Financeiro: Bovespa cai nesta 2ª seguindo mercados mundiais com temores com a Grécia
IBOVESPA - o índice opera em queda nesta segunda feira (29) um dia antes do vencimento da dívida de 1,6 bilhão de euros e a grande possibilidade de default da Grécia e com isso a permanência do país na zona do euro fica ameaçada. No dia 5 de julho haverá um referendo para a população decidir se aceita as medidas de austeridade imposta pelos credores.
Na Ásia os índices despencaram, fato que também ocorre com os índices pela Europa.
Segundo analistas do Royal Bank of Scotland (RBS) em relatório, "a chance de um acordo até o começo do fim de semana parecia de 50%, mas agora estamos com zero e uma grande dose de incerteza adicional surgiu com o anúncio do referendo grego, o congelamento da linha de liquidez emergencial do BCE (Banco Central Europeu) e o esperado atraso no pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana".
Para analistas o maior risco é de contagio para outros países da zona do euro, mas o risco é menor do que há alguns anos. "Primeiro porque os bancos europeus já reduziram bastante sua exposição à Grécia. Depois, porque outras economias consideradas vulneráveis do bloco, como Espanha, Portugal e Irlanda, estão caminhando na direção de colocar suas contas em dia e retomar o crescimento", diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria em entrevista à BBC.
O risco para países emergentes é o de um default grego gerar uma forte aversão ao risco entre investidores internacionais. Para o analista da Spinelli, Elad Revi, a situação gera incertezas em escala global. "Quanto ao que afeta diretamente o Brasil, pensemos que, no caso de, de fato, a Grécia ‘defaultar’, o fluxo de capital mundial se volta diretamente ao que chamamos de porto-seguro, então, Franco Suiço, Ouro, EUA por exemplo. Brasil, infelizmente não está nesse conjunto, logo, sai capital estrangeiro daqui; por essa e outras 'n' razões claro. Saindo capital daqui afeta diretamente bolsa e câmbio em um primeiro instante", explica.
No cenário brasileiro, o relatório Focus trouxe as projeções para o PIB em 2015 que oscilou para uma queda de 1,49, ante 1,45% na semana anterior. Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as projeções são de avanço de 9% este ano. As projeções para a Taxa Selic também sofreu alteração, foram elevadas de 14,25% para 14,50%.
Hoje a presidente Dilma Rousseff esta nos EUA para se reunir com o presidente norte-americano Barack Obama, para assinar acordos comerciais.
O mercado repercute também a delação premiada do executivo da UTC, Ricardo Pessoa, tido como chefe do cartel de empresas que atuava na Petrobras, onde detalha como teria financiado despesas “de 18 figuras coroadas da República”, segundo a Revista Veja.
PETROBRAS - as ações tem leve alta, hoje a empresa divulgou o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. O plano reduziu os investimentos totais em 37% quando comparados ao plano anterior. O desenvestimento em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). O segmento de Exploração e Produção concentrará 83% dos investimentos previstos, um total de US$ 108,6 bilhões, dos investimentos da área, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para suporte operacional. De acordo com a empresa, ainda serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré- sal. Na atividade de exploração no país, os investimentos estão concentrados no Programa Exploratório Mínimo de cada bloco.
No abastecimento serão destinados 10% do plano de investimentos total. A área consumirá US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, 10% na Distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj, no Rio de Janeiro, para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros.
Já na área de Gás e Energia tem alocados US$ 6,3 bilhões, 5% do total de investimentos, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).
A empresa ainda informou que 2% do total de recursos serão destinados a demais áreas.
A empresa também revisou o programa de desinvestimentos, de US$ 13,7 bilhões para US$ 15,1 bilhões, para o biênio 2015/2016, com variação positiva de 10,20%, mas não divulgou lista de ativos.
O plano de negócios parte de uma proposta de um barril a US$ 60 em 2015 e a US$ 70 no período entre 2016 e 2019. Foi considerado um dólar a R$ 3,10 neste ano, R$ 3,26 no próximo ano, R$ 3,29 entre 2017 e 2019 e R$ 3,56 em 2020.
O plano prevê também ganhos de US$ 42,6 bilhões entre 2017 e 2018 com esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais.
VALE - as ações registram quedas nesta sessão. Hoje, os preços do minério de ferro no mercado à vista da China recuaram e os contratos futuros de aço na Bolsa de Xangai atingiram um novo recorde de baixa devido a uma demanda fraca e um excesso de oferta, apesar das medidas do governo para minimizar a desaceleração da economia. O Banco Central chinês reduziu em 25 pontos-base a taxa de juros local (para 4,85% da taxa de empréstimo e 2% da taxa de depósito). Junto com isso, também cortou em 50 pontos-base a taxa de compulsório.
PREÇOS DE SOJA E MILHO NOS PORTOS
SOJA PARANAGUÁ R$ 71,50 (julho/15)
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