Bolsa anda de lado com oscilação de blue chips; dólar recua1% e DI tem queda

Publicado em 08/06/2015 12:02
SÃO PAULO - O Ibovespa opera entre perdas e ganhos depois de abrir em alta nesta segunda-feira (8). O dia é de muita oscilação das blue chips, sendo que de toda a carteira teórica apenas 3 ações sobem mais de 1% e 6 caem mais de 1%. Lá fora, as outras bolsas de mercados emergentes recuam pelo 11º dia seguido após a queda acima do previsto das importações chinesas. Por aqui, ficam no radar as declarações da presidente Dilma Rousseff em entrevista exclusiva ao Estado de S. Paulo defendendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, antes do Congresso do PT.
 
 Às 11h12 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira tem leve alta de 0,21%, a 53.082 pontos. Para ter uma ideia de como o índice só andou de lado desde a abertura, a máxima foi uma alta de 0,28% enquanto a mínima foi uma baixa de 0,22%. Ao mesmo tempo, o dólar futuro para julho cai 0,96%, a R$ 3,140. No mercado de juros futuros, o contrato DI para janeiro de 2017 cai 0,08 ponto percentual, a 13,57%, ao passo que o DI para janeiro de 2020 cai 0,09 p.p., a 12,62%. 
 
O mercado ainda reflete a divulgação do Relatório Focus, que mostrou elevação nas projeções de inflação e redução na expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto). Nesta semana os investidores ficarão de olho no IPCA que sairá na quarta-feira, assim como na ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na quinta. A expectativa é que a ata traga mais indicações acerca dos próximos passos do aperto monetário que vem sendo realizado pelo Banco Central. Na reunião da última quarta o BC elevou a Selic de 13,25% a 13,75% ao ano.
 
Os investidores ainda esperam por mais detalhes sobre o novo plano de concessões de infraestrutura do governo. A ampliação do valor do plano, que ainda poderá sofrer revisão, foi discutida neste final de semana em reunião da presidente com ministros envolvidos na elaboração do pacote, que é a aposta do governo para estimular o crescimento da economia. 
 
Segundo relatório ao mercado da XP Investimentos, A estimativa originalmente em discussão estava em torno de R$ 134 bi, mas na reunião deste domingo (7), que durou quase cinco horas, foi definida uma turbinada dos investimentos. O valor deve crescer em mais R$ 54 bi com a inclusão no plano do acordo internacional para a construção da ferrovia bioceânica (entre o Peru e o Brasil com participação chinesa), a Rio-Vitória e os processos já iniciados em 2014 de Manifestação de Interesses (PMIs), no qual as empresas interessadas nas concessões se candidatam a elaborar o projeto.
 
Hoje, além do Relatório Focus, também foram divulgados os indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apontaram para um enfraquecimento econômico no Brasil, na China, nos Estados Unidos e no Canadá. No caso do Brasil, o dado recuou para 99,0 em abril, de 99,1 em março, sinalizando "perda de ímpeto no crescimento", enquanto na Rússia o resultado avançou para 99,6, de 99,3, sugerindo uma "mudança positiva do ímpeto de crescimento", de acordo com pesquisa mensal da OCDE. Na China, a leitura declinou para 97,5, de 97,7, com "amenização" da expansão.
 
Importações na China 
 
Após a divulgação das importações chinesas vir abaixo do esperado, as bolsas asiáticas tiveram fechamentos diversos nesta segunda-feira (8), temendo desaceleração na economia do gigante continental. 
 
As exportações da China caíram menos que o esperado no mês passado, mas as importações recuaram a um ritmo mais forte, aumentando receios acerca de uma desaceleração da economia e dando a Pequim novos motivos para adotar mais medidas de estímulo. As exportações da China em maio caíram 2,5% em dólares na comparação com o ano anterior, uma queda menor do que a esperada pelo mercado, enquanto as importações tombaram 17,6%. 
 
Considerando expectativas de uma leve recuperação nos níveis de importação em maio devido aos preços do petróleo em recuperação, "a queda contínua nas importações sugerem que fatores no lado da demanda - consumo doméstico enfraquecendo - estão atuando", disse o economista da Forecast Pte Chester Liaw à Reuters.

 

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