços oscilando 1% para cima ou para baixo.
Neste contexto de mercado, os pecuaristas com receio de haver quedas mais significativas nos preços acabam promovendo uma oferta adicional de animais, que também favorece para a redução nas cotações. Segundo a analista da MBAgro, César de Castro Alves, a diminuição nas compras dos frigoríficos teve efeito no preço do boi, mas o mesmo não foi sentido nos preços da carne.
Do lado da demanda externa, Alves afirma que a prévia das exportações de carne 'in natura' mostra uma queda de 20% na média diária dos embarques, e que "será difícil outros mercados compensar rapidamente essa redução", explica.
Contudo, o segundo semestre - mesmo com a oferta de bois de confinamento - será um período de entressafra que poderá impor um limite na queda das cotações da arroba. "As previsões são de aumento para as intenções de confinamento neste ano, mas essas pesquisas foram feita com a arroba futura acima de R$ 145,00/@, mas esse brilho diminuiu e a tomada de decisão para o segundo giro está muito comprometida", afirma o analista.
Diante desse cenário a tendência dos preços para o segundo semestre deste ano é de ligeiras altas, haja vista o período de entressafra. Porém o consumo interno enfraquecido deve continuar impondo um teto para as cotações. Segundo Alves, a média de referência para esse período seria de R$ 145,00/@ "que é um número razoável desde que não tenhamos novidades como o fechamento de mais plantas".
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