Manifestantes atacam comitiva de senadores brasileiros na Venezuela

Publicado em 18/06/2015 18:24

Na Folha: Venezuela fecha estrada onde passaria comitiva brasileira

O veículo que transporta uma comitiva de senadores brasileiros, que viajaram nesta quinta-­feira (18) a Caracas para se reunir com opositores do governo, ficou parado na saída do aeroporto Simón Bolívar por causa de um bloqueio policial em uma estrada próxima. 

Como o veículo não conseguiu passar de uma alça de acesso à estrada que leva a Caracas, a comitiva de senadores decidiu voltar ao aeroporto. 

A delegação, que viajou a bordo de um avião da FAB, é comandada por Aécio Neves (PSDB­MG) e pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB­-SP). 

Leia a reportagem completa no site da Folha

 

Na Veja: Manifestantes atacam comitiva de senadores brasileiros em Caracas

Chavistas cercaram o ônibus que transporta os senadores e, aos gritos, deram tapas na lataria do veículo. Segundo o senador Ronaldo Caiado, manifestantes jogaram pedras

A comitiva de senadores de oposição do Brasil foi cercada por manifestantes em Caracas e, segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM), o ônibus foi apedrejado. A comitiva estava a caminho do presídio onde tentariam visitar Leopoldo López, preso político do governo venezuelano comandado por Nicolás Maduro. Os manifestantes aproveitaram o trânsito engarrafado para cercar o ônibus em que estava os senadores com os gritos de guerra "Chávez não morreu, se multiplicou" e "Fora, fora". Em seu Twitter oficial, o senador Aécio Neves (PSDB) escreveu: "Estamos em Caracas, sitiados em uma via pública. Nossa van foi atacada por manifestantes". A comitiva estava acompanhada de batedores da Polícia Militar da Venezuela.

Com o trânsito travado devido "a obras de manutenção", o ônibus com os senadores brasileiros teve de retornar ao aeroporto, mas o terminal onde está o avião da FAB que os aguarda foi fechado. Enquanto o terminal não abre eles aguardam dentro do ônibus. Além de Aécio e Caiado, a comitiva é composta pelos senadores Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB) e Sérgio Petecão (PSD). A ex-deputada venezuelana oposicionista Maria Corina Machado, cassada pelo Parlamento chavista, também acompanha os senadores brasileiros. Os manifestantes deram tapas na lataria do ônibus, que também transporta esposas dos políticos opositores venezuelanos presos.

Segundo o senador Cássio Cunha Lima, logo após desembarcarem em Caracas, ao ingressarem no ônibus, batedores tentaram conduzir o grupo diretamente para o presídio, impedindo desta forma que os parlamentares fossem recebidos pelas esposas dos políticos presos e pela imprensa que aguardava o grupo no saguão do aeroporto. Ainda segundo Cássio Cunha Lima, ao deixarem a aeronave, eles foram filmados pelos militares. "Tivemos que furar o cerco dos batedores venezuelanos para podermos nos encontrar com as esposas", disse.

Na chegada, Aécio Neves ressaltou que as manifestações não só da região, mas de representantes de entidades de outras partes do mundo, podem "sensibilizar" as autoridades venezuelanas para marcar eleições livres e libertar os presos políticos. Há expectativa de que representantes do Parlamento europeu desembarquem nas próximas semanas em Caracas em defesa da libertação dos presos políticos. A visita dos parlamentares brasileiros à Venezuela foi considerada pela deputada Maria Corina Machado, "um gesto histórico". "O governo da Venezuela não quer que o mundo conheça a nossa realidade de perseguição da imprensa e separação dos poderes", disse.

'Manutenção' - O clima na chegada dos parlamentares brasileiros a Caracas foi de muita tensão. Neste momento, o comboio de carros que acompanha os senadores está parado no trânsito por causa de uma manutenção em um túnel da rodovia que liga Caracas à região onde fica o presídio militar de Ramo Verde. De acordo com Maria Corina, a manutenção não estava programada e foi armada para impedir a comitiva de visitar os presos políticos.

Chavista no Brasil - Há menos de dez dias atrás, o presidente do Parlamento venezuelano, o chavista Diosdado Cabello, veio ao Brasil e se encontrou com Lula, com deputados governistas e outros simpatizantes do governo venezuelano. É importante salientar que, com as amizades certas dentro e fora do governo petista, Cabello teve trânsito livre no Brasil.

Leia a reportagem no site da Veja

 

Nicolás Maduro, queridinho de Dilma e do PT, manda cercar Caracas para barrar passagem de senadores brasileiros; milícias bolivarianas atacam veículo em que estavam parlamentares

Se havia alguma dúvida — e as pessoas decentes já não tinham nenhuma — de que o governo da Venezuela é composto por um bando de fascistoides asquerosos, agora não há mais. Forças policiais, a serviço do presidente Nicolás Maduro, bloquearam as principais vias de Caracas e impediram a comissão de senadores brasileiros de chegar ao presídio onde se encontram três líderes da oposição. Eles mal conseguiram sair das imediações do aeroporto Simón Bolívar.

Isso já bastaria para caracterizar um ato de agressão não àqueles parlamentares, mas ao Brasil. Os senadores que lá estavam representam o Parlamento. Existe um tratado de reciprocidade que dispensa a concessão de visto para a entrada de brasileiros naquele país e vice-versa. Mas houve mais do que o bloqueio: milícias a serviço do regime cercaram o carro onde estavam os senadores, atacando o veículo com chutes e socos.

Agentes da Polícia Nacional Bolivariana admitiram à reportagem da Folha que houve uma ação orquestrada do governo para impedir que os brasileiros chegassem à prisão. Disse um deles: “É evidente que é uma sabotagem. Quando vem uma autoridade estrangeira, nós os escoltamos em fluxo, contrafluxo ou em qualquer circunstância”.

Integram a comitiva Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC). Na van em que se encontravam os senadores estavam a deputada cassada María Corina Machado, a mãe de Leopoldo López, que é um dos prisioneiros, e sua mulher, Lilian Tintori, que entrou em pânico, com medo de ser reconhecida e linchada.

Eis a Venezuela de Nicolás Maduro.

Na semana passada, na Bélgica, Dilma fez uma candente defesa da Venezuela, repudiando qualquer forma de sanção àquela ditadura. Que se note: até agora, os EUA se limitaram a impedir a entrada de figuras de proa do governo. Não houve nenhuma medida restritiva contra o país propriamente.

No dias 9 e 10 deste mês, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Instituto Lula Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional e número dois do regime. O homem é investigado nos EUA por suas ligações com o tráfico de drogas. Segundo seu ex-chefe de segurança, que se exilou, Leamsy Salazar, ele é o número dois do regime, sim, mas o número um do narcotráfico no país.

Dilma convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para uma reunião no Palácio do Planalto. Vamos ver qual será a reação do governo brasileiro, sempre tão servil aos destinos do regime bolivariano.

Por Reinaldo Azevedo

 

A presidente Dilma Rousseff pediu ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que o Itamaraty fale em nome do governo sobre a situação dos senadores de oposição que foram à Venezuela.

Dilma e Vieira conversaram várias vezes nesta quinta-feira (18), pessoalmente e por telefone, sobre o assunto.

  Reprodução/Twitter/@MariaCorina  
Senadores brasileiros se encontram com oposicionistas perto do aeroporto de Caracas
Senadores brasileiros se encontram com oposicionistas perto do aeroporto de Caracas

Segundo auxiliares da presidente, a ordem é para que o órgão, ao tratar do tema, não preste solidariedade aos senadores, mas fale do que aconteceu na chegada da comitiva de parlamentares brasileiros a Caracas.

O episódio irritou Dilma, dizem assessores, que viu "viés político" na viagem de Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e outros senadores à capital da Venezuela.

Mauro Vieira esteve no Palácio do Planalto no fim da tarde desta quinta em uma reunião com empresários e outros ministros que tratou da relação entre Brasil e Estados Unidos. Dilma viaja a Washington no fim do mês.

Ao final do encontro, os dois se falaram reservadamente e, depois, mais algumas vezes por telefone.

 

Vídeo – Fascistas de Nicolás Maduro, o amigão de Lula e Dilma, cercam senadores brasileiros e tentam agredi-los

Por Reinaldo Azevedo

 

Exclusivo – Aécio relata o cerco aos parlamentares brasileiro e tem de interromper a entrevista de repente

Aécio Neves concedeu há pouco uma entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na rádio Jovem Pan. Entrou no ar ao vivo, enquanto o carro em que estava se encontrava cercado por milicianos de Nicolás Maduro. A entrevista teve de ser interrompida às pressas por razões de segurança. A entrevista está aqui, entre 13min25s e 19min21s.

Leia a transcrição do relato do senador.

“Nós viemos à Venezuela, e falo com você, Reinaldo, diretamente de Caracas, numa missão oficial do Parlamento brasileiro, que tem caráter humanitário, de solidariedade aos presos políticos, clamando por sua liberdade, e também fazer coro com manifestações de várias partes do mundo em busca da definição da data das eleições parlamentares, que ainda não foram marcadas.

Ao chegar aqui, nós fomos recebidos da pior maneira possível. Uma milícia organizada, provavelmente pelo governo, cercou nosso automóvel, tentando agredir senadores, tentando quebrar os vidros. Tivemos de sair da via principal, ficamos ilhados. Estamos há cinco horas ilhados numa van, sem condições de ir e vir.

Estamos conseguindo agora o retorno até o aeroporto, absolutamente sem qualquer apoio logístico. A verdade é que decidiram impedir que chegássemos à prisão onde está Leopoldo López. Estou aqui ao lado da mãe de Leopoldo. Não nos deixaram chegar a lugar nenhum.

Cometeram, Reinaldo, o absurdo de interromper todas as vias de Caracas. Caracas está um caos. Nós recebemos fotos de blindados da polícia interrompendo as principais vias para que não pudéssemos chegar a lugar nenhum.

Se alguma dúvida existia sobre o que se passa na Venezuela, não existe mais. Trata-se de um regime de exceção.

Reinaldo, Reinaldo, estamos sendo instados a mudar de carros por causa de segurança. É inacreditável o que se passa aqui! Nós vamos cobrar uma posição firme do governo brasileiro de repulsa e condenação ao que ocorre aqui. Muito do autoritarismo vergonhoso da Venezuela é responsabilidade da omissão e da solidariedade do governo brasileiro com o da Venezuela. Reinaldo, Reinaldo, estão pedindo que eu saia rapidamente… Reinaldo, estou tendo de sair rapidamente…”

Por Reinaldo Azevedo

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Fonte:
Folha+Veja

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5 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    https://dolartoday.com/venezuela-te-necesita-vivo-salud-de-leopoldo-lopez-en-estado-critico-tras-24-dias-en-huelga-de-hambre/

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    https://dolartoday.com/zonas-de-paz-impunidad-corredores-para-el-libre-comercio-de-la-droga-lider-de-banda-lo-cuenta-todo/

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    https://dolartoday.com/mientras-maduro-habla-de-invasion-y-magnicidio-bandas-de-delincuentes-se-unen-para-enfrentar-la-policia/

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    https://dolartoday.com/se-les-cayo-la-mentira-ministerio-publico-encontro-llamados-la-violencia-en-tuits-de-leopoldo-lopez/

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Vejo uma foto dessas e sinto orgulho de ser brasileiro. Os senadores do meu País, de mãos com mulheres guerreiras, esposas de presos politicos, escravizados pelo regime chavista na Venezuela. As milicias bolivarianas dominaram aquele País Venezuela, e o que os nossos senadores sofreram ontem é o que os Venezuelanos (que se opõem ao regime de Maduro) sofrem todos os dias...Paralelo a tudo isso, aqui vocês podem ver uma noticia sobre a Odebrecht brasileira, aquela cujo consultor é ninguém menos que o sr. Lula da Silva: https://dolartoday.com/robando-manos-llenas-empresa-brasilena-odebrecht-cobra-3-veces-mas-en-venezuela-por-trabajos-de-construccion-del-del-metro/

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