PIB dos EUA no 1o tri é revisado para mostrar leve contração de 0,2%
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A economia norte-americana registrou contração no primeiro trimestre, porém menos do que estimado anteriormente, uma vez que enfrentou clima desfavorável, dólar forte, cortes de gastos no setor de energia e paralisações nos portos da Costa Oeste do país.
O Departamento do Comércio informou nesta quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu a uma taxa anual de 0,2 por cento no trimestre de janeiro a março, em vez da contração de 0,7 por cento relatada no mês passado.
Porém, o crescimento desde então se recuperou no segundo trimestre à medida que a pressão temporária das nevascas anormalmente pesadas e das disputas nos portos desapareceu. Varejistas registraram fortes vendas em maio e empregadores aceleraram as contratações. O setor imobiliário também está se fortalecendo.
Um ritmo de gastos dos consumidores mais forte do que estimado anteriormente foi o principal responsável pela revisão para cima. Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi revisado para cima a um ritmo de expansão de 2,1 por cento, ante taxa de crescimento de 1,8 por cento informada no mês passado.
Com a poupança pessoal crescendo a um ritmo robusto de 720,2 bilhões de dólares, os gastos de consumidores podem acelerar no segundo trimestre. Os gastos podem ser impulsionados também pelo patrimônio crescente das famílias à medida que os preços de moradias avançam.
Apesar de o crescimento das exportações ter sido revisado para cima, isso foi compensado por uma revisão para cima também das importações, resultando num déficit ainda grande que tirou quase 2 pontos percentuais do PIB.
A revisão do PIB ficou em linha com expectativas de economistas.
FORÇA DE FUNDAMENTOS
A economia registrou crescimento de 2,2 por cento no quarto trimestre.
No entanto, a fraqueza do primeiro trimestre provavelmente não é um reflexo verdadeiro da saúde da economia. Economistas, incluindo os do Federal Reserve de São Francisco, dizem que um problema com o modelo que o governo norte-americano usa para aliviar flutuações sazonais dos dados, também contribuiu com a pressão sobre o número do PIB.
O governo disse no mês passado que está ciente do problema potencial e que está trabalhando para lidar com ele quando publicar as revisões anuais do PIB em julho.
Quando medida pelo lado da renda, a economia cresceu a um ritmo de 1,9 por cento no primeiro trimestre, e não 1,4 por cento como informado anteriormente. Um indicador do crescimento da demanda doméstica foi revisado em 0,4 ponto percentual, alcançando taxa de 1,2 por cento.
Economistas estimam que nevascas anormalmente pesadas em fevereiro tiraram ao menos um ponto percentual do crescimento.
As estimativas para gastos em equipamentos foram pouco alteradas. Os desembolsos empresariais foram prejudicados pelo dólar forte e pelos preços mais baixos de energia.
As empresas acumularam um pouco mais de estoques do que havia sido estimado antes no primeiro trimestre, o que pode significar que tiveram poucos incentivos para continuar aumentando os estoques no trimestre atual.
O valor dos estoques acumulados no primeiro trimestre foi revisado para cima mostrando aumento de 99,5 bilhões de dólares ante 95 bilhões informados no mês passado. Como resultado, os estoques contribuíram com 0,45 ponto percentual ao PIB, em vez de 0,33 ponto percentual como havia sido relatado.
Os estoques podem representar uma pressão no PIB do segundo trimestre.
Para mais informações, veja a matéria em inglês:
(Por Lucia Mutikani)
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