Milho: Mercado acompanha ganhos dos contratos vizinhos e exibe valorização de mais de 2% na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira (22) em campo positivo. Durante as negociações, as cotações reverteram as perdas e fecharam o dia com altas entre 4,75 e 6,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,51 por bushel.
Segundo dados da Farm Futures, o mercado subiu 2% ajudado pelos fortes ganhos observados nos contratos vizinhos, da soja e do trigo. Além disso, as especulações sobre uma possível redução nas condições das lavouras de milho nos EUA também deram suporte aos futuros do cereal.
Com as recentes chuvas no Meio-Oeste norte-americano, a perspectiva é que o departamento revise para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o órgão informou que cerca de 73% das plantações do cereal estavam em boas ou excelentes condições, percentual abaixo do divulgado anteriormente, de 74%.
"O milho, assim como a soja, precisa de tempo mais seco, mas parece aguentar melhor a situação dos campos encharcados. As lavouras semeadas primeiramente no Meio-Oeste estão indo bem, enquanto que, as cultivadas mais tarde mostram stress com a umidade", destaca o editor da Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Por outro lado, as previsões climáticas oficiais indicam condições mais secas para o Corn Belt nos próximos 8 a 14 dias. Já as tempestades da semana anterior trouxeram precipitações cerca de 200% acima da média para quase três quartos da safra de milho, com mais chuvas para o noroeste do Cinturão produtor do grão, conforme destaca o site Farm Futures.
"Em contrapartida, as previsões alongadas não mostram uma ameaça de calor para julho, o que poderia afetar a polinização das plantas. Embora as fortes chuvas poderiam cortar a área cultivada, as perdas não seriam suficientes para reverter os grandes estoques da safra passada", disse Bryce Knorr.
Além disso, outra variável que também deu suporte aos preços do cereal foi o boletim de embarques semanais do USDA. Até a semana encerrada no dia 18 de junho, as vendas de milho ficaram em 1.105,25 milhão de toneladas, frente as 1.100,45 milhão de toneladas indicadas na semana anterior. No acumulado total da temporada, o volume embarcado soma 34.876,07 milhões de toneladas, contra as 46.360,00 milhões de toneladas estimadas pelo USDA para o período.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, o preço da saca do milho para entrega em outubro/15 caiu 1,82% nesta segunda-feira (22), e fechou a R$ 27,00. Mesmo com os ganhos no mercado internacional, a queda do dólar, que terminou o dia a R$ 3,08, com queda de 0,64%, acabou pesando sobre as cotações, conforme destacam os analistas.
Em Ubiratã (PR), o preço subiu 1,05%, para R$ 19,20 a saca do milho. Na contramão desse cenário, em São Gabriel do Oeste (MS), os valores recuaram 0,57%, com a saca a R$ 17,50. As informações fazem parte do levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
Em meio ao avanço da colheita da segunda safra no Brasil, as cotações do cereal permanecem pressionadas no mercado interno. Contudo, a perspectiva é que com o aquecimento das exportações do grão a pressão nos preços recue, de acordo com boletim do Cepea divulgado nesta segunda-feira.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
0 comentário
Milho abre a sexta-feira voltando a subir em Chicago
Preços do milho dobraram com relação aos da colheita, mas começam a entrar em recuos de final de ano
Safras & Mercado eleva previsão para o milho do Brasil com otimismo sobre safrinha
Milho amplia quedas em Chicago nesta 5ªfeira com especuladores aumentando as vendas
Dólar alto nos Estados Unidos pressiona e milho abre a 5ªfeira com leves recuos em Chicago
Radar Investimentos: Os preços do milho no spot ficaram estáveis nesta quarta-feira