Franceses perguntam: "por que chamam o Brasil de fazenda do mundo?" (no Google/Folha)
'Quem descobriu o Brasil?' lidera buscas sobre o país em Portugal
PATRÍCIA CAMPOS MELLODE SÃO PAULO
Quando os portugueses vão ao Google pesquisar sobre o Brasil, a busca mais recorrente é "quem descobriu o Brasil?" (o português Pedro Álvares Cabral), seguida de perto por "quem colonizou o Brasil?" (os portugueses).
Para mapear a imagem do Brasil no mundo, o Google levantou, a pedido daFolha, o que os cidadãos de alguns países buscam em seu site sobre o país desde 2004.
Afora os resultados no mínimo curiosos sobre os portugueses, o levantamento mostra que o Brasil começa a se livrar dos clichês "samba, futebol e carnaval".
Hoje em dia, quando os americanos se lembram do Brasil, pensam em coisas como "Brazil butt lift" (cirurgia para aumentar as nádegas) e "semillas de Brazil" (sementes supostamente emagrecedoras que não são brasileiras) e "Brazilian wax" (depilação de todos os pelos pubianos).
Os termos mais buscados nos EUA, porém, refletem o pouco conhecimento sobre o Brasil. Variações das perguntas "onde fica o Brasil?", "em que país fica o Brasil?" e "que língua é falada no Brasil?" são as mais comuns na ferramenta de busca.
A ignorância também permeia as buscas mais frequentes dos internautas do Iraque, como "qual é o idioma?", "onde fica?" e "qual é a capital?". Mas é o sexo não sai da cabeça dos iraquianos quando pensam no Brasil. O termo mais buscado por eles é "praias de nudismo Brasil", seguido de "sexo" e "mulheres sexy do Brasil".
AVENIDA BRASIL
No Google argentino, a maioria esmagadora das perguntas relacionadas ao Brasil está ligada à novela "Avenida Brasil", exibida pela TV Globo em 2012 e retransmitida no país vizinho no ano passado, com igual sucesso de audiência. "Quando termina a novela?", "como termina?", "quem matou Max?", "como se chama o Jorgito?", estão entre as questões mais frequentes.
Além da novela global, o futebol está entre os principais tópicos buscados pelos argentinos, além de maneiras para viajar ao Brasil. Eles invadem as praias brasileiras também por meio do Google: entre os termos mais procurados estão Fortaleza, Natal, Bonito (MS), Itapema (SC), Florianópolis e Torres (RS).
Já as buscas dos venezuelanos refletem a realidade econômica do país: "como emigrar da Venezuela para o Brasil?" e "como trazer um carro do Brasil para a Venezuela?" são algumas das mais comuns.
Os franceses são os que mais destoam, com perguntas mais elaboradas. "Quais as particularidades da presidente Dilma?", "o Brasil produz para alimentar sua população ou para vender?" e "por que chamam o Brasil de fazenda do mundo?", estão entre as principais.
Preços das commodities acentuam queda
MAURO ZAFALON - [email protected]
A Secretaria de Comércio Exterior divulga semanalmente uma lista de acompanhamento de preços e de volume de 22 produtos exportados pelo país.
Os dados desta segunda-feira (15) indicaram que todos os produtos estão com queda de preços, em relação aos valores de 2014, afetando a balança comercial.
Na parte dos agrícolas, o destaque fica para a soja, que tem um valor médio de US$ 384 neste mês, 26% inferior ao de igual período de 2014.
O que salva esse setor é o bom volume que está sendo exportado. Em apenas nove dias úteis, as vendas externas de soja em grãos já somam 4,6 milhões de toneladas.
Mantido esse ritmo até o final do mês, o país deverá colocar o recorde mensal de 10,6 milhões de toneladas no mercado externo.
Apesar da queda dos preços da oleaginosa, as receitas obtidas pelos exportadores aumentam. Somaram US$ 1,8 bilhão nos nove primeiros dias úteis do mês, 9% mais do que em junho de 2014.
Considerando volume e preço atual, a exportação de soja em grãos poderá render US$ 4,1 bilhões para o país apenas neste mês, tomando com base dados da Secex.
Se o líder do agronegócio --a soja-- ainda mantém elevação das receitas neste mês, ante igual período de 2014, o mesmo não ocorre com o minério de ferro. As receitas de junho, comparadas às de igual período do ano passado, recuaram 58%.
Essa queda se deve ao recuo de 54% nos preços do minério no mercado externo e à desaceleração de 9% no volume exportado pelo país.
Preços e volume menores fizeram com que as receitas deste mês ficassem em apenas US$ 434 milhões nas duas primeiras semanas, segundo os dados da Secex.
Até o café, que em março mantinha evolução positiva das receitas ante igual período anterior, começa a ter quedas acentuadas.
Os dados da Secex indicam que, apesar da manutenção das exportações em patamar recorde, as receitas caem. Isso ocorre porque o valor da saca do produto recuou para US$ 162 neste mês, 15% menos do que em junho de 2014.
As carnes vivem um mês de recuperação nos preços, embora os valores atuais ainda estejam abaixo dos de junho do ano passado.
O destaque fica para a carne bovina "in natura", cujo valor da tonelada subiu 5%, em relação a maio. O valor deste mês subiu para US$ 4.320, mas ainda é 10% inferior ao de 2014.
No setor de energia, petróleo, gasolina, óleo combustível e etanol também tiveram reduções de preços.
As receitas, no entanto, subiram. Isso porque o país exportou 360% mais gasolina e 180% mais petróleo neste mês, em comparação a 2014.
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À espera As indústrias frigoríficas resolveram avaliar a tendência de venda de carne bovina no varejo neste início de semana. Só depois vão voltar às compras de boi gordo pronto para o abate.
Sem negócios Com isso, foram poucos os negócios realizados nesta segunda-feira (15), conforme acompanhamento de mercado da Informa Economics FNP.
Em queda O resultado foi uma queda do preço da arroba para R$ 149 no mercado paulista, aponta a consultoria. Apesar desse recuo, a arroba de gado ainda vale 21% mais do que há um ano.
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