Plano Safra 2015/16 mantém dependência do setor agropecuário e aumenta os custos das oportunidades para os produtores
Após tomar conhecimento sobre os recursos, taxas de juros e critérios do Plano Safra 2015/16, muitos produtores, economistas e representantes do setor questionam o aumento de recursos a juros livre e a elevação de 20% nos recursos totais, mass que deflacionados ficam inferiores ao plano safra 2014/15.
Para o consultor em comercialização, Telmo Heinen, os problemas vão além do aumento de recursos e taxas de juros. Heinen questiona a falta de políticas agrícolas duradoras que garantam estabilidade para as atividades no campo.
"Se não houver uma demanda por parte do setor, para que essa situação se altere, o governo aproveitará da capacidade midiática para colher os louros do anúncio, como alias aconteceu ontem", declara Heinen.
Segundo ele, o volume de recurso poderia ser melhor aproveitado, através de mecanismos em conformidade com o que o setor para que ao longo dos governos, os produtores tenham condições para custear e investir na atividade, sem interferência.
"O fato de o agricultor perder a capacidade de decisão de acesso ao crédito, para usá-lo quando bem lhe conviesse, isso causa um custo elevadíssimo. Muitas vezes o produtor poderia adquirir insumos a um preço bom, mas se ele depende do uso do dinheiro do financiamento, pode ser que na hora da liberação o preço do insumo tenha aumentado muito", afirma Henein.
Por outro lado Telmo considera que a dificuldade no acesso ao crédito pode ser benéfica, uma vez que esse cenário proporciona uma redução de oferta de grãos e consequentemente uma possível elevação nas cotações tanto no mercado internacional, quanto interno.
"A soja tem uma dinâmica um pouco diferente por causa do mercado chinês, mas os outros grãos precisam de uma orientação mais efetiva para que as pessoas não produzam uma coisa que não tem muita perspectiva", considera Heinen.
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Telmo Heinen Formosa - GO
Subsidiar a produção agropecuária através de juros abaixo do preço de mercado é uma forma bem ineficiente de fazê-lo. Primeiro, por que beneficia somente os "financiados"; Segundo, não promove a produtividade porquanto produções "menores" são capazes de pagar o financiamento; Terceiro, os mais abonados tomam para si este subsidio - uma vez que são convencidos pelo Gerente a tomarem o financiamento "subsidiado" e fazer aplicações financeiras na mesma Agência, para gáudio de todos os mentores do esquema, ultrapassando as metas de captação... Veja-se o exemplo dos financiamentos do PRONAF que chegam a ter juros NEGATIVOS de 20 a 30% e, mesmo assim, poucos progridem... Como assim juros negativos? Eles recebem o nome de "rebate", mas são descontos... ou seja, o mutuario toma 10 mil reais emprestados e devolve apenas 7 ou 8 mil... e ninguém fica indignado... (isso é o que mais me admira...).
Muito bem dito Telmo, esses "subsídios" são um ciclo vicioso que criam eternos dependentes, muitos deles como viciados em drogas, com aqueles surtos de abstinência e completamente desapegados da realidade, do mau que tudo isso faz a vida de cada um de nós, de aspectos sociais a econômicos, estamos fadados a mesmice, a estagnação, a uma vida sem sentido para seres racionais, sem perspectiva de evolução. Nós pagamos muito em impostos diretos e indiretos para sustentar todo esse monstrengo estatal, e recebemos algumas migalhas em troca, as quais ainda muitos dizem que nós deveríamos ser eternamente gratos ao estado por estar nos "ajudando". O estado "ajuda" da seguinte forma, "nos quebra as pernas, para nós dar muletas posteriormente e após isso sai por ai anunciado a quatro ventos que nós na andaríamos sem o estado".
Vamos há alguns exemplos práticos, o produtor que planta seus 1000 hectares de soja, financia em torno de 1 milhão reais no custeio, vai ter que deixar 100,000,00 reais em um titulo de capitalização que nao rende nada, apenas concorre a um dito sorteio "lotérico" mensal, não corrige nem mesmo ainflação e quando for resgatar esse dinheiro dentro do prazo vigente, com taxas sequer resgata o 100,000 aplicados. Enquanto isso a instituição financeira e o estado "trabalham" com esse dinheiro alheio a taxas de juros lucrativas para seus "projetos". O produtor toma dinheiro emprestado a 9% ao ano e empresta parte desse dinheiro de volta ao banco a juros negativos (perda inflacionaria e taxas).