Dólar sobe à máxima em mais de 12 anos no intradia por preocupação fiscal

Publicado em 24/07/2015 09:36

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava acima de 3,30 reais e atingiu o maior nível intradia em mais de 12 anos, ainda refletindo preocupações com os riscos ao grau de investimento brasileiro após os cortes nas metas fiscais do governo brasileiro.

Às 9h56, o dólar avançava 0,83 por cento, a 3,3232 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,3411 reais, maior nível desde 1º de abril de 2003, quando foi a 3,3550 reais no intradia.

O governo reduziu a meta de superávit primário deste ano para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra 66,3 bilhões de reais (1,1 por cento do PIB), previstos até então. Além disso, abriu a possibilidade de abater até 26,4 bilhões de reais que, no limite, pode até gerar novo déficit primário.

As metas para 2016 e 2017, por sua vez, caíram para o equivalente a 0,7 e 1,3 por cento do PIB, respectivamente. O objetivo anterior para cada um desses anos era de 2 por cento do PIB, percentual que agora só deverá ser alcançado em 2018.

"A drástica redução da meta para 2015, assim como o ajuste extremamente gradual esperado para os próximos anos, sublinha o esperado rebaixamento pela Moody's e pode também desencadear revisões por outras agências e a perda do grau de investimento", escreveram analistas do banco Brasil Plural em nota a clientes.

Nesse quadro, investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central se posicionará em relação a suas intervenções no câmbio, levando em conta que o fortalecimento do dólar tende a aumentar a inflação já elevada.

Mais tarde, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Operadores aguardavam com ansiedade o anúncio da rolagem dos contratos que vencem em setembro e correspondem a 10,027 bilhões de dólares. Se o BC sinalizar que deve continuar rolando cerca de 70 por cento dos contratos, como fez no mês passado, a tendência é que o dólar não volte a patamares mais baixos.

"Seria um sinal de que o BC está confortável com o dólar nesses níveis", explicou o operador de um importante banco internacional.

(Por Bruno Federowski)

No Infomoney: Levy não convence e dólar opera em alta superando R$ 3,30

O Ibovespa Futuro abre entre perdas e ganhos nesta sexta­feira (24) com um leve efeito de correção depois de cinco quedas consecutivas, culminando na perda dos 50 mil pontos no fechamento de ontem. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a dívida pública é gerenciável e que governo não jogou a toalha no ajuste, após dólar e juros disparem e bolsa recuar forte ontem por conta do corte da meta fiscal de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,15% do PIB. Do lado internacional as moedas e bolsas ligadas a commodities recuam depois de dados fracos da atividade econômica chinesa.

Às 9h06 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para agosto tinha leve alta de 0,04%, a 49.740 pontos. Já o dólar futuro também para agosto subia 1,14%, a R$ 3,34, passando dos R$ 3,30. Em teleconferência a analistas e investidores, Levy disse que a redução da meta fiscal não significa o fim do ajuste e que o governo não jogou a toalha. Ele falou na abertura do capital da IRB e de outros setores.

Enquanto isso, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), articula reunião com governadores para discutir pacto de governabilidade, segundo informações do Valor Econômico. Do lado corporativo, deve trazer impacto às ações de companhias educacionais a elevação dos juros do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) de 3,4% para 6,5% ao ano.

Leia a notícia na íntegra no site do Infomoney

No G1: Dólar opera em alta e chega aos R$ 3,34

O dólar segue em alta nesta sexta-feira (24), ultrapassando a barreira dos R$ 3,34, pressionado por preocupações com as condições fiscais do país após corte nas metas do governo.

Perto das 9h20, a moeda norte-americana tinha alta de 1,13%, cotada a R$ 3,34 na venda.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

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Fonte:
Infomoney + G1

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