Milho: Em Chicago, mercado testa reação na manhã desta 3ª feira após perdas acentuadas
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras altas na manhã desta terça-feira (16). Por volta das 8h09 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,50 por bushel, depois de fechado o pregão anterior a US$ 3,48 por bushel.
Após as quedas expressivas observadas recentemente, o mercado testa uma reação na sessão de hoje. O foco dos investidores continua no clima nos Estados Unidos e possíveis impactos das chuvas nas lavouras do cereal. Por enquanto, a posição do mercado é de que as precipitações têm contribuído para o desenvolvimento da cultura.
"A perspectiva é que as precipitações estão beneficiando as lavouras do cereal até o momento. E essa atitude deverá continuar a menos que os relatórios semanais de condições das lavouras mostrem que as chuvas estão prejudicando a cultura", disse Bob Burgdorfer, editor do site Farm Futures.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras. Até o último domingo (14), cerca de 97% das plantações de milho já tinham emergido, índice bem próximo da média, de 95%. Porém, acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 96%.
Além disso, o órgão também apontou que 73% das lavouras estão em boas ou excelentes condições. O número ficou abaixo do indicado na semana anterior, de 74%. Cerca de 22% das lavouras estão em situação regular e 5% apresentam condições ruins ou muito ruins. Na semana passada, os números eram de 22% e 4%, respectivamente.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Na CBOT, investidores observam o clima nos EUA e mercado fecha sessão com quedas acentuadas
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho fecharam a sessão desta segunda-feira (15) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 4,75 e 6,25 pontos. O vencimento julho/15 voltou a trabalhar abaixo dos US$ 3,50 por bushel e, encerrou o pregão a US$ 3,48 por bushel, cenário que não era registrado desde o final do mês de maio.
Conforme dados do site Farm Futures, as cotações do cereal foram pressionadas pelas previsões de chuvas no Meio-Oeste dos EUA. "A perspectiva é que as precipitações estão beneficiando as lavouras do cereal até o momento. E essa atitude deverá continuar a menos que os relatórios semanais de condições das lavouras mostrem que as chuvas estão prejudicando a cultura", disse Bob Burgdorfer.
Ainda segundo levantamento realizado pelo site norte-americano, cerca de 92% das lavouras do cereal receberam chuvas acima da média na última semana. Já os mapas para os próximos sete dias indicam que em torno de 64% das plantações poderão receber 50,8 mm de precipitações, enquanto que 73% deverá receber chuvas acima da média nos próximos 8 a 14 dias.
"As lavouras norte-americanas ainda estão no início do estabelecimento e as imagens que chegam da localidade mostram o encharcamento em algumas regiões. O milho é uma cultura bastante sensível ao encharcamento, que diminui o oxigênio e, consequentemente, há um menor desenvolvimento do sistema radicular e uma menor absorção dos nutrientes", afirma o fisiologista brasileiro, Elmar Floss.
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado no final da tarde hoje. Na semana anterior, o órgão indicou o plantio do cereal da safra 2015/16 completo e, em torno de 75% das plantações apresentam boas ou excelentes condições.
Além disso, os preços do cereal recuaram acompanhando as fortes quedas observadas no trigo. Na CBOT, os principais contratos do trigo acumularam perdas de mais de dois dígitos nesta segunda-feira. "Por outro lado, os agricultores estão aproveitando o tempo de inatividade nas lavouras devido às chuvas para vender mais de sua safra 2014, o que ajuda a manter o mercado pressionado", ressalta Burgdorfer.
Já os embarques semanais ficaram em 1.100,455 milhão de toneladas até a semana encerrada no dia 11 de junho. O reporte ficou acima das apostas do mercado, que estavam entre 740 mil a 940 mil toneladas do grão. Na semana anterior, o volume indicado ficou em 749,995 mil toneladas de milho.
No acumulado total da temporada, o volume embarcado totaliza 33.762,356 milhões de toneladas, contra as 35.985,993 milhões de toneladas projetadas pelo USDA para o período. Ainda hoje, o departamento também informou a venda de 120 mil toneladas de milho para o Japão, o volume deverá ser entregue na safra 2014/15. Entretanto, as notícias não foram fortes o suficiente para alavancar os preços do cereal na sessão desta 2ª feira.
Mercado interno
Em Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 encerrou a segunda-feira (15) a R$ 27,00, com queda de 1,82%. Apesar da reação no câmbio, que terminou a sessão a R$ 3,12, com ganho de 0,35%, as perdas acentuadas observadas no mercado internacional foram determinantes para o recuo na cotação.
No mercado interno, os preços se firmaram nos últimos dias, frente a intensificação de contratos e os bons volumes exportados, informou o Cepea nesta segunda-feira. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, com referência para a região de Campinas (SP) registrou ligeira queda de 0,24%, no período de 5 a 12 de junho, fechando em R$ 24,79 a saca de 60 kg na última sexta-feira.
Entretanto, na região de Guaíra (PR), as cotações permanecem mais baixas, ao redor de R$ 19,00 a saca. "Nesses patamares, temos produtores que irão ficar devendo. Precisamos produzir muito para obter lucro. Alguns agricultores conseguiram fechar negócios antecipados entre R$ 24,00 a R$ 25,00 a saca do milho. Porém, muitos ficaram esperando o valor chegar a R$ 30,00 e agora terão que vender o cereal a R$ 19,00”, diz o presidente do Sindicato Rural do município, Silvanir Rosset.
Exportações brasileiras
No acumulado até a segunda semana de junho, as exportações brasileiras de milho somam 68,4 mil toneladas, com média diária de 7,6 mil toneladas do grão. Em comparação com o mês anterior, a média diária exportada representa um crescimento de 291,7%. No mês de maio, os embarques totalizaram 38,8 mil toneladas do grão, com média diária de 1,9 mil toneladas.
O volume embarcado também está acima do registrado no mesmo período de 2014, quando as exportações ficaram em 87,6 mil toneladas do cereal, com média diária de 4,4 mil toneladas. Com isso, o número representa um crescimento de 73,6% na quantidade exportada na comparação com igual período do ano anterior.
Já a receita com as exportações do grão renderam ao país US$ 11,3 milhões no período acumulado até a segunda semana de junho. A média diária foi de US$ 1,3 milhão. Em relação ao mês passado, a receita diária apresentou um crescimento de 266,1%. Em maio, o número foi de US$ 6,8 milhões, com média diária de US$ 0,3 milhão.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta segunda-feira (15).
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