Com fechamento de plantas, frigoríficos tentam se readequar à realidade de mercado, com oferta curta de animais e demanda fraca por carne
A demanda enfraquecida tem provocado uma pressão sobre a arroba do boi gordo. Os frigoríficos estão ajustando seus abates, fechando plantas, ou reduzindo a capacidade de operação para se adequar ao cenário de pouco consumo.
A demanda externa também tem ficado abaixo das expectativas. Segundo Caio Toledo Godoy, analista da XP Investimento, estimava-se para a primeira semana de julho uma média de 19 a 20 milhões de toneladas de carne ‘in natura’ embarcada, porém a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou em seu ultimo levantamento que na média dos 3 primeiros dias úteis do mês, a exportação foram de 13,2 milhões de toneladas. E "se comparado ano contra ano, a exportação também está em queda, e o projetado para o mês de julho também é de baixa", afirma Godoy.
Com a demanda interna e externa enfraquecida, os frigoríficos ajustam seus abates e ofertam menos preços na arroba do boi gordo. Em São Paulo, os negócios acontecem a R$ 145,00/@ à vista, mas as indústrias de maior porte pressionam até R$ 4,00 abaixo da referência.
"Os frigoríficos menores devem sofrer um pouco mais, e os frigoríficos maiores vão tentar se readequar a nova realidade do mercado interno e externo", afirma Godoy. Diante desse cenário, a expectativa é de estabilidade dos preços no curto prazo, haja vista que a oferta de animais ainda é restrita.
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