Reestruturação nas indústrias com crise econômica e oferta curta de matéria prima cria novo cenário para negócios com arroba do boi
A crise econômica vivida pelo Brasil tem reduzido o consumo de carne bovina no mercado interno. Diante desse contexto as indústrias estão adequando suas operações de abate, e demandando menos pela arroba do boi gordo.
Com essa reestruturação os frigoríficos tem promovido uma pressão sobre os preços da arrobada. Em São Paulo os negócios acontecem a R$ 143,50/@, à vista, sem maiores baixas porque a oferta de matéria prima também é curta.
Além disso, segundo o analista Élio Micheloni, da Terra Investimentos, as escalas de abate atendem na média de 10 a 15 dias, reduzindo ainda mais a necessidade de compra das indústrias no curto prazo.
"Somente neste ano tivemos 40 unidades fechadas em todo o Brasil, e fazendo uma conta de 500 bois/dia são 20 mil bois a menos abatidos, mesmo assim não conseguimos as outras unidades escalando muito", afirma Micheloni.
No entanto, segundo ele não há represamento de animais por parte do pecuarista, e o mercado não possui um "volume suficiente de bois para derrubar o mercado". Por isso, o fator principal para as baixas do preço da arroba neste momento é a demanda.
Cerca de 70% da produção pecuária bovina do país é destinada ao consumo interno, e apenas 30% é disponibilizada no mercado interno.
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